Blood Ceremony-The Eldritch Dark
Costuma-se dizer que o terceiro album para uma banda é sempre a prova de fogo para saber realmente de que fibra se é feito.
No caso de Blood Ceremony sejamos honestos a banda só se tornou conhecida por ter uma vocalista jeitosa na voz e por se viverem tempos aureos (ou não!) neste revivalismo do retro-rock com uma carga de ocultismo á volta.
Digam o que disserem mas até aqui Blood Ceremony eram chatinhos, os e os temas iam alternando entre o engraçadinho e o irritante, porque ou era a flauta que não encaixava ou eram os temas que não tinham a minima consistencia para ficarem a ecoar ou era outra coisa qualquer...pelo menos por aqui as coisas não funcionavam minimamente e foi com algum receio que peguei neste album há uns meses atrás.
Ora bem, aquilo que podiam ter sido mais uma hora perdida com algo que sabia que seria bem mais interessante se fosse aplicado nuns The Devil´s Blood ou Jess And The Ancient Ones, transformou-se estranhamente num dos albuns que talvez mais tenha ouvido este ano.
É que tudo mudou, dando a ideia que ou a banda vendeu á alma ao Diabo (no bom sentido) ou então os fumos ou acidos que talvez tenham consumido durante a feitura do album eram de "excelente qualidade" e como todos sabemos isso em certos aspectos ajuda imenso, ja o Bill Hicks o dizia..
Brincadeiras á parte o The Eldritch Dark é de facto um album que mostra finalmente uma banda madura e com capacidade de ombrear com os nomes que geralmente estão na liderança deste movimento atualmente e o mais engraçado é que se fica com a ideia que aqui tudo foi feito de uma forma bastante simples e quase natural onde até mesmo os momentos da flauta soam vibrantes como nunca tinha acontecido nos albuns anteriores.
O feeling anos 70 está como é logico presente e os temas é quase impossivel destacar um ou dois já que todos eles são de uma qualidade acima da media e onde se consegue fazer o equilibrio perfeito entre a melodia e a jam rockeira que poderia ter saido de umas noites passadas a ouvir The Doors/Coven/Black Sabbath em modo continuado (conferir a faixa titulo sff) sem cair no quase ridiculo que por vezes se ouvia nos albuns anteriores.
Destaque claro para a voz da Alia O´Brien que aqui tem momentos absolutamente deliciosos que deixam um rasto de feitiço a pairar no ar, comparaveis a uma especie de encantamento que nos deixam petrificados perante tamanha bruxaria presente nas musicas.
Aquilo que poderia ser á partida mais um album maricas, transformou-se num dos mais estranhamente viciantes albuns deste ano..e se não acreditam ouçam só por exemplo a "Drawning Down The Moon" a "Witchwood" ou o bizarro misticismo dos oito minutos da "The Magician".
Bruxaria?
Talvez, mas que isto resultou á terceira tentativa lá isso resultou e é isso que importa mesmo que seja apenas bruxaria ancestral levezinha comparado com aquilo que ás vezes se mostra por aqui...
Recomendo!
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