Leviathan - Scar Sighted
"Leviatã é uma criatura mitológica, geralmente de proporções gigantescas, bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade Média, por essa altura foi considerado pela Igreja Católica como o demônio representante do quinto pecado, a Inveja, também sendo tratado com um dos sete príncipes infernais."
Esta é uma definições que poderão encontrar para descrever o nome Leviatã e ao escrever em cima "proporções gigantescas", "demonio", "pecado", "inveja" e "Inferno", não fiz mais que unir 5 curtas palavras que fazem uma descrição perfeitamente assustadora e correta daquilo que o projeto criado pelo Wrest é atualmente, naquilo que se tornou e originou este autentico monstro que dá pelo nome de Scar Sighted.
Muito se tem dito, escrito nos ultimos tempos relacionado com o regresso do musico norte americano e por aqui depois da autentica desilusão que foi o "..Whore", as noticias eram sempre recebidas num misto de excitação e desinteresse porque afinal a maquina propagandista do metal extremo começava a espremer tudo á volta, como que para nos preparar para o que ai viesse ou simplesmente para tentar encaixar em algo e ficar na foto.
Quem gosta de Leviathan ou pelo menos tenta seguir musicalmente sabe que o Wrest nunca foi um musico de ideias fixas ou de seguimento, apesar da besta inicial (que supostamente era), sempre deu a ideia de ser um musico bastante open minded mesmo estando no centro do movimento extremo e este aspecto sempre se traduziu na sua forma quase unica como escreve ou cria musica, basta ouvir alguns albuns no passado, os miticos LoC, aos musicos a que se foi associando nos ultimos anos ou até (e isto mais num plano de mera curiosidade) naquilo que ele supostamente mais ouve.
Tudo isto aliado á sua forma de ver escuro onde os outros vêm cor, está na genese deste absolutamente fantastico novo album e sem duvida daquilo que eu conheco dele uma autentica obra prima de proporções abismais comparavel aos classicos modernos da musica extrema.
Pode parecer um pouco exagero mas acreditem que não é, e mais dia menos dias quando o album andar ai e tiverem a oportunidade de o ouvir vão ver que tudo fará um estranho sentido nas vossas mentes como fez na minha.
Inicialmente quando começaram a surgir as primeiras noticias falou-se numa nova direção onde o Death-Metal teria destaque, pois bem não é bem assim, já que bem vistas as coisas só existem duas faixas que exploram esse universo de forma mais incisiva, curiosamente a primeira e segunda faixa ou terceira se contarmos com a Intro, mas apesar de parecer algo surreal a ideia e do estranho som de guitarra que se ouve na "Dawn Vibration" o resto do album explora muito mais que um simples estilo e vai beber inspiração a muitas mais coisas embora sempre tudo numa toada obscura, invocativa, ritualista e em determinados momentos absolutamente depressiva e sufocante e a fazer lembrar a paranoia de bandas como por exemplo uns DsO, Bal Sagoth, Dead Congregation, Silencer...isto tudo colocado num plano Leviathan como é obvio....
A produção é limpida e cristalina o que ajuda bastante principalmente quando ouvimos o album de forma mais atenta (ou com fones), desta forma consegue-se dissecar cada camada de som do esqueleto em cada tema e compreender a forma como foram criados, muitos deles dando a ideia que foram trabalhados inicialmente de forma mais sintetica como acontece por ex com a faixa titulo, alias aqui convem salientar mesmo o lado mais atmosferico/ambiental, digno de ser escutado e talvez onde o Wrest explora como nunca o fizera muitas das pontas soltas de Lurker of Chalice e onde se notam claras influencias escondidas de algum BM anti-cosmico sueco que ele tanto gosta aparentemente..
O resultado final do album é algo que não só nos mostra de uma forma bem nitida como é/funciona a mente de um dos maiores visionarios da musica extrema dos ultimos anos como nos oferece numa bandeja de ouro aquele que é muito sinceramente um dos albuns mais brilhantemente construidos desta nova Era....podemos não gostar do hype, podemos não querer partilhar com ninguem, mas uma coisa é certa alguns de nós vivem para saborear momentos destes, quanto ao resto é apenas aquilo que que se ouve no final do album:
"I wanna see in your face......I wanna see in your mind...I wanna see.....in your tears."
