Menace Ruine - Cult of Ruins


E agora senhores e senhoras apresento-vos Menace Ruine.
Banda simplesmente genial,macabra,gelida,bizarra e completamente a frente de tudo o que tenho ouvido nos ultimos tempos.
Imaginem o trabalho de The Angelic Process e Nadja misturado com Virus e com uns toques daquele BM mais vanguardista que já ouviram dentro daquilo que uns DsO ou BaN andam a fazer para se ter uma ideia.
Junto a isto ainda se assiste a uma violação sonora na qual se usam algumas armas ferrugentas vindas de uns Diabolos Rising ou de algumas bandas miticas da antiga CMI.
São um duo vindo do Quebec,homem e mulher misturados com maquinas no qual a junção de ambas as entidades tem contornos quase demoniacos e assustadores.
Paranoia musical e insanidade vivem lado a lado provocando sensações de mal estar psiquico no qual se dá a ideia que somos sugados para dentro de uma maquina trituradora que acaba com a mais pequena sensação humana que possamos a ter cá dentro.
È um dos albuns mais estranhos que já ouvi nos ultimos,mas sem duvida um dos mais brilhantes.
Por vezes chega a ser insuportavel a sua escuta mas os vapores venenosos que saiem das colunas acabam por ter efeito macabro e completamente alucianante então se for ouvido bem alto é um daqueles albuns que dá vontade de sair a rua e espancar quem nos aparece pela frente.
Maquinal e despojado de sentimentos humanos aqui o culto das ruinas é tão medonho e poderoso que chega a meter medo....
Aviso muito serio,este album não é para qualquer um é para quem vive num mundo á parte e cuidado com os efeitos secundarios.
Esta banda merecia estar no lote da PLR.....
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Tombs-Tombs(Demo)


Uma das bandas que mais me surpreendeu nas ultimas semanas.
Vem de NY e ao contrario do que seria de esperar não seguem a corrente pura e dura da cidade.
Tocam um mistura de estilos que tanto vão buscar influencia a bandas como Isis como a Black Flag acabando por criar uma sonoridade que embora não seja original tem o seu interesse e acima de tudo é bastante poderosa.
Este trabalho e primeiro penso eu de que,é uma demo lançada a pouco tempo mas abrasiva o suficiente para deixar que os ouve de queixo caido.
São um power trio planante e sujo com um cheiro intenso a petroleo nas unhas.
Apesar de algumas partes mais calmas nos temas em alguns casos quase a dar para o barulho feedbackiano das guitarras o que resalta mesmo é a intensidade dos mesmos,curtinhos mas pesadões o suficiente para serem ouvidos e assimilados.
Apesar de estilo se estar a tornar meio paranoico ainda vale bem a pena ir descobrindo bandas como estes TOMBS.
Sonoridade apocalitica e bem escurinha para adocicar os finais de tarde deste Verão que se avizinha.
È uma das bandas que mais tem rodado por estes lados nestas ultimas semanas.
Ideal para fans de Year of no Light,Omega Massif,Celeste e afins espero que gostem...
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Moonspell-Night Eternal


