Corpus Christii-Rising
Actualmente Corpus Christii é uma das bandas mais interessantes da cena BM mundial,digam o que disserem gostem ou não.
Longe vão os tempos em que um dos objectivos primordiais era ser a banda mais extrema a nivel nacional e a bem da verdade foi conseguido de certa maneira,os albuns fora desta trilogia conseguiram captar toda essa envolvencia extrema, malevola e crua chegando mesmo a criar alguns verdadeiros hinos de BM verdadeiramente raivosos e maliciosamente tocantes e exemplo disso foram temas como o "Ave Dominii","All Hail....Master Satan" o "Lusitania" ou o "The Fire God".
Depois desta fase inicial a banda opta por desenvolver uma sonoridade algo diferente quer musicalmente quer liricamente dando origem a uma trilogia iniciada no album"Torment Belief" seguida pelo espectacular "The Torment Continues" e terminando agora na enorme surpresa que é o novo "Rising".
E se existem bandas que ao longo dos tempos vão conseguindo refinar o seu som CC passa a englobar esse restrito grupo de bandas de BM que realmente vale a pena ouvir e sentir um pouco toda aquela magnificiencia sonora embora tudo aqui se passe num plano demasiado pessoal da parte do principal mentor da banda,mas mesmo assim existem aqui muitos pontos em comum com muitos de nós,basta ter atenção a alguns promenores.
O album começa com uma pequena intro bem ao jeito do que algumas bandas de BM religioso comecaram por fazer e que começa já a ser habitual encontrar em alguns albuns.
Depois desta pequena nota de boas vindas as portas abrem-se para algo totalmente marcante,ao longo dos 13(por vezes não é azar este numero),temas que por aqui se ouvem.
A nivel instrumental o album é dos melhores que ouvi este ano vai beber influencias a muita banda de culto dentro do BM sejam elas mais antigas ou mais recentes.
Por vezes lembra um pouco as guitarras usadas no Pure Holocaust como a seguir parece que estamos no meio de um album de Ondskapt ou Sargeist ou até mesmo DsO antigo,embora no Rising as coisas não sejam tão lineares quanto isso.
Encontra-se aqui muitas referencias a outros estilos como o Doom o que a meu ver ainda vem acrescentar mais grandiosidade ao album.
Geralmente existem muitos albuns de BM que a nivel instrumental são "toscos" mas por vezes existem outras coisas que os conseguem redimensionar para outros caminhos tornando-os interessantes.
Aqui não se passa isso não existe repetição de ideias e monotonia é algo que não se ouve.
Essa tal nova dimensão sonora e mistura de sons vem dar uma lufada de ar fresco a musica tanto somos arrastados por riffs tocados a velocidade da luz como a seguir a melodia depressiva e a junção voz faz-nos abrir os olhos,existem aqui temas muito bem conseguidos e riffs marcantes.
E por falar na voz é na minha opinião o trabalho mais intenso feito até hoje pelo Nocturnus,nota-se que o homem mete sentimento naquilo que diz e se ja o fazia nos anteriores trabalhos aqui as coisas entram noutro patamar.
È um album tormentuoso, agoniante e quase perfeito no que toca a este estilo de musica, demasisado negro por vezes mas a meu ver não é algo que o estrague alias ainda bem dar mais vida ou neste caso morte aos sons que saem das colunas por vezes hipnoticos e provocantes de um certo mal estar mental.
Mas não será isto uma das essencias principais do BM?
Destaque tambem para as tais partes meio Doom inspired que se ouvem por aqui por vezes saindo mesmo do nicho Black metaleiro da banda mas que as torna em pequenas peças de introspecção misantropica demasidao pessoal mas nada intransmissivel.
Sente-se a dor no ar,sente-se morte,sente-se tristeza sente-se desgosto do mundo que nos rodeia mas fica uma sensação muito forte.
Algo do genero se em vez de cairmos para o Abismo nos elevase-mos nele e acabarmos por encontrar uma especie de ressureição.
Depois dos anteriores albuns este actua como uma especie de Funeral e Ressureição ou até mesmo Libertação para final a trilogia.
Um album que os irá estabelecer ainda mais num dos tronos do BM mundial e é talvez o melhor album de BM lançado até hoje por uma banda nacional e sem duvida um dos mais poderosos que ouvi este ano dentro do genero,seja a nivel musical seja em termos de feeling.
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