Misþyrming - Söngvar elds og óreiðu
Os islandeses Misþyrming, são quase um caso de estudo dentro do movimento atual, não sei ao que se deve, mas de quando em vez aparecem bandas do nada que se tornam numa sensação quase paranoica dentro da musica extrema e o mais curioso é que tanto eles como os Leviathan estão a levar tudo de arrasto e se o projeto do Wrest já não precisa de muito para isso, o caso destes rapazes islandeses a coisa muda de figura, mas será que merecem todo este burburinho á volta?
Bem sim e não.
Por um lado temos um album que realmente é bastante interessante e recheado de todos aqueles aspectos que transformaram a Islandia numa especie de nova Noruega onde as bandas/projetos que têm surgido conseguem captar e ter uma aura quase unica onde o suposto cadaver do Black Metal é colocado em modo Frankenstein dando-lhe uma nova "vida" (se é que se pode escrever isso num estilo como é o BM), mas por outro quem segue já á uns tempos aquilo que se começou a fazer por lá certamente ficará com uma certo sabor agridoce quando nos lembramos de por exemplo o album de Sinmara ou essa referencia obrigatoria na musica extrema atual que é o Flesh Cathedral de Svartidaudi.
Dito isto e se compararmos as coisas de forma direta, este é talvez o album mais normal deste trio, o mal, é que esta sonoridade tornou-se, ou está uns passos á frente daquilo que se vai fazendo por ai.
O que realmente vale a pena é a tal atmosfera com que somos envolvidos durante a escuta do album, onde ambientes morbidos e sulfuricos se sobrepoem em muitos casos aos proprios temas isto se nos direcionarmos mais para o lado mais basico (guitarra/baixo/bateria) da musica aqui criada e a união destes fatores tanto resulta em pleno como noutros fica-se com o tal sabor meio agridoce que falei em cima.
Basicamente existe um desiquilibrio no album e as coisas apesar de boas não conseguem manter plenamente a excelencia que se sente em determinadas alturas, e aqui se formos demasiado exigentes sabemos que pode ser um "defeito de primeiro album" o que é completamente compreensivel...e depois as semelhanças com Nadra são obvias, demasiado obvias, principalmente nos riffs aqui usados ou nos momentos onde se entra em modo mais extremo e por falar em riffs aquele inicio da "Ég byggði dyr í eyðimörkinni" é extremamente familiar..
Resumindo é um album bom, mas que se acaba por perder em muita coisa ou melhor a banda ainda não conseguiu forma de diluir as influencias externas de forma mais concisa e criar algo realmente que os faça sobressair como merecem porque a qualidade está lá presente...o mal é que eu ouço muito Svartidaudi, Sinmara, Carpe Noctem, Nadra, Deathspell Omega ou o ultimo de Kriegsmaschine e quando a fasquia está aqui o ser apenas bom já não basta..
Vamos ver o que isto trará no futuro.
Axis Of Light – L'appel Du Vide
Esta demo de Axis of Light é algo que tenho ouvido bastante, embora me afaste por vezes deste tipo de BM, existe algo que por vezes me deixa a olhar de lado, é o que acontece quando ouço estes quatro curtos temas que compoem este registo.
Instrumentalmente é BM feito com base nas regras primordiais do estilo e algo entre uns Darkthrone e um Madrigal de Ulver, feio e sem uso ou recurso a melodias faceis nem a momentos solenes, apenas se pretende prestar atenção ao ambiente necro e odioso que se gera e principalmente aos riffs, dignos de estarem em alguns dos albuns essenciais do estilo isto na sua vertente mais Inner Circle ou LLN.
Não existe muito a escrever ou a dissecar quando se está perante algo que nos surge de frente de uma forma tão "aberrante" a não ser ouvir...apenas peca ligeramente pelo uso quase abusivo do eco que fica engordurado no som, mas até mesmo neste ponto quase inaudivel para grande parte das pessoas as coisas acabam por se transformar em algo viciante.
