Hateful Abandon-Famine (or Into the Bellies of Worms)
E agora algo refrescante:
Hateful Abandon.
Gostaram de Lifelover?
Se a resposta foi positiva então experimentem este album.
Imaginem o universo negativo do BM mais depressivo e o Dark/Pop dos anos oitenta.
Estranho não é?
Agora misturem as duas coisas ficaram com uma ideia?
Não?
Não acreditam que isto é posivel?
Pois bem, resposta errada, é de facto possivel e melhor soa muitissimo bem.
Esta banda inglesa consegue de uma maneira bastante coesa e original fundir estes dois mundos que apesar das devidas distancias tem algo entre si.
Geralmente nomes como Joy Division,Bauhaus,Sisters of Mercy,The Cure ou Depeche Mode são nomes que estranhamente ou não fazem parte do gosto de muito fan de BM então porque não tentar captar a essencia musical deste estilo e adicionar o tal efeito depressivo do BM.
Já muitas bandas o tentaram fazer e lembro-me assim de repente de Virus e o caso talvez mais gritante Joyless banda que conseguiu misturar os dois estilos de uma maneira algo tosca mas bastante cativante e original.
A juntar a esse lote fica agora mais um nome Hateful Abandon e que para mim se torna num dos projectos melhor concebidos no que toca em originalidade e simbiose dos generos que falei em cima.
Misantropic Pop foi um dos rotulos que Joyless ficou conhecido,HA apenas ajudam a desenvolver ainda esse universo.
Com um vocalista que parece possuido pelo fantasma putrefacto do Ian Curtis(FANTASMA MESMO já que as partes vocais vão desde a subtileza Pop até aos gritos insanos ao jeito de Silencer,para se ter uma ideia) e com um devaneio instrumental excelente no qual o baixo assume um papel de realce dando a pulsação certa aos temas e no qual a bateria ajuda a definir todo o ambiente que se ouve ao longo destes sete temas,alguns a lembrar uns Aperfectcircle isto ao nivel de orquestrações(samples) mais viajantes.
Simples, mas poderoso e eficaz,por vezes depressivo com uma aura Post qualquer coisa a assombrar os temas,um autentico sonho musical que por vezes se torna assombroso.
È de facto um album muitissimo bem conseguido e melhor transformado por esta banda inglesa que consegue fazer algo "á parte" para quem gosta de absorver todas estas tendencias que tenho vindo a falar no texto.
Dark Pop,Black Pop ou Misantropic Pop,Post BM o que lhe queriam chamar mas que isto é bom.....foda-se é bom mesmo.
Entrem no pesadelo e deixem um sorriso....
http://lix.in/-3918bc
Overmars-Büccolision
Poderoso split entre Overmars e Kill the Thrill ou melhor não é bem um split são dois temas tocados e criados por estas duas bandas francesas em colaboração entre si.
Primeiro e unico aspecto negativo é a curta duração que isto tem já que o material aqui oferecido é excelente mas é realmente pena serem apenas pouco mais de dez minutos.
Dois temas opostos mas ligados entre si.
Se na primeira parte somos atirados para um ambiente decadente e bucolico e com um certo sabor a libertação de algo que não se sabe bem o que é na segunda faixa abrem-se as portas para o ambiente apocaliptico tipicamente Overmars e ai sim é como que tivessemos sido arrasados por um terramoto seguido de tsunami sonoro.
Perturbador e amargo,muito mesmo e impossivel de se ficar indiferente ao que vai saindo das colunas.
Gritos de desespero são misturados com um ambiente desolador,insano por vezes e tremendamente agreste.
Musica a anunciar o fim?......claro ou não fossem Overmars uma das melhores bandas a transpor esse sentimento para a musica e aqui os KTT apenas realçam ainda mais esse aspecto...
A ouvir a ouvir...
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Necrovation-Breed Deadness Blood
Ultimamente parece voltar de novo a haver um certo interesse pelas sonoridades mais DM no Underground basta ver a histeria que bandas como Dead Congregation tem provocado,parece que se está a criar algo novo que afinal não é.
