Disma-Towards The Megalith
Falar de vocalistas de DM e não mencionar o Craig Pillard é pura heresia na minha opinião.
A voz profunda por detrás dos mais marcantes albuns de Incantation e uma das maiores influencias dentro do lado mais cavernoso do estilo que atualmente vai abrindo cada vez mais brechas regressa aqui em grande com o primeiro longa duração de Disma.
Com um line-up formado por musicos e ex musicos de Funebrarum, Methadrone e Incantation os norte americanos Disma juntam-se assim ao lote das boas bandas atuais de um estilo que mesmo continuando a rebuscar o passado conseguem atingir os seus objetivos.
E esses objetivos aqui nada mais são do que perpetuar o velho Death-Metal e sepulta-lo numa campa totalmente Doom fundido o peso com um demoniaco groove tudo misturado numa paleta de tonalidades obscuras..
Se profundeza vocal do Pillard impoe respeito os restantes musicos não fazem figura de corpo presente e dão-lhe o toque nublado que vai adensando a aura do album enterrando-o e tornando-o num campo espinhoso de lentidão que nos vai afundando e puxando lentamente para dentro dos seispalmosdeterra..
Se algumas das boas bandas atuais exploram o lado mais, digamos liturgico, filosofico ou aspetos mais tecnicos, Disma optam pela literatura mais tenebrosa e exploram mundos imaginarios inspirados por alguns escritores como Lovecraft e deixam os tais fantasmas mais ancestrais do estilo sobrevoar este Towards The Megalith.
Como deu para ver não tem o extremismo surreal de um Parasignosis ou Swarth, nem muito abusa da morbidez demoniaca de um 7 Chalices, mas no entanto consegue ombrear quase lado a lado com eles na forma como a banda explana aqui a componente mais envolvente da musica.
Imaginem que estão a ler ou a ver uma boa historia de terror que vos vai deixando pregados e em suspense para observar o que se vai seguir, é mais ou menos desta forma que o album vai atuando á medida que nos entranhamos nele..
Riffs monoliticos, descargas venenosas de enxofre e uma aura assustadora que junta morbidez com algo que vai além de fantasmagorico é aquilo que estes seres nos oferecem...ou por outras palavras a banda sonora para um funeral lento e ritualista nos quintos dos infernos!!
Enquanto o revivalismo do DM passar por albums assim eu continuo a curvar-me...mesmo sendo temas já mostrados em material antigo.
Obrigatorio!
Já agora destaque tambem para o excelente artwork do album criado pelo Ola Larsson, um dos meus preferidos deste ano.
Fica aqui a faixa titulo e um dos melhores momentos do album:
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