Estes suecos são daquelas bandas que ao longo dos anos têm vindo a criar uma carreira de respeito.
Com um passado interessante e no qual albuns como o The Beyond e o Cult of Luna falam por si e actuam como resposta europeia a algumas bandas que entretanto se preparam para rebentar do outro lado do Atlantico estes rapazes de Umea conseguem sobressair e criar uma base solida de fans como de musica que embora inspirada nessa sonoridade pisca o olho a outras coisas demonstrando que apesar das obvias influencias querem fazer as coisas um pouco a sua maneira.
O resultado disso foi o album Salvation que acaba por os levar ainda a mais pessoas e tambem devido a capacidade que têm para encantar quem os vê ao vivo,pois são das poucas que conseguem recriar todo o seu universo discografico olhos nos olhos com o publico,quem já os viu ao vivo sabe bem do que se trata.
E se este album arrassou com algumas pessoas o album seguinte consegue ainda desenvolver mais esses aspectos.
Embora não tenha gostado muito dele e de o achar meio verde e demasiado meloso, o S.A.T.H ainda os consegue catapultar para voos mais altos,embora não entenda muito o porquê,é que na minha opinião é o album mais colado as suas influencias se notarem bem.
Depois disto tudo que podem eles oferecer?
È obvio que a banda parece que divide a sua carreira em duplas fases.
Existe a fase primária da qual sou meio fanatico(The Beyond e CoL) a segundária(Salvation e SATH) e agora parece surgir a terciária.
Um pouco estranho isto mas é o que acho que fizeram.
È que neste album não existe somente o som agreste dos primordios e tambem não existe muito espaço para a melosidade da segunda fase.
Ou melhor acho que esta nova fase dá origem a algo que mistura um pouco essas duas partes acabando por renovar e fazer renascer o som deles,que na minha opinião talvez tivesse chegado a um beco sem saida mas acho que se sabe que coisa que não existe na banda do Klas e Johannes é falta de imaginação e os projectos que os separaram um pouco da banda mãe ajudaram a desenvolver um pouco as coisas.
E o resultado é este e bem agradavel.
Desde temas como o potente "Curse" que lembra os primordios e no qual se misturam salpicos de mel passado pelos monumentais "Eternal Kingdom" "Ghost Trail",neste aquela parte final dá cabo de mim, o tipicamente CoL "OwlWood" que arrasa logo no inicio,acho que existem poucas falhas a salientar,talvez até mesmo nenhumas.
Existem coisas estranhas por vezes cortesia em grande parte do trabalho vocal e apocalitico do vocalista,como por exemplo aqueles sons meio planantes e quase parado na qual a sua voz anda ali a porrada com a calmaria instrumental...até isto resulta em pleno.
Sobre a parte instrumental é digna de ser ouvida quer se goste de qualquer cena Post ou de musica poderosa mas com uma coisa que já os destaca:a sonoridade propria que conseguiram desenvolver.
Um album cheio de fermento que ainda vai crescer mais.
Mas é um muito bom regresso destes senhores.
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