Para muita gente talvez seja,mas em bem verdade se houvesse mais atenção ao que se vai fazendo neste estilo certamente as coisas não eram assim,mas ainda bem que começa a haver de novo um certo interesse das "massas" por este estilo tão peculiar.
O termo Death tem a ver com morte e não com as tendencias mais "Life-Metal" que muitos dos grandes nomes do estilo se transformaram nos ultimos anos,mas isso é outro aparte vamos ao que interessa então.
Esta banda sueca chamada Necrovation é mais um nome a ter em conta e a acender de novo as tochas da morte.
Album que assim que começou a rodar por estes lados se transformou num vicio e numa constante descarga de adrenalina extrema experimentem ouvir temas como "Recessed in Frailty" ou "Seal the Gates" para verem o efeito...
Se gostam daquele DM de uns Grave,Dismember ou Autopsy antigos acho que vão balançar bastante a cabeça já que o que se ouve neste Breed Deadness Blood é uma especie de regresso ao passado dentro deste genero.
Embora lembre bastante a sonoridade mais sueca traz tambem de volta aqueles primeiros passos de Dissection(fase Satanized) ou Thou Shalt Suffer embora sem aquele feeling tosco que se ouvia principalmente em TSS já que Dissection(bem estes faziam o Metal of Death portanto nada a dizer) era o poder.
Mas para além disto o que resalta é a qualidade dos temas e o ambiente bem necro que a banda mostra muitas vezes fazendo lembrar o inicio de uns Morbid Angel ou uns Angelcorpse.
Tudo isto dá origem a um excelente album de DM como mandam as regras e no qual a palavra morte surge de todos os lados tanto a nivel instrumental como nos extremos e excelentes vocais do Seb,alias este é um dos aspectos que resalta mais no album.
Querem sentir o que realmente é DM?
Então....respirem o ar nauseabundos que isto deita...
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Burial Hordes-Devotion to Unholy Creed
E agora como se aproxima o natal nada como começar a celebrar essa ocasião com....paz e amor.
São gregos e são mais uma boa banda a juntar ao que de melhor se vai fazendo dentro do BM mais extremo e crú.
E crueza é algo que aqui não falta,já que o que nos é oferecido aqui é um belo banquete em honra de todos aqueles nomes miticos do BM mais perverso e sujo desde Darkthrone até Angelcorpse.
Musicas tocadas com uma instrumentação bastante ferrugenta e podre cobertas com alguns momentos mais ambientais para criar o tal efeito perverso,embora em bem verdade o efeito das guitarras chega e sobre para se entrar numa espiral de hipnotismo demente no qual a voz é cuspida com odio suficiente para olharmos de lado e mandar um estalo a quem estiver perto de nós.
Se gostaram do album de The One(vem cá no proximo ano),mas sentiram falta de um som mais assassino e misantropo(ainda mais?) então este é o album que procuraram.
Caotico e com um ambiente bastante morbido o que se ouve ao longo destas 8 faixas é algo que na minha opinião se poderia considerar uma especie de Darkthrone V.2 isto se a dupla Fenriz e NC não perdesse tempo com a merda que andam a fazer nos dias de hoje e continua-se a criar e a trabalhar aquilo que realmente faz bem,mas pronto é apenas uma opinião pessoal acerca de uma banda que se perde cada vez mais e eu vejo nestas bandas algo que é claramente superior a eles.
Continuando com Burial Horde e com este Devotion to Unholy Creed posso apenas dizer se procuram musica para as vossas reuniões familiares nesta quadra então esta banda é perfeita....paz e amor?
Puta que pariu, a humanidade caminha para o fim e nós apenas o celebramos de uma forma artistica e....quase visionaria.
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Ocean-Pantheon Of The Lesser
Dias frios noites gelidas e pensamentos funerarios.....
Será que tudo isto vale a pena?
Com o aproximar do final do ano fica aqui mais um tesourinho para todos os que gostam daquelas sonoridades oceanicas e tempestuosas.
Já andava a seguir esta banda desde que ouvi o fantastico Here Where Nothing datado de 05, um colosso de Sludge/Doom que como muita vez acontece passa ao lado de muita gente a não ser que se interessem por este estilo.
