OM-Pilgrimage
Nascidos das cinzas ou mais concretamente dos fumos de Sleep os OM tem são actualmente uma especie de alimento para a mente algo similar a uma substancia meio alucinogenica e calmante.
Inspiradissimos por algo sobrenatural o som desta banda é algo muito estranho,violentamente sensivel e transcendental.
Algo como um recital biblico no meio de uma daquelas festas hippies cobertas de acido bem ao estilo do Leary com uma vibração bizarra mas totalmente envolvente.
E vibração é algo que aqui não falta mas ao contrario do primo extremo(Drone) aqui as coisas funcionam num patamar bem mais acustico e lento mas com o mesmo efeito dopante e completamente hipnotico,exprimentem ouvir isto "naqueles momentos" o efeito acaba por baralhar a vossa mente e percepção.
Drone sem o peso da distorção electrica é a melhor definição sonora ajudada por uma voz que actua como mestre de cerimonias de todo este poderoso conjunto de musicas.
Sem direção musical logica é um misto de musica tantrica e ambiental com algo mais gigantesco e variado por vezes uma especie de Tool acustico mas sem a voz do Maynard.
Acusticamente o album é de uma beleza enorme que vem acalmar um pouco os efeitos tempestuosos da mente ao ouvi-lo.
Este album deixa-me meio paranoico por vezes e se querem algo para ouvir nas proximas noites exprimentem isto.....mas cuidado tal como qualquer droga isto cria habitos de consumo e cria dependencia sonora brutal.
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Insision-Ikon
Com a actual mistura que existe dentro do DM em que muita banda vai acrescentado alguns toques diferentes e o chamado Metalcore muita vez se aproxima perigosamente deste genero brutal sabe bem ouvir bandas como estes Insision.
Vindos da Suecia,mas com uma sonoridade inspiradissima no DM americano,daquele mais anticristão e mortifero atiram-nos com mais uma bomba sonora com uma intensidade brutal.
Apesar de suecos aqui não se ouve guitarradas á swedish style nem vozes sacadas ou inspiradas nessas tais bandas que tanto dão que falar hoje em dia e que acabaram por influenciar tanto jovem pelo mundo.
De facto o que se ouve aqui é DM na tradição de bandas como Gorguts,Vital Remains,Disincarnate,Brutality(estas duas para mim das melhores de sempre,mas morreram),Immolation ou Malevolent Creation,som brutal e poderosos muito sublinhado por um excelente trabalho vocal a cargo de um senhor chamado Carl Birath.
Quem os conhece sabe bem o que se trata aqui a sonoridade continua e segue os mesmos rumos como até aqui.
Temas curtos mas com um odio sonoro que hoje em dia começa a ser raro encontrar em bandas deste estilo o que a meu ver é pena porque DM é musica de morte não de coisas alegres para se ouvir e beber umas cervejas com os amigos.
Existem temas muito interessantes como por exemplo "Into the Cold" em que parece que estamos a ouvir uma versão de Nile misturada com Brutality som lento mais arrasado por uma parte instrumental muito interessante.
Depois da desilução que foi o album de Vital Remains aqui está um album que vem acabar com essa lacuna.
São talvez uma das melhores bandas de DM que por ai andam actualmente é pena é serem pouco conhecidos e este album acho que merece uma escuta por parte dos fans do genero ou para quem gosta das bandas que falei em cima ou para quem quer ouvir um album de musica extrema sem vir do universo BM.
Brutal e muito bom.
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Coffin Dancer-Pax Romana EP
Um dos albuns que mais gostei no passado ano foi o Noir dos finlandeses Callisto,sobretudo pela soberba mistura que conseguiram fazer de Hardcore apocaliptico com outras tesxturas meio jazzisticas.
Pois bem fica aqui mais uma banda do mesmo genero com uma sonoridade bastante semelhante mas tambem muito porreira.
Chamam-se Coffin Dancer e vem dos States mais propriamente de Miami e apesar do clima solarengo daquele sitio conseguem criar uma sonoridade bem mais fria e inspirada um pouco em temas nada festivos pelo menos atendendo aos titulos das musicas deste pequeno EP de 3 temas chamado "Pax Romana".