Ouçam aqui:
Imperial Triumphant - Abyssal Gods
Apesar do movimento americano ser atualmente o grande viveiro por excelência para fans e media dentro da musica extrema, ainda vão existindo projetos que não fazem mais do mesmo nem se limitam a ser apenas mais uns..é o caso de Imperial Triumphant.
Apesar de não serem uma banda propriamente nova ou muito conhecidos (até ver), este regresso dos nova-iorquinos (alguns membros de Pyrrhon) é equiparável a uma maquina de destruição massiva na equilibrada forma como fundem algumas das sonoridades extremas e que vão do brutal Death-Metal de uns Hate Eternal até ao Black/Death mais venenoso que se fez no passado, isto tudo envolto numa neblina dissonante mais associada a algum do BM mais religioso que ouvimos hoje em dia trazendo á memoria algum ambiente criado por uns DsO num dos seus longos eps..o que se obtem da ligação destes universos é um album com uma carga sufocante e extrema, mas desenganem-se se estão já a pensar em algo similar a Gorguts, embora aqui os pontos sejam os mesmos os resultados são totalmente diferentes e ainda mais extremos do que o que fazem os canadianos e até estão bem mais proximos de uns Portal (isto se usassem uma produção á Immolation/Ulcerate) que outra coisa, aliás falando neles existem algumas semelhanças nas vocalizações que o Ilya faz aqui e os monstros de Brisbane.
Um album bastante interessante de uma banda que na minha opinião tem tudo para se tornar num dos grandes ou melhor numa das referencias maximas do DM mais tecnico e mais obscuro (fora do necro hype) deste ano...e curiosamente uma excelente aposta da Code666.
Apesar de não serem uma banda propriamente nova ou muito conhecidos (até ver), este regresso dos nova-iorquinos (alguns membros de Pyrrhon) é equiparável a uma maquina de destruição massiva na equilibrada forma como fundem algumas das sonoridades extremas e que vão do brutal Death-Metal de uns Hate Eternal até ao Black/Death mais venenoso que se fez no passado, isto tudo envolto numa neblina dissonante mais associada a algum do BM mais religioso que ouvimos hoje em dia trazendo á memoria algum ambiente criado por uns DsO num dos seus longos eps..o que se obtem da ligação destes universos é um album com uma carga sufocante e extrema, mas desenganem-se se estão já a pensar em algo similar a Gorguts, embora aqui os pontos sejam os mesmos os resultados são totalmente diferentes e ainda mais extremos do que o que fazem os canadianos e até estão bem mais proximos de uns Portal (isto se usassem uma produção á Immolation/Ulcerate) que outra coisa, aliás falando neles existem algumas semelhanças nas vocalizações que o Ilya faz aqui e os monstros de Brisbane.
Um album bastante interessante de uma banda que na minha opinião tem tudo para se tornar num dos grandes ou melhor numa das referencias maximas do DM mais tecnico e mais obscuro (fora do necro hype) deste ano...e curiosamente uma excelente aposta da Code666.
Premonições: Vaee Solis
Nova banda portuguesa, mais uma a seguir a atual tendência Dark/Occult/Core e pela amostra inicial algo perdido pelo meio de uns Oathbreaker, Salome e Monarch...
Primeira demo para breve.
Premonições: Void Ritual
Void Ritual is the work of Daniel Jackson, known also for his work in Ancestral Oath. Void Ritual was born out of a desire to create something as ugly, hateful and callous as the world we live in.
The title of the first EP, 'Holodomor' is taken from a man-made famine which killed millions of Ukranian people in the 1930s. This is the sort of human behavior which gave Void Ritual its birth.
The title of the first EP, 'Holodomor' is taken from a man-made famine which killed millions of Ukranian people in the 1930s. This is the sort of human behavior which gave Void Ritual its birth.
Au-Dessus - Au-Dessus
Preparem-se para os lituanos Au-Dessus, mas preparem-se mesmo porque esta banda vai ser um projetos mais interessantes que vão ouvir este ano.