Este ano surge finalmente o segundo album desta banda norte americana e mais uma vez o que se ouve aqui é algo muito bom e perfeito para estes tempos mais melancolicos e frios que surgem sempre com o final de cada ano.
São dois temas assombrosos,megaliticos ao longo dos quais se vivem autenticas explosões musicais que tanto derivam para o Death/Doom mais penoso como para aquele som mais planante e mental com um efeito calmante.
Com a participação da Yoshiko Ohara vocalista dos dronianos Bloody Panda que acrescenta um clima á musica excelente, embora por vezes remeta um pouco para aquilo que Overmars as vezes constroem,este album é um daqueles que vale bem a pena descobrir e ouvir num ambiente mais solitario e contemplativo já que puxa bastante pelos sentidos.
Como disse são dois temas cada um com mais de 25 minutos e nos quais muita coisa é mostrada e escondida mas sempre com uma ambiencia claustrofobica e medonha,ainda mais quando a banda entra em viagem por aquele Doom coberto de feeds que quase roça em dominios Drone.
È mais um fantastico album de uma banda que considero um tesouro escondido (como disse em cima) dentro deste dominio musical que vale muitissimo uma escuta.
Se gostam de Overmars,Asunder,Graves at Sea e cenas similares enjoy..isto é algo assombroso.
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The Firstborn-The Noble Search
E agora é tempo para falar daquele que é para mim o album do ano.
The Noble Search de The Firstborn banda que ao longo dos ultimos dez anos (isto se contarmos os tempos "Evil") tem conseguido fazer poucos albuns mas com uma qualidade surpreendente,fazendo crer que mais vale pouca quantidade com qualidade do que muita quantidade e pouca qualidade.
E se o passo dado no The Unclenching of Fists foi enorme neste novo registo as coisas são ainda mais interessantes,criativas e originais.
Mais uma vez a banda portuguesa segue a inspiração budista e se isto está mais que marcado nas palavras do vocalista Bruno melhor é transposto para a parte instrumental já que este é um dos aspectos mais surpreendentes do album.
Nota-se acima de tudo que as influencias do vocalista(principal mentor do album ao que parece) vêem ao de cima desde o Extreme Metal passando pelo certo sabor a World Music que o uso de alguns instrumentos como a cítara a tibetan horn ou na maneira como a percursão a cargo do Rolando Barros e em alguns momentos o Vorskaath dos gregos Zemial é transformada ao longo das faixas.
Mas para além disto existe muito mais a dissecar aqui,primeiro a produção do album que era algo que merecia melhor atenção no anterior trabalho, aqui o som sai límpido,cheio e potente.
E isto é algo que a meu ver era necessario para poder mostrar todo o esplendor sonoro que se apanha na face á medida que as oito faixas se vão desenrolando.
Com participações de alguns nomes ilustres da musica underground actual como é o caso do Hugo de Process of Guilt,do Proscriptor de Absu que emprestam a sua voz em algumas faixas e do Simões de Saturnia que encanta com o toque oriental, o album resulta em pleno é que todas as faixas são de uma qualidade incrivel.
Ficam no ouvido apelando aquele sentido mais agarrador e imediato, resultam quando se entra em algumas avalanches sonoras e hipnotizam quando se entra num dominio mais experimental.
A nivel de voz é provavelmente um dos melhores trabalhos alguma vez feitos por uma banda portuguesa já que parece que a voz se entranha de tal maneira nas musicas que parece ter sido feita para este genero de registo consegue acompanhar de uma maneira bastante intensa todo o trabalho muitissimo bom dos instrumentos não saindo forçada nem deslocada.
Já aqui falei de quem está por detras da concepção do album e das influencias algumas tão não evidentes mas a vista de todos como aquele feeling completamente DHG(Dodheimsgard) da musica "In Praise of Reality" ou do muitissimo Neurosis/Red Harvest inspired"Ocean of The One Vehicle" do quase Tooliano "Bliss" isto se eles de repente começassem a tocar Extreme Metal algumas das musicas com mais intensidade do album já para não falar no viciante "Water Transformation",no potentissimo "Flesh To The Crows"ou no magico e intenso "Sunyata".
