Sun Worship - Pale Dawn


A "constante evolução" da musica extrema sempre trouxe coisas que só á medida que os anos são palmilhados é que alguns lhe dão o real valor, sejam bandas ou generos existem sempre divisões extremas que ás vezes são criadas não por pessoas que se dedicam a ouvir mas simplesmente porque as trends assim o ditam sejam elas nascidas do lado mais real ou não.
O caso dos alemães Sun Worship é um bom exemplo disso mesmo, sendo este Pale Dawn o seu segundo album de originais continuam a ser uma banda que passa ao lado de muita gente por ai.
Se o Elder Giants já era um album fantastico muito devido á muralha sonora que criam, muralha essa claramente vincada no Black Metal de tendencia mais violenta e moderna onde os riffs se assumiam como adagas afiadissimas na nossa direção o novo album continua a percorrer os mesmos territorios embora aqui com uma ligeira dinamica não tão extrema principalmente nas vozes já que existe mais diversidade e apesar da logica estrutura "hipster"dão autenticas tareias a nivel instrumental a muitas bandas intocaveis por ai.
Talvez não tão intenso como o material anterior a dualidade vocal acaba por não ser de muito facil acesso para quem toma contacto com este registo pela primeira vez e aqui apesar da dinamica que falei em cima acaba por não ser um ponto totalmente favoravel a eles a meu ver embora na realidade as coisas acabem por se unir á medida que vamos ouvindo mais vezes o album...
Os riffs continuam a ser do melhor e mais intenso que se pode encontrar dentro do genero e em alguns momentos autenticos tributos ao movimento nordico, enquanto a sonoridade (absolutamente fantastica!!) da bateria mais claramente inspirada no lado mais selvagem norte americano (Ash Borer, Fell Voices etc) sendo um bom exemplo disso mesmo é a ultima faixa do album Perihelion, talvez o tema que merece mais destaque aqui e o que de melhor encarna toda esta influencia do passado e presente e onde a refrescante vocalização limpa dá um toque absolutamente majestoso (quase proximo daquilo que uns Vemod tão bem exploram) para finalizar o album.
Acredito que se esta formula fosse mais explorada nos restantes três temas teriamos aqui um album bem diferente e talvez um dos albuns mais originais dos ultimos tempos, mas mesmo assim nota-se que a banda está em evolução e sem receio em procurar novos rumos para a sua identidade sonora.
Sem qualquer margem de duvida este é um dos albuns mais adultos de musica extrema que ouvi nos ultimos tempos, que merece divulgação e umas boas horas na nossa companhia...
Recomendado!

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