A noite é eterna?
Talvez seja,mas existem uns pontinhos de luz que sobressaem um pouco no meio da escuridão.
È notorio que o ultimo album de Moonspell veio dar um lufada de ar fresco á sonoridade da banda e este novo album vem comprovar essa ideia.
Se o Memorial foi o que foi este Night Eternal segue exactamente o mesmo rumo,alias existem aqui temas que parecem saidos de lá.
Ou melhor se juntassemos os dois albuns e se escolhessem 9/10 temas a dedo certamente sairia aqui um album daqueles...intemporais.
E digo isto porque na minha opinião este novo trabalho deles sofre do mesmo mal do anterior,existem alguns altos e baixos.
Temas tipicamente Moonspell que contrastam com outros que vão buscar algumas influencias(desnecessarias diga-se) a algumas bandas hollywoodescas nordicas,principalmente a nivel instrumental.
A voz do FR continua na corda bamba não ata nem desata mas consegue ter o tal efeito que os faz sobressair um misto de irritante com porreiro,alias tambem sempre foi assim.
Existem aqui algumas passagens cantadas que dão a ideia que ele tem tido algumas ajudas para colocar melhor a voz nos temas.
Trabalho de estudio ou aulas não sei,mas é a ideia que fico alias já no anterior album tinha ficado com essa sensação.
O album tem o selo Moonspelliano espalhado ao longo dos 9 temas.
O já habitual tema "eroticoradiofriendly" está lá,as passagens epicas do Paixão tambem,os solos cada vez mais trabalhos do Ricardo existem em abundancia embora em alguns temas se tenha uma certa sensação de deja vú.
O album acaba por fluir bem o pior é que começa a soar um pouco cansativo ao fim de algumas escutas e é aqui que entra a tal parte que falei em cima que acaba por transformar um pouco as coisas.
Existem bons temas,mas existem outros que estão ali meio a encher, demasiado pomposos diria, a ideia até nem é má,mas soariam melhor se em vez dessa pomposidade tivessem um sentido mais epico,acho que ficariam muito mais interessantes.
Talvez seja este o rumo certo da banda depois de algumas andanças meio bizarras aqui há uns anos,estes ultimos 2 trabalhos deles talvez os fizessem ver as coisas de outra forma.
Misturam o Gotico com o Metal que os deu a conhecer com o seu toque caracteristico e por isso ouvem-se temas como o fofo "Dreamer(Lucifer and Lilith)" e o tema titulo,dois temas completamente opostos,mas sem duvida do melhor que aqui se ouve juntamente com o estranho "Spring of Rage" este cortesia do Ricardo.
È um album para fans de Moonspell,mas pouco mais e ainda não é este que me vai fazer dizer WOW existe sempre alguma coisa que não encaixa muito bem...embora finalmente a influencia Bathory seja mais visivel em alguns momentos....mas a luz não entra...
Talvez a noite seja mesmo eterna,não sei.....

Fornication-DNhAte


Os ventos que se ouvem no inicio anunciam a tempestade que se avizinha.....
Coberto de perversidade e extremismo este é um album daqueles que depois de entranhado solta cá para fora gotas de sangue e semen misturadas.
Sonoridade extremamente agressiva com base naquele Extreme Metal do inicio da decada embora sem o uso abusivo de orquestrações esta banda francesa consegue criar aqui um autentico monstro sadico.
Com algumas passagens meio acusticas e algo estranhas vindas do "Classico" aqui e ali que se misturam no meio daqueles lençois cobertos de arrame farpado o som é cativante o suficiente para se cerrar os punhos enquanto somos chicoteados ao longo destes poderosissimos 8 temas.
Os vocais do Sabbat embora por vezes demasiado BM inspired e de se notarem uns certos efeitos na voz em alguns temas,são brutais e conseguem acompanhar a restante banda,coisa que não é tarefa nada facil dada a sonoridade rapidissima dos temas.
Destaque para o trabalho de guitarra/bateria que cria autenticas passagens belicas dando a ideia que somos ou estamos a ser torturados por um exercito de senhoras vestidas de cabedal.
Em relação aos temas destacam-se o brutalmente diabolico e perverso "Bloody Ecstasy","The Hand of Death" ou o tema final "The Unspeakable".
Extreme Metal como mandam a regras e como eu gosto.....são uma banda que tem rodado muitissimo por estes lados e apesar de ser uma sonoridade que hoje em dia se confunde um pouco com BM consegue ser um estilo que ainda me continua a fazer ter umas sensações completamente Anti-All,por vezes até bem mais do que certas bandas de BM ou DM.
Let the Fornication Begin....FUCK..e realmente o titulo diz tudo:
DNA+HATE.
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PASS: sharedmp3.net

Trinacria - Travel Now Journey Infinitely


A primeira vez que tomei conhecimento deste projecto foi num artigo da Terrorizer aqui há uns meses e depois de ler fiquei naquela...bastante curisoso.
Sinceramente não sabia o que esperar dali,mas a ideia parece-me interessante, juntar elementos de uma das melhores bandas norueguesas com um projecto Noise/Ambient neste caso as meninas Fe-Mail,seria algo que ou daria uma coisa fantastica ou então uma cena sem pés nem cabeça.
Depois de uma troca de palavras no MSN aqui ha umas semanas com alguem que já tinha ouvido o album e depois das palavras vindas do outro lado,fiquei ainda mais curioso.
E depois de ouvido inumeras vezes confirma-se a primeira ideia em cima.
Que album monstruoso.
Falando a nivel pessoal este album é um daqueles que consegue captar tudo aquilo que me faz vibrar dentro da musica que ouço.
È envolvente e sinistro o suficiente para me deixar insano,é superiormente tocado e trabalho e acima de tudo é estranho o suficiente para ser ouvido e descoberto.
È certo que lembra Enslaved mas não só,vai buscar todas aquelas psicoses neuroticas que fazem surgir serpentes medusianas ao longo dos 6 temas e ainda faz com que se levantem alguns fantasmas.
È um album para ser olhado de frente mas com cuidado mas que acaba por petrificar quem o ouve.
O trabalho feito pela Maja e pela Hild ajuda bastante a dar o efeito medonho as musicas quer seja nas partes mais lentas e ambientais como nas descargas mais industriais e para mim é um dos aspectos verdadeiramente triunfais deste album.
Existem aqui cenas verdadeiramente arrepiantes diga-se o que se disser e este é um daqueles album que não engana embora não seja para qualquer um,isso é inegavel..
Uma viagem daquelas,que há muito não ouvia
Um T.S.B. ou um T.o.G.dos tempos modernos?
Parece-me que sim e digo-o sem medo nenhum.
Album do ano até agora e sinceramente alguma banda passar isto até ao final.....duvido muito.
Dá mesmo gosto ouvir albuns assim.
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PASS: waltz