Chega a ser impressionante o jogo musical feito pela banda quando entra em divagações e salganhadas extremas com todas as coisas que já aqui falei obtendo um resultado fantastico,directo,poderoso e viajante.
Três aspectos que a meu ver tornam o album numa daquelas peças que com o tempo acredito se tornarão classicos porque o que é aqui oferecido sinceramente não se ouve em muito lado ou melhor é demasiado brilhante e fantastico para o que estamos habituados a ouvir nos dias de hoje e este The Noble Search está no mesmo patamar de um Wolfheart,Spectral Transition,Diva,Infinity ou mais recentemente Rising,Hellstone ou Renounce(penso não ser necessario meter os nomes das banda aqui ou é?).
Este é um daqueles casos que é um bocado complicado encontrar pontos negativos, até agora ainda não encontrei nenhum e sinceramente não os encontro,até aborrece.
Queria tambem realçar o artwork do digipack que traz o album a cargo da Phobos Anomaly Design que para não destoar veste a alma da musica com vestes de ouro e encaixa perfeitamente no ambiente da musica.
Para finalizar apenas dizer,se poderem comprem o album,roubem-no,peçam emprestado mas ouçam que isto vale mesmo a pena....por mim que já o tenho apenas agradecer a The Firstborn por me terem feito de novo acreditar que a cena nacional está mais que viva e com alguns albuns que se forem bem trabalhados poderão se tornar casos serios lá fora..
Obrigado pela musica e pelos momentos magicos que me transmitiram ao ouvir isto.
http://www.myspace.com/unclenchedfists
Deathspell Omega - Veritas Diaboli Manet in Aeternum
E de repente eles aparecem não se sabe bem de onde....
Deathspell Omega são um nome que nos dias de hoje se situa num patamar demasiado alto para a restante concorrencia e nesse aspecto talvez apenas BaN se possam colocar quase lado a lado com eles a nivel de transmutações/genialidade sonora.
Mas fora isso que é um assunto bastante discutivel já que o passado nada tem a ver com os seus ultimos trabalhos ou melhor desde a obra-prima que é o SMRS que as coisas tem mudado para outros vectores que na minha opinião só os engrandeceu enquanto na opinião de outros é o oposto,mas pronto são apenas coisas sem importancia para aqui agora.
Como disse em cima tipo mais uma vez um disco/ep caido dos infernos já que isto surgiu assim do vazio e para o vazio se ficou.
Este ano já tinham lançado dois albuns,um com material antigo inedito(que falei aqui) e outro com alguns temas já conhecidos e se fizeram um regresso ao passado agora tomam de novo o rumo do futuro.
Neste ep que apenas contem um tema de 20 e poucos minutos a banda francolandesa não altera muito o trabalho feito no Fas nem no Kenose segue o mesmo rumo embora se note uma sonoridade mais limpida produzida embora sempre com aquele toque dissonante e estranho que os tem caracterizado.
Algumas passagens de guitarra remete-me um pouco para aquilo que se ouvi no Antithesis de SotM,não sei se devido ao tal efeito da produção se algo que eles agora procurem desenvolver,não é mau atenção, apenas um pouco diferente mas sempre com o habitual toque de classe de DsO.
Algo que gostei imenso foi a voz do Aspa por vezes quase a roçar a insanidade grutural de um Csihar e com um resultado colossal,negro e extremo.
È apenas um tema mas um tema daqueles que valem por muitos albuns já que ao longo da musica se vai presentindo diversas atmosferas e diversos dominios que se consomem entre si e que criam algo monstruoso.
Paralelamente a isto o ep é tambem editado em split com S.V.E.S.T. com resultados ainda mais grandiosos,mas por agora fica apenas o link para o Chaining the Katechon de DsO.
http://rapidshare.com/files/171442408/2008DSO_mediaportal.ru.rar.html
Fen-The Malediction Fields
Depois de ter aqui falado há uns tempos do ep da banda surge aqui agora a critica ao album.
Se no primeiro registo desta banda inglesa já se notava que se estava presente algo interessante neste album tudo se confirma.