Finalmente chega até mim o primeiro album desta jovem banda e acreditem que este album é como uma lufada de ar fresco no atual movimento, primeiro pelo secretismo inicial e depois pela forma como foram adensando o misterio sonoro á volta, já que os temas que foram saido criavam uma expectativa não muito comum para uma banda totalmente desconhecida e sem praticamente nenhuma maquina promocional atrás...
E o resultado....bem o resultado, tudo aquilo que anunciava é superado com distinção e não apenas distinção posso escrever mesmo com algum brilhantismo pelo meio.
Quando estas sonoridades começam a entrar cada vez mais numa espiral de enervamento já que tudo começa a soar como igual estes rapazes pegam no Post-Black atual e conseguem dar-lhe um toque bastante pessoal onde se exploram aqueles riffs de guitarra sulista dos ultimos albuns de uns Glorior Belli, se misturam toques de uns THAW, Secrets Of The Moon, algum BM islandes e se envolve tudo num rasto de prazer sonoro associado a bandas como Cerna (dos tempos do "Restoring Life") ou Nontinuum, já dá para terem uma ideia daquilo que se vai encontrar aqui.
Se conhecerem minimamente estes nomes só por si já podem sentir que as referencias são boas e depois é só acrescentar a tal classe da propria banda que falei em cima para originar aquele que para já é um dos melhores albuns deste inicio de ano na minha opinião.
Vocalizações fortissimas, variadas e centradas numa especie de BM moderno é algo que tambem ajuda e que acompanham sem o minimo de esforço a enorme capacidade criativa que a banda obtem quando joga todas as cartas na mesa e um bom exemplo do que falo é escutarem uma faixa como a hiptnotizante "V" que fecha o album com atenção..
Resumindo um album com uma carga quase mistica, com uma misteriosa aura que nos deixa hipnotizados e com vontade de ouvir isto não uma, não duas, nem três...nem seiscentas e sessenta e seis vezes mas transformar isto em algo puramente pessoal!!
RECOMENDADISSIMO!!!
Ramlord - S/T (ep)
Regresso tambem de Ramlord, desta vez com mais um ep onde a banda continua a prestar culto a bandas como Amebix/Neurosis dos primordios.
São duas faixas onde nos pouco mais de dez minutos a banda se apresenta numa toada que vagueia entre o primitivo crust/punk tudo envolto em cores geralmente associadas ao sentimento DIY (que tanto estas bandas gostam) e onde a saliente melodia e as aberrantes vocalizações jogam entre si criando uma musicalidade que embora seja completamente deja-vu tem os seus momentos interessantes como acontece no incio da "The Breached Sanctum" que abre o curto ep.
Se gostam deste tipo de sonoridades fica a dica para explorarem nos proximos tempos.
Mortals/Repellers - Split
Novo split/10' para as demolidoras Mortals, desta vez com os "desconhecidos" Repellers.
Se do lado das meninas, a faixa presente neste 10' não acrescenta absolutamente nada de novo áquilo que mostraram no "Curse To The See The Future" do ano passado os restantes temas da banda vinda dos lados da Pennsylvania é que acabam por valer realmente a escuta deste material...
Não que seja algo que nos deixe de queixo caido, mas o Sludge/Thrash Metal/Crust criado por este trio de barbudos é realmente bem poderoso e acredito que vai apelar bastante á nova geração de ouvintes destes rotulos onde existe um um equilibrio bastante sobrio entre a melodia vs extremo e nesse aspeto a banda consegue realmente levar a agua ao seu moinho.
Musicalmente são dois projetos bastante parecidos entre si e vale uma escuta se forem fans de Mortals e quiserem ouvir pela primeira vez os tais Repellers que se preparam para lançar o primeiro album este ano.
Year of No Light / Bagarre Générale - Year of No Light / Bagarre Générale
Os franceses YONL são na minha opinião uma das bandas mais marcantes dos ultimos anos dentro daquilo que se chama de Post-Metal e uma das que já não vive á sombra das influencias nem precisa de chavões para sobreviver num estilo que continua na crista da onda..
Com uma carreira quase gerada a pulso, sempre conseguiram traçar o seu rumo e criar albuns ou musicas surpreendentes e mais uma vez esta colaboração com Bagarre Generale prova isso mesmo.