Atrox-Binocular


Atrox são uma das minhas bandas nordicas preferidas dentro daquela sonoridade estranha,industrial.
Depois de um longo silencio chega agora este novo album Binocular e sem a Monika Edvardsen,o que me levou a pensar que raio poderá sair daqui.
E o que saiu é algo que não encaixa,não ata nem desata,anda as voltas,perde-se e é aborrecido.
Dá a ideia que se está a ouvir uma daquelas bandas supostamente modernaças que por ai andam,mas que nada dizem ou fazem para sobressair.
È certo que o som é uma bizarria brutal,repleta de samples,breaks,vocais maquinais bem apoiados no som do baixo e da bateria para se ter algum groove,mas foda-se isto não chega para uma banda com o passado deles.
E hoje em dia por vezes soar estranho já não chega e os vocais do Rune apesar de terem a capacidade de se misturarem no meio do som não tem aquele efeito desejado.
Embora ache o homem seria um excelente vocalista para uma banda de um som mais organico de Metal ou rock pesado agora para um album ou banda assim fica meio estranho,mas no mau sentido.
È um album demasiado facil e sem aquele efeito louco dos tempos da menina que ajudava a banda a ter algo cativante e meio unico,coisa que aqui morreu por completo.
Certamente existirão por ai pessoas que irão gostar disto,mas para mim que ainda estou meio em estado de choque não me diz absolutamente nada.
Passaram de banda visionaria para banda estacionaria.
Aguardava isto com alguma expectativa,mas afinal a montanha pariu um ratinho...daqueles que cozinham....mas que toda a gente já tem ou viu.
São dois pacotes de cacarueres sff.
http://www.shareonall.com/At-Bilar_yzed.rar

Ihsahn-AngL


È engraçado como alguns nomes que mudaram a musica extrema na passada decada se tornaram musicos respeitados dentro e fora do universo metalico hoje em dia.
Quando falo em respeito não falo em termos de vendas já que isso nunca foi sinonimo de qualidade muitas vezes,falo em capacidade criativa e progressiva.
Progressiva não no sentido musical mas em crescimento como musicos e homens.
O lider dos Emperor é mais um caso que merece uma profunda reflexão e entendimento e mais um que assenta bem as bases dessa teoria.
De Emperor não vale a pena falar,já que todos sabem o legado da banda,mas a fase pos Equilibrium e os projectos meio a "brincar" de Peccatum,StarofAsh,Hardingrock e em nome individual vieram mostrar a fibra do senhor Vegard.
O album anterior foi interessante,mas na minha opinião faltava-lhe algo que o fizesse-se sobressair um pouco,talvez um maior á vontade e uma certa brisa que modifica-se as coisas ainda meio agarradas ao silencio em que esteve metido.
Acho que o homem o consegue agora com este estupendo album.
Logo na musica inicial Misanthrope(talvez um temas mais DM inspired que já escreveu neste projecto em nome proprio,falando em termos extremos) comeca-se a sentir que se está perante um musico liberto de fantasmas,e envolto numa nuvem de "morbidez angelical",com anjos a apertarem-lhe o pescoço.
E as coisas continuam seguinte tema "Scarab",embora aqui a parte mais angelical ganhe formas arrepiantes,aqueles vocais limpos no meio do tema são lindissimos e aquele jogo musical existente ganha um forma bem interessante um pouco como que a abrir a porta para o "Unhealer",no qual o Akerfelt de Opeth dá uma ajuda.
E que ajuda.
Inicialmente dá a ideia que se está a ouvir a banda sueca num daqueles temas que quase fazem chorar as pedras da calçada.
Libertam-se demonios e não é para curar ninguem.
Acho que estes temas iniciais retratam bem o que se ouve ao longo do album.
Sonoridade brutal misturada com progressivo que tanto deve a Vintersorg como a Opeth como ainda vai buscar influencias a outros lados,seus diga-se.
E sim por vezes as vestes do Imperador ainda se arrastam pelo meio do salão como prova a "Malediction",que bem podia estar no Prometeu que não chocaria ninguem.
Musicalmente não é um album de progessivo masturbatorio,tem os seus devaneios é certo,mas sempre ou logo de seguida abafados por alguns promenores estranhos quer sejam feitos pelos instrumentos quer pela voz.
Que ajudam a que o album não se perca em demasia ou se torne monotono.
Esqueçam o passado,o Imperador sobrevoou-nos apenas em cima do cavalo negro lá no alto....e deixou apenas a ecoar musica lindissima e bem soturna como que a anunciar a chegada em definitivo do seu sucessor um Anjo Negro sedento de decadencia.
Excelente album.
http://rapidshare.com/files/108726937/Ihsahn-08.by.Akhylys.rar
Pass:bunalti.com