A musica "Another March to Calvary" é deliciosamente soberba e os riffs iniciais da "Auto da Fé" batem cá bem dentro alias como todo o tema.
São excelentes musicos e sabem criar boa musica e aguçam o apetite para o futuro.
È uma banda porreira e gosto imenso deste EP lembra-me um pouco Cult of Luna misturado com algumas bandas de Post-Rock.
Pode ja se tornar um pouco cansativo para alguns este genero de som,mas mesmo assim sempre vão aparecendo bandas com algo a dizer nem que seja apenas uma frase ou duas.
E agora que neste estilo tudo parece querer inovar sabe bem ouvir de vez em quando algo menos original mas sensivel o suficiente para se carregar no play sempre que acabam os temas......é pena é ser curtinho,porque isto é bem porreiro.
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Corpus Christii-Rising
Actualmente Corpus Christii é uma das bandas mais interessantes da cena BM mundial,digam o que disserem gostem ou não.
Longe vão os tempos em que um dos objectivos primordiais era ser a banda mais extrema a nivel nacional e a bem da verdade foi conseguido de certa maneira,os albuns fora desta trilogia conseguiram captar toda essa envolvencia extrema, malevola e crua chegando mesmo a criar alguns verdadeiros hinos de BM verdadeiramente raivosos e maliciosamente tocantes e exemplo disso foram temas como o "Ave Dominii","All Hail....Master Satan" o "Lusitania" ou o "The Fire God".
Depois desta fase inicial a banda opta por desenvolver uma sonoridade algo diferente quer musicalmente quer liricamente dando origem a uma trilogia iniciada no album"Torment Belief" seguida pelo espectacular "The Torment Continues" e terminando agora na enorme surpresa que é o novo "Rising".
E se existem bandas que ao longo dos tempos vão conseguindo refinar o seu som CC passa a englobar esse restrito grupo de bandas de BM que realmente vale a pena ouvir e sentir um pouco toda aquela magnificiencia sonora embora tudo aqui se passe num plano demasiado pessoal da parte do principal mentor da banda,mas mesmo assim existem aqui muitos pontos em comum com muitos de nós,basta ter atenção a alguns promenores.
O album começa com uma pequena intro bem ao jeito do que algumas bandas de BM religioso comecaram por fazer e que começa já a ser habitual encontrar em alguns albuns.
Depois desta pequena nota de boas vindas as portas abrem-se para algo totalmente marcante,ao longo dos 13(por vezes não é azar este numero),temas que por aqui se ouvem.
A nivel instrumental o album é dos melhores que ouvi este ano vai beber influencias a muita banda de culto dentro do BM sejam elas mais antigas ou mais recentes.
Por vezes lembra um pouco as guitarras usadas no Pure Holocaust como a seguir parece que estamos no meio de um album de Ondskapt ou Sargeist ou até mesmo DsO antigo,embora no Rising as coisas não sejam tão lineares quanto isso.
Encontra-se aqui muitas referencias a outros estilos como o Doom o que a meu ver ainda vem acrescentar mais grandiosidade ao album.
Geralmente existem muitos albuns de BM que a nivel instrumental são "toscos" mas por vezes existem outras coisas que os conseguem redimensionar para outros caminhos tornando-os interessantes.
Aqui não se passa isso não existe repetição de ideias e monotonia é algo que não se ouve.
Essa tal nova dimensão sonora e mistura de sons vem dar uma lufada de ar fresco a musica tanto somos arrastados por riffs tocados a velocidade da luz como a seguir a melodia depressiva e a junção voz faz-nos abrir os olhos,existem aqui temas muito bem conseguidos e riffs marcantes.
E por falar na voz é na minha opinião o trabalho mais intenso feito até hoje pelo Nocturnus,nota-se que o homem mete sentimento naquilo que diz e se ja o fazia nos anteriores trabalhos aqui as coisas entram noutro patamar.
È um album tormentuoso, agoniante e quase perfeito no que toca a este estilo de musica, demasisado negro por vezes mas a meu ver não é algo que o estrague alias ainda bem dar mais vida ou neste caso morte aos sons que saem das colunas por vezes hipnoticos e provocantes de um certo mal estar mental.
Mas não será isto uma das essencias principais do BM?