Logo a abrir somos arrastados por um tsunami sonoro de nome "Sar-Ha-Olam" onde durante os sete minutos somos presenteados com algo muito proximo e com uma intensidade bem proxima daquilo que a banda mostra ao vivo... colaboração entre os dois nomes do split que acontece no segundo tema ("Chapelle Ardente") onde o ambiente toma as redeas da musica e cria algo que quase que se pode chamar de transcendental tal não é a intensidade sonora que se apodera de nós..doze minutos de um brilhantismo proximo daquilo vindo de alguns lançamentos da CoR, mas sempre agarrado pelo pescoço pela força de YONL...
Mas o grande destaque aqui é mesmo a ultima faixa de Bagarre Generale que fecha o ep (com chave de ouro diga-se) onde somos atirados para uma especie de Post-Black Metal que vagueia estranhamente por algo que tanto poderia estar numa OST de um filme epico qualquer como a dados nomentos nos fazer lembrar tanto os austriacos Summoning como até os proprios YONL com um assustador trombone pelo meio...e o resultado é absolutamente brilhante, e muito provavelmente o melhor ep/split/whatever feito pelos franceses até agora.
Sem mais a acrescentar, a não ser escuta obrigatoria!!!
Khariot - Esoteric
A tendência que surgiu nos ultimos anos para tentar recuperar o lado mais tecnico e progressivo dentro do universo do Death-Metal traduziu alguns bons resultados.
Se por um lado temos projetos que exploram mais o aspecto espiritual e masturbatorio de bandas como Cynic (dos tempos do Focus), Voivod etc, existe tambem quem procure absorver esse espirito e ofusca-lo com toques de malvadez..
Neste album dos australianos Khariot pode-se dizer que se apanha ambas tendencias já que este album do duo da oceania consegue com algum requinte fabricar um album que tanto nos transporta para um como para o outro universo que descrevi nas primeiras frases. Na realidade e para quem gosta de musica brutal e com passagens quase jazzisticas/ambientais este album pode ser de facto algo para ser explorado com alguma atenção, não que isto seja uma obra-prima ou se esteja perante um marco no genero, mas o resultado final é bastante interessante principalmente para quem gosta de bandas como Ulcerate, a sonoridade é intricada e apesar da tag caotica está presente não se fica enterrado numa espiral violenta como acontece com os vizinhos neo-zelandeses, sendo que aqui em vez de usar as dissoncias de algumas bandas famosas de BM francês se explora mais o contorcionismo sonoro de uns Gorguts.
Resumindo se gostam de DM tecnico/progressivo e procuram algo mais "simples" e proximo ao passado de algum DM americano dos anos 90 este é sem duvida um bom album para descobrirem.
Podem ouvir em baixo:
Premonições: Marriages - Salome
"The Los Angeles-based trio first began in 2011 as a collaborative effort between former Red Sparowes members Emma Ruth Rundle (guitar, vocals) and Greg Burns (bass, keyboards). Showcasing Rundle's exceptional playing more vividly than the dense architecture of the Sparowes could allow, Marriages' departure from purely instrumental rock, too, helped bring her to the forefront, revealing a voice equally fragile and ferocious...."
Fvnerals - The Light
Fvnerals, banda inglesa com uma musicalidade que acenta numa amalgama de folk, drone e ambiente negro tudo envolvido nas tendências proximas daquilo que é explorado por uma Chelsea Wolfe ou Darker (para falar em nomes mais conhecidos), embora aqui sem aquele toque "mais pesado" e quase centrado na totalidade voz/piano..o resultado apesar monotomia aparente acaba por ser bastante relaxante e invocativo para aquelas escutas pontais quando se procura algo ligeiramente diferente daquilo a que se está acostumado ouvir...soturno mas muito interessante!
Rotting Sky - Sedation
Uma demo/album que tem dado comigo em louco tal não é o uso constante a que tenho dado a estes temas.
