Crushing Sun-TAO


Os franceses Gojira, Scarve (principalmente estes), os suecos Mnemic, ou os geniais Strapping Young Lad quando editaram os seus primeiros albuns provavelmente nunca pensariam que estariam a levar a cabo uma pequena revolução na musica mais extrema de contornos mais modernos e faceis de engolir (ler cativar).
Nem eles nem ninguem sejamos sinceros, mas aquilo que estas e mais algumas bandas criaram num passado não muito distante continua a ser um enorme foco de inspiração para todo o movimento atual um pouco por todo o lado, sejam na enormidade americana comercial de uns Lamb of God seja num movimento anão como o português.
Neste aspeto é quase impressionante a quantidade de bandas que vão surgindo por ai, algumas com qualidade e outras que mais valia dedicarem-se ao cultivo do nabo...
No caso de Crushing Sun, uma jovem banda vinda do Porto, aquilo que mostram neste seu primeiro album poderá tornar-se em algo interessante para explorar para quem gosta destas tendencias mais modernaças do Metal.
Não que isto seja uma obra-prima, porque não o é, mas existe muita qualidade e em alguns momentos consegue mesmo por de parte alguns dos nomes mais vendaveis deste universo.
Talvez encontrem muito por ai este "TAO" rotulado com metalcore, mas isso acaba por ser um pouco enganador e nada revelador daquilo que Crushing Sun cria, acabando por se tornar a dados momentos"enrotulavel" dentro desse movimento maldito.
Desde logo um certo sabor a Post-Core digno de um album de Textures ou pequenas passagens que remetem para uns Mastodon, embora não tão "brincalhões" com os instrumentos como eles.
Instrumentalmente o album é forte e bastante equilibrado, mesmo usando dois pesos (melodia e "mosh") lado a lado, a banda consegue criar uma ponte perfeita para estes dois mundos opostos.
A voz do vocalista Bruno fica presa no meio deste campo de folhas secas e acaba por ser o elo mais, não direi fraco, mas é demasiado banal e falta alguma diversidade em comparação com aquilo que a restante banda mostra a nivel instrumental.
Bem sei que é natural neste tipo de som esta voz, mas umas nuances diferentes aqui ou além certamente dariam ainda mais vigor a este trabalho, ou então não aplicar tanto aquele growl aos temas, assim quem não ouvir com atenção talvez não fique muito impressionado.
Mas mesmo assim é um trabalho bem acima da media para aquilo que se ouve atualmente dentro deste estilo, forte, vigoroso, intenso e atual, onde a banda até se lança em curiosos e interessantes devaneios como os que se ouvem nas 4 ultimas partes solares "20 to 2200 Hertz","37+ Celsius","Grey Scent" e tudo explodir na bombastica e quase modern DM "Strip and Deceit", que para mim são os temas que atingem a temperatura mais elevada aqui...
Mas resumindo isto acaba por ser uma excelente proposta para se ouvir sem receio ou medo de rotulos.
Metalcore?
Metalcore o caralho isto é Crushing Sun!!
Fica aqui uma dona de casa desesperada transformada em Lois Lane

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