Bloodoline/Reverence/BaN/Karras-Dissociated Human Junction


Absolutamente brilhante este split.
Junta quatro bandas de BM extremo,poderoso,dissonante e maligno e que se surpreendeu bastante em todos os sentidos.
Começa com os espanhois Bloodoline que me deram um estalo na cara daqueles que um gajo fica meio parvo.
Sonoridade a completamente Zyklon-B em especial a voz que traz a memoria o trabalho estupidamente genial do Aldrahn,dando mesmo a ideia que se está perante um Blood Must be Shed renovado e misturado com uns toques de BM mais moderno e negro.
Sonoridade extremamente maligna e insana apoidada num excelente trabalho instrumental repleto de pequenos toques que misturam o que de melhor fizeram algumas das minhas bandas preferidas dentro do genero.
Em 3 temas conseguem fazer aquilo que muitas não conseguem em albuns longos e que me levou a procura quase deseperada do unico trabalho deles.
Seguem-se os franceses Reverence,as coisas acalmam um bocado já que o som deles é um BM mais lento e dissonante lembrando o trabalho recente de DsO,BaN e Mayhem.
È um som meio estranho mas envolvente o suficiente para nos deixar quase em estado catatonico com algumas passagens mais ambientais e com solos meio planantes,mas obscuramente belissimos.
O som sacado da bateria quando usam os blasts dá a ideia que se está a ser torturado por alguem.
Blut Aus Nord, tres temas, 666 voltas dentro da paranoia musical em que se inserem,nada a dizer.
Termina com o projecto Karras do Vindsval e pouco existe a dizer tambem, a não ser que o Ser capta aquele som da banda de origem brinca com ele um pouco,acrescenta-lhe uns samples que podiam ser a banda sonora para um pesadelo tortuoso.
Som ferrugento com um feeling algo necro e demoniaco.
Excelente trabalho destas 4 poderosas bandas e que me surpreendeu bastante,e quem gosta de BM estranho e obscuro certamente vai levar um daqueles sustos á seria...
http://2p0jjvaqi4.rapidsafe.de/

Azaghal-Omega


Aqui há uns anos o BM vindo da Finlandia estava na moda e de facto surgiram nomes interessantes da terra dos mil lagos,nomes esses que nem importa estar a nomear já que todos sabem minimamente quem são.
Estes Azaghal são curiosamente uma das bandas mais antigas de lá,mas das poucas que "lucraram" alguma coisa com esse hype na minha opinião.
Mesmo assim tem vindo a consolidar uma carreira interessante dentro do genero e este novo album "Omega" não foge a regra.
BM rapidissimo,quase a roçar o Extreme Metal embora num sentido mais organico e não tanto agarrado a parte maquinal,no entanto por aqui tambem se encontram algumas passagens subtilmente colocadas para criar uma certa aura ainda mais sinistra aos temas.
Mas para alem disto o grande destaque vai para o enorme poder que as guitarras aqui obtem algo entre o BM mais agreste de uns Marduk e aqueles solos caracteristicos de DsO antigo,tudo misturado é claro com ritmos muitissimo inspirados no Black/Thrash nordico.
Os temas cantados na lingua finlandesa actuam como uma chama que vai consumindo tudo um pouco a sua volta,berrados ao extremo e carregados de odio.
Pouco mais a dizer a não ser que se trata de um album de BM muito porreiro e certinho como mandam as "novas regras" do genero e com capacidade suficiente para crescer em cada escuta.
È certo que não acrescenta nada nem inova dentro do ninho de serpentes no qual se encontra,mas foda-se dá gosto ouvir de vez em quando um tema como "Kaikkinakevan Silman Alla",alias se os outros temas tivessem este sentido,nem sei o que sairia daqui,sinceramente.
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Pass: bunalti.com