Os Rotting Sky são um projeto do vocalista do Tim Messing de Nux Vomica e aqui ouvem-se (e não estou a entrar em histeria) muito provavelmente os melhores temas de Black Metal sem corpse paint dos ultimos tempos e um forte concorrente a ombrear com nomes como Sun Worship ou Ash Borer no panteão do atual movimento extremo, não vou chamar hipster porque enfim apesar da aparente normalidade...isto não é nada normal!
São 40 minutos intensos que se dividem por quatro caoticos temas que entram em colisão com muito daquilo que tornou o estilo conhecido nos ultimos tempos e onde vamos encontrar melodias hipnoticas que podiam estar num qualquer album daqueles vindos do movimento anti-cosmico sueco, sonoridade maquinal que deixa um rasto de destruição digna de uns Diabolicum, vocalizações dementes centradas em odio e repetição que se pregam na nossa mente (conferir a auto-destruição da "White Angels") geralmente associadas ao atual USBM....
O resultado é uma hipnose sonora que certamente faria qualquer banda de BM mais "trve" incendiar a igreja local para em troca obter a formula mágia que aqui se obtem.
Resumindo e nem me vou alongar mais, mas creio que estamos aqui perante mais um classico daqueles que muitos só muito provavelmente daqui a uns tempos/anos irão dar o devido valor!!
Recomendadissimo.
"You will struggle
It won’t matter
We will convulse
In the dirt’s embrace
Sleep, sleep, sleep
The sleep of a slave
In your fitful dreams
You’re choking"
Merdarahta - As The Dark Clouds Swept Away We Could See The Sunset
Os franceses Overmars são uma das minhas bandas favoritas e o aparente final da banda foi algo extremamente enervante para não escrever outra coisa..começar assim a escrever umas ideias acerca de um album realmente não é muito inteligente, mas isto tem tudo a ver.
Não, isto não é nenhum projeto pararelo nem algo do tipo, estes Merdarahta vêm do Canada e são uma banda com ligações aos grinders Fuck The Facts, mas as ligações ficam-se por aqui já que aquilo que estes rapazes e rapariga criam nesta banda (de nome com sonoridade bizarra quando dita em portugues) é uma especie de invocação cadaverica da banda que falei no primeiro paragrafo e não aquele tipico pontapé nos queixos que FTF por vezes dá..
Sludge apocaliptico com alguma maquinaria pelo meio que nos transporta com alguma nostalgia para aquilo que bandas como Overmars ou Salome fizeram no passado e com bastante interesse diga-se, embora não seja de escuta ou algo propriamente de digestão facil, destaca-se o excelente registo vocal da Mel que consegue ser agoniante o suficiente para sobreviver no meio daquela selvajaria instrumental e tirar ou melhor criar a envolvencia certa para este tipo de som.
Um album que gostei imenso e que me tem feito companhia nos ultimos tempos...
Escuta aqui e se quiserem uma das 100 copias do album é seguir o link (uma delas já cá mora!).
Agos - Irkalla Transcendence (MLP)
O estado atual da musica extrema está solidificado com uma especie de realeza hipster, e algumas bandas começam a abrir os olhos e virarem-se para outras atmosferas, bandas como os suiços Bolzer, e os irlandeses Malthusian estranhamente vieram abrir uma nova brecha no movimento..
Essa passagem parece ser um caminho para se seguir e os gregos AGOS são para já uma das propostas mais poderosas que podemos encontrar atualmente dentro do Death/Black de contornos epicos/majestosos sem com isso recorrerem ao lado mais basico e sem sal que cada vez mais se encontra por ai.
Aquilo que esta banda mostra neste curto mlp é nada mais que pegar no Metal enquanto musica extrema e salpica-lo com pequenos pormenores que tanto vão beber aos nomes que em cima citei como no uso constante de riffs e destruição geralmente associada a bandas como Bolt Thrower e neste aspeto as guitarras aqui são inspiradissimas..e o resultado é fantastico mesmo parecendo estranho o uso de todas estas referencias a forma como o projecto mistura tudo e lhe acrescenta um toque por vezes etnico origina uma bastante agradavel e viciante escuta e que por aqui é para já um dos registos mais interessantes deste inicio de ano.
Recomendado!!
Ouçam aqui e deixem-se ficar amaldiçoados pelos deuses...
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