Editado pela italiana Code666 editora responsavel pela mostra de alguns nomes bastantes interessantes dentro do universo BM de contornos mais vanguardistas estes Fen são mais um nome a adicionar ao lote de bandas que conseguem cativar (ou assim se espera)todos aqueles que se interessam ou gostam de ouvir uma sonoridade BM com algumas ligações ao Post-Rock.
E realmente isso era algo já bastante presente no Ancient Sorrow e que aqui consegue ainda melhores resultados na minha opinião.
Se gostaram do ultimo album de Enslaved,vibram com aqueles momentos "timidos"de Alcest ou gostam das passagens mais climatericas de uns I Shalt Became e o passado de uns Katatonia têm aqui algo bom para explorar e depois embrulhem tudo com a tal musicalidade Post-Rock calma e têm uma imagem do que isto nos oferece.
Certamente que se irão deliciar com este The Malediction Fields isto se o que falei em cima vos diz alguma coisa, já existem aqui momentos muito bons como o caso do tema "Colossal Voids" em que todos estes universos se fundem com perfeição ou o muito bom "Lashed by Storm".
Album com uma tonalidade bem Invernosa e fria mas reconfortante o suficiente para nos sentirmos apaixonados por ela e para isso acontecer basta estar atento a certos promenores que vão surgindo ao longo dos temas, alguns deliciosos mesmo.
Mais uma vez adorei a voz do vocalista que tem um efeito extraordinario nas musicas tanto naqueles momentos mais estranhos e suaves com nas passagens mais gelidas que quase trazem de volta o Jon de Dissection,conferir o inicio da faixa Lashed by Storm se fazem favor.
È uma salada russa bastante interessante já que percorre caminhos opostos entre si e em que a criatividade da banda consegue levar a agua ao seu moinho sem muito esforço,mas com alguma classe.
Só vai ser editado em Janeiro mas até lá....exprimentem
http://rapidshare.com/files/172116467/fen-the_malediction_fields-promo-2009-metalarea.org.rar
Samothrace-Life’s Trade
Com o aproximar do final do ano a ver se tenho tempo para meter aqui alguns albuns que ouvi mas que por uma razão ou outra não foram colocados aqui.
O anterior post foi um deles e agora segue-se outro album que gosto bastante o "Life´s Trade" de Samothrace.
Mais uma banda americana de Sludge que segue as pisadas dos já aqui muito mostrados Thou(venia se faz favor),embora se notem algumas diferenças entre ambos.
Se Thou pega em paisagens mais abrasivas estes Samothrace funcionam de uma maneira bem mais sulista,doomica e post-rockeira daquela mais apocaliptica.
Assim sendo o que temos aqui é algo que se pode considerar Post-Rock fodido já que as melodias instrumentais se fundem com momentos quase a roçar o Death/Doom mais suave.
Por vezes lembra-me o trabalho feito por Callisto no fantastico Noir em algumas passagens mais instrumentais Omega Massif ou Men In Search Of The Perfect Weapon isto se eles de repente começassem a procurar inspiração nos efeitos libertadores das drogas leves se é que já não o fazem.
Digo leves porque na realidade o que se vai sentido ao longo dos temas é uma especie de elevação que acaba por ter um efeito libertador e um pouco fumarento embora bastante pantanoso é certo.
È certo que Black Sabbath é tambem uma grande influencia mas tambem Earth o é,pela forma como usam a guitarra e estes dois nomes misturados dão origem a Samothrace uma banda que se junta a Cough e a Thou como das mais interessantes que por ai andam dentro do reino Sludge/Metal americano.
È um album bastante catchy,por vezes colossal e intenso que segue um rumo certinho e que vai explodindo aos poucos atingindo sem grandes percalços aquilo que se propoe e explorando aquele sentido bonanza/tempestade/bonanza conseguindo não se tornar em algo aborrecido.
Para mim é um dos albuns mais interessantes do genero que ouvi este ano a todos os niveis desde o ambiente até a maneira como é apresentado.
Se gostam do estilo ou se identificam com os nomes aqui falados certamente tem aqui um bom brinquedo para os proximos tempos.
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Esoteric-The Maniacal Vale
Acho que tá na altura.
São o nome maior da actual cena Doom/Death,uma longa carreira penosa e lenta como os temas que criam.