DsO-Manifestations


Inicialmente este album era para ter saido em dois splits um com C.B. e na C.T.H.T..
Como o primeiro nunca nasceu e o segundo foi transformado em apenas um tema,esta misteriosa banda resolve agora lançar estes 8 temas que resultam em algo que pode ser considerado num regresso ao passado.
E realmente é bem verdade,supostamente foi gravado apos o lançamento do I.o.S. e o que se assiste aqui aqui é a continuação do que se ouvia nesse trabalho que finalizou o legado extremo e mais primitivo da banda.
Temas negros e rapidissimos cobertos com uma aura diabolica á maneira antiga.
As caracteristicas antigas da banda continuam lá,desde os solos gelidos e hipnoticos que quase levam a quem se deixa enrolar nos temas a entrar quase em transe,passagens mais lentas que contrapoem com uma violencia sonora que muita banda quer atinguir mas poucas conseguem obter.
Os vocais do S. são o que se conhece e para mim continua a ser um dos mais intensos vocalistas de BM que já ouvi em toda a musica dentro do genero,seja nas partes extremas seja nas mais lentas,sempre bem sentidas e misantropicas ajudando a criar ainda mais envolvencia aos temas,já todos eles excelentes.
È certo que poderão ser acusados do tal "ortodoxismo fanatico",mas sinceramente BM sem esta aura para mim simplesmente acaba por não ter muito sentido ainda mais nos dias de hoje e falando desta banda que sempre primou por uma certa estranheza,mas com um sentido sempre direcional aquilo que os rege a eles e do qual nós não temos nada a ver,apenas observar com um certo deslumbramento,se é que me faço entender.
Basicamente BM continua a ser isto sem rodeios ou a estupidez que por vezes consume o genero.
Digamos que o que se ouve aqui é um algo saido das entranhas da Virgem Santissima,um monstro sonoro deformado,feio,coberto de sangue e sujidade que é elevado de certa maneira como uma oferenda a tudo aquilo que nos rodeia.
http://2cqk5q4rp6.rapidsafe.de/

Paralelamente a este album surge tambem outro registo,que pode ser considerado como o Espirito por detras do anterior e que acaba um pouco por tentar amamentar a criatura monstruosa nascida atras....mas com uma morbidez ritualista e suprema diga de ser novamente escutada.
http://www.rapidbolt.com/rb-17371534820954040408/

Thou-Tyrant



A minha nova paranoia nocturna dá pelo nome de Thou.
Estes americanos,acabaram-se por se tornar numa daquelas surpresas que me deixou meio de rastos logo assim que os descobri.
Com uma forte influencia no Sludge negro americano de uns EHG,mas adicionando umas pitadas de beleza escura apoiadas nos solos das guitarras que trazem a memoria outros dominios que tanto lembram Khanate,Buried at Sea,Minsk como algumas bandas de Post daquele mais psico e obscuro acabando por criar autenticas passagens que bem poderiam ser a banda sonora para uma qualquer veneração em jeito de camara ardente.
Musicalmente são perfeitos na minha opinião, como disse, e a nivel lirico não se ficam atras,com letras muito interessantes e que acabam por se entranhar muito bem no meio de toda esta sonoridade arrastada,oceanica,desoladora e brutal.
Um autentico monstro sonoro,assustador que se liberta ao fazer play num simples botão.
Geralmente poucas bandas conseguem criar assim momentos tão intensos nos primeiros registos,mas este Tyrant é um daqueles albuns que certamente irá provocar muito mal estar psicologico a quem os descobrir.
È muito negro e muito intenso,mas ao mesmo tempo belo e triste,violento e lento mas que acaba por dar um murro no estomago daqueles brutais e ficar-se com uma sensação de nó na garganta e um certo sabor a fel.
Acho que quem gosta das coisas deve obrigatoriamente dar uma escuta a esta jovem banda.
Apareceram assim meio do nada,mas depois de finalizada a escuta deste album e apos abrirem os olhos apenas verão e sentirão desolação a vossa volta...nada mais.
O tema "What Blood Still Flows From These Veins" é algo que se poderá classificar como uma especie de banda sonora para uma overdose tanto no sentido literal como musical.
Para finalizar apenas quero dizer que este é talvez um dos melhores albuns que ouvi nos ultimos tempos.
http://www.megaupload.com/pt/?d=LHWLZ199

