Dark Castle-Surrender to All Life Beyond Form
O novo album de Dark Castle, tem tudo para ajudar a redefinir um pouco o atual movimento Post-Sludge.
Não que tenham mudado radicalmente a sua sonoridade, mas pela forma como aqui conseguem interligar e dar solução a algumas equações que aparentemente pareciam soltas.
Logo a abrir o duo parece aproveitar os restos ou melhor aquele sentido dissonante que cada vez ganha forma no lado mais bizarro da musica extrema, que aqui faz lembrar os jogos de riffs de uns Glorior Belli do ultimo album, jogando-os e envolvendo-os com aquele sentido cruel que a musica de Dark Castle sempre teve..
O efeito é brilhante e musicas como a "Seeing Through Time" ou a faixa titulo são talvez as melhores musicas criadas pela Stevie e pelo Rob.
Por falar no baterista, que agora acumula tambem funcões em Yob e nos franceses Monarch continua a ser a principal força motriz da banda e um dos melhores bateristas do genero na minha opinião, sendo que o trabalho neste album confirma isso mesmo.
Envolve-se em toadas que percorrem mapas musicais que tanto podem estar no meio de uma tempestade tribal como logo de seguida seguir andamentos mais lentos e progressivos abrindo autenticas brechas nos temas que dão intensidade ás musicas.
Mas se a nivel sonoro a banda entra á bruta por novos rumos, talvez não seja estranho terem como ajudantes nomes como o Sanford Parker de Minsk, Blake Judd de Nacthmystium, Nate Hall de U.S. Christmas, ou o Mike Scheidt de Yob, autentico line-up de luxo.
Se seguirem minimamente o estilo certamente estes nomes terão ainda mais algum significado já que alguns estão actualmente na linha da frente do movimento, para o bem ou para o mal.
Estas participações tambem poderão ser vistas como pretensiosas ou jogada de marketing dada a evolução do anterior Spirited Migration para este album, mas se por um lado a banda corta um pouco com o passado consegue sair por cima.
Mesmo no lado mais inspirado por uns Menace Ruine do album (sim é outra coisa nova) a banda não dá parte fraca e aplica a formula certo, embora acredite que os fans mais antigos se sintam perdidos no meio de musicas com To Hide Is To Die, Spirit Ritual ou Learning To Unlearn, não tanto pelo lado mais sujo mas pelo lado mais maquinal, frio e mistico que o duo desenvolve.
Não é um album facil, já o anterior não o era se formos a ver bem as coisas, mas o resultado acaba por ser bastante positivo e poderoso.
Todas as texturas que falei em cima acabam por dar uma especie de contra-balanço entre o lado mais normal e o lado mais divagante que agora aplicam aqui.
È que se temos musicas completamente fodidas como a brutal "Stare Into Absence" onde somos arrastados pelo chão, outras existem que nos vão dando uns estranhos carinhos na face e este aspeto ou diferenciação sonora torna o album bem conseguido, não segue um rumo linear ou previsivel ou por outras palavras não se torna maçador.
Resumindo um album quase essencial em 2011 para qualquer fan das novas tendencias extremas atualmente saidas da cena americana com aquele toque sagrado do Parker que aqui assume o controlo da feitiçaria dentro das muralhas do Castelo Negro..
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