Se olharmos para trás os 14 anos e para os 5 albuns chega-se a conclusão que existe tempo mais que suficiente para se criar e recriar ideias que acabaram por os tornar numa das bandas mais geniais alguma vez surgidas da fria Inglaterra dentro do universo Doom.
Dignos sucessores da trilogia Doomica inglesa,a unica diferença é que esses nomes acabaram um pouco por fugir do rebanho e Esoteric manteu-se fiel aquilo que esteve na base da sua criação.
Com maiores ou menores influencias externas nunca abandonaram aquela negritude que tanto lhes fica bem,alias pensado melhor essas influencias levaram foi uma cobertura de tons bem pretos para encaixarem naquele rio de lava que se vai ouvindo á medida que se ouvem os albuns.
Este novo album é daqueles que parecem que nos engolem,mas em vez de morrermos logo somos lentamente consumidos dentro e fora.
Divido em dois discos com o tempo superior a 50 minutos, o que se ouve aqui é triste,tragico,monumental e de certa maneira filosofico e alucinogenico já que das muitas perguntas surgem e poucas respostas são encontradas e aquelas que são encontradas são de alguma maneira diferentes.
Mais virado para som organico e com algumas passagens que nos levam a pensar se os estamos a ouvir realmente já que são algo diferentes daquilo que costumam a fazer a banda consegue criar um dos albuns mais brutais que há memoria dentro do estilo e para isso basta ouvir alguns momentos como o que acontece a partir do minuto 7 da faixa "The Order Of Destinity"a brutal faixa "The Circle"(um dos melhores temas que ouvi este ano) ou em algumas passagens no meio daquele oceano sonoro.
È longo, muito longo mas acaba por ser um album que para além de o considerar perfeito e o melhor registo deles até agora é magico no qual a beleza se mistura com o horror e é tudo pintado em tons vulcanicos como sugere a capa do album acabando por nos deixar queimaduras tanto na pele como na alma.
Isto é uma daquelas coisas coisas que com o tempo se tornarão classicos e disso não tenho a minina duvida mas até lá:
"I can´t control them,but they control me".
Brutal.
http://www.megaupload.com/pt/?d=3GP7KTNR
Subvertio Deus-Psalms of Perdition
Geralmente as bandas de BM inglesas dividem-se em dois tipos:
As más e as muito más,ponto final.
Mas de vez em quando aparecem algumas perolas que se destacam um pouco naquele marasmo de frio e chuva tipicamente ingles isto que poderia ser uma inspiração acaba por não o ser a não ser que se mudem as agulhas para a parte Doom mas isso é outra historia.
Vamos ao que interessa então.
Esta misteriosa banda vinda das terras de Sua Majestade presta culto a outro genero de divindade,alias por focar este ponto e o mais em destaque o que se ouve aqui é uma autentica missa negra em celebração a tudo aquilo que a cristandade advoga mas virado do avesso se é que me faço entender.
Seguem os caminhos do chamado Orthodox BM ou seja as letras são devaneios satanicos no qual a parte filosofica é envolvida com o culto a entidades demoniacas.
DsO da fase mais recente é algo que se sente as escorrer pelas colunas embora aqui e ali se note uma certa ambiencia Suicide/Depressive BM em especial nalgumas vozes a fazerem lembrar Silencer e em algumas partes dentro das musicas o que misturado com os cada vez mais habituais salmos religiosos só engrandecem ainda mais os temas.
Para além deste aspecto existe tambem algo a salientar que são as muitissimo boas partes de guitarra, afiadissimas como uma lamina ferrugenta que actuam como algo perverso e doentio em grande parte das musicas.
Alpha|Theoria|Omega
È nestas tres partes que se divide o album criando uma especie de liturgia satanica sonora algo demente e psico mas que ajuda a tornar a escuta do album é algo que se for bem absorvido vão ver que está ao mesmo nivel de alguns dos grandes nomes do estilo.
Para mim é um dos grandes albuns de BM no verdadeiro sentido do estilo que ouvi este ano.
Poderoso e Satanico como se quer num registo deste tipo....
Recomendo imenso a escuta/descoberta destes Subvertio Deus.
http://depositfiles.com/pt/files/nta415z90
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