Jex Thoth-Jex Thoth


O Doom não é arrastado.
O Doom não é Death Metal lento.
O verdadeiro Doom está nos anos setenta.
O Doom é uma coisa estranha e quase mistica.
Para alguns é mesmo isto...então isto é para voces.
Esta banda norte-americana liderada pela menina Jex Thoth, resolve morrer e renascer no meio de uma cerimonia bizarra qualquer.
Dados a conhecer com o nome de Totem,renascem agora mais virados para o papel principal da sua vocalista, que diga-se de boa verdade é a verdadeira chama e alma desta formula quase alquimista.
Sonoridade totalmente retro e coberta de misticismo no qual a parte instrumental tem sempre uma palavra a dizer e se mistura com a aura cerimonial da Jex criando autenticos momentos que tanto mostram psicadelismo musical como autenticas viagens feitas sob o efeito de substancias alucinogenicas.
Musicalmente é algo entre os grandes nomes do Retro-Doom misturado cenas tipo Hagalaz Runedance,na minha opinião, é talvez a melhor ideia para vos mostrar o que se ouve neste album homonimo.
Destaque tambem dentro da parte instrumental para o uso do famoso orgão Hammond que cria autenticas passagens setentistas e que acaba por tornar o som ainda mais interessante.
Nota altissima para os temas "Stone Evil" que finaliza o album,brilhante momento musical desta jovem banda e no qual todas as caracteristicas e influencias veem ao de cima e para o "The Banishment" que se torna numa musica de contornos quase magicos o mesmo se aplica ao "pesadão" e alucinante "Obsidian Night".
Um album para ser ir indo descobrir aos poucos,mas muitissimo interessante.
http://lix.in/ba56eccf

Jarboe/Justin K. Broadrick-J2


Confesso que esperava muito deste album.
Os nomes por si só dispensam apresentações,pelo menos para quem tem andado com os olhos bem abertos ao que se tem feito nos ultimos anos/decadas.
Jarboe nome ligado a Swans nos ultimos anos tem feito uma serie de coisas que quase abrangem o universo musical na sua totalidade.
Desde coisas com aperfectcircle ou Puscifer mais mainstream até a participação no album de BM Eater of Birds de Cobalt tudo conta,e é claro não esquecendo tudo aquilo mais subterraneo,no qual ela se deixa envolver por vezes.
A ideia não é nova já o tinha feito com Neurosis e que resultou em pleno na minha opinião já que os dois universos se acabaram por interligar na perfeição.
Sobre o Justin é quase a mesma historia, lider dos Jesu e com um passado ligado a Godflesh e Napalm Death o homem é considerado hoje em dia como um dos melhores e mais visionarios musicos da actualidade.Alias os trabalhos de Jesu falam por si.
Mas quando se justam dois "genios" que poderá sair dali?
Ou algo genial ou uma grande merda.
Resultou?
Sinceramente não creio e chega a ser penoso por vezes ouvir este projecto.
È certo que é estranho conseguir entrar na mente deles principalmente no lado feminino,mas mesmo assim o melhor que aqui se ouve para mim são as envolvencias e ambientes criados pela senhora por vezes quase uma Diamanda Galas outras a roçar uma Beth Gibbons,mas sempre com a aura claustrofobica da Jarboe.
O mal na minha opinião aqui é a parte instrumental demasiado plastica e simples e isto foi uma das coisas que mais estranhei ainda mais estando quem está atras dos comandos.
Se no ep já não tinha soado grande coisa aqui volta-se a sentir o mesmo o que é pena já que isto prometia muito,mas acabou por se tornar numa enorme desilusão.
No geral é algo entre o Trip-Hop de uns Portishead e um remix de Jesu fica ali no meio a balancar quase sem sentido.
Existem bons momentos mesmo assim como o tema "Romp" e o "8mmsweetbitter" e algumas passagens durante os temas,mas pouco mais.
Talvez com o passar dos tempos consiga ver isto com outros olhos,mas para já e ao fim de uns tempos de escutas nada me disse apesar de ter curtido a voz da senhora como sempre.
Justin fode-te estragas-te tudo :?
http://rapidshare.com/files/98390830/JJB_-_J2.rar.html w