Destaque tambem para as tais partes meio Doom inspired que se ouvem por aqui por vezes saindo mesmo do nicho Black metaleiro da banda mas que as torna em pequenas peças de introspecção misantropica demasidao pessoal mas nada intransmissivel.
Sente-se a dor no ar,sente-se morte,sente-se tristeza sente-se desgosto do mundo que nos rodeia mas fica uma sensação muito forte.
Algo do genero se em vez de cairmos para o Abismo nos elevase-mos nele e acabarmos por encontrar uma especie de ressureição.
Depois dos anteriores albuns este actua como uma especie de Funeral e Ressureição ou até mesmo Libertação para final a trilogia.
Um album que os irá estabelecer ainda mais num dos tronos do BM mundial e é talvez o melhor album de BM lançado até hoje por uma banda nacional e sem duvida um dos mais poderosos que ouvi este ano dentro do genero,seja a nivel musical seja em termos de feeling.
Gallhammer-III Innocence
Agora ficam aqui umas palavrinhas sobre o novo album das niponicas Galhammer "III Innocence".
Um pouco diferente do anterior Gloomy Lights este novo album continua a beber bastante em bandas como Hellhammer e algumas de Doom mais arrastado embora neste se encontre outros pontos de ligação a outros estilos como o Sludge mais pesadão e um pouco ambiental ou o Crust bem caracteristico da banda.
Com algumas partes mais melodicas que vieram acrescentar algo de novo ao som encontram-se aqui pontos em comum com algumas bandas como Esoteric,Noothgrush,Bloody Panda ou 13(foda-se é a segunda vez que menciono esta banda aqui no espaço de uma semana)e até algumas bandas Dronenianas o que misturado com o tal feeling Hellhammer consegue obter um resultado bem interessante.
Acaba por ser uma boa mistura de sonoridades alternativas sejam elas depressivas como o que se ouve na maior parte do album sejam elas mais arrastadas e lentas ou totalmente raivosas.
A voz com aquele som feminino caracteristico mas extrema o suficiente vai-se envolvendo em diversas sonoridades tal como na parte instrumental que falei em cima tanto é berrada e meio BM como por vezes soa quase arrastada a boa maneira Drone enquanto por vezes se torna angelical,não no sentido meloso mas num angelical sujo e triste.
È mais um album interessante lançado pelas japonesas que certamente não será para todos,mas que a meu ver é bem porreiro.
È uma especie de musica alternativa extrema o que aqui se ouve algo tipo Boris meets Hellhammer.
Destaque para os temas "Slog", "Last Scary Dream" e "Ripper in the Gloom" o viciante "Killed By The Queen" ou o assustador "Song of Fall" .
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Ghost Brigade-Guided By Fire
Com a suposta "loucura" que por ai anda em relação a estes finlandeses ficam aqui mais umas palavras.
As bandas finlandesas são muito estranhas conseguem recriar melodias bizarras e estranhas principalmente aquelas vindas dos estilos mais extremos como o Doom e o Black fora disto pouco existe a dizer e poucas são aquelas que realmente valha a pena ouvir tirando um ou outro caso como Amorphis.
Mas depois de tanta coisa que se ouve achei por bem dar uma hipotese ao album destes moços.
Primeiro e talvez pela descrição que tenho lido da sonoridade algo entre Katatonia e Neurosis(??!!!).
Achei a descrição engraçada mas antes de ouvir pensei será que funciona?
Pois bem a parte de Katatonia é correcta alias nota-se que é uma banda que deve ser bastante ouvida pela banda,mas não só a voz lembra-me por vezes um certo amorphismo daquele pos Tales e antes Eclipse.
As vezes tenho a noção que todos os vocalistas finlandeses dentro deste estilo cantam com a mesmo timbre,embora a voz mais rasgada soe porreira como aquela que se ouve no tema "Based on You".
Tanto recorda Katatonia como Amorphis até aqui nada de mais,agora a outra parte.
Nunca devem ter ouvido Neurosis para fazer tal comparação é que nem a nivel instrumental nem a nivel de sentimento se consegue apanhar isso e usar uma descrição daquelas deveria dar direito a prisão.
Mas pronto e depois deste meu desabafo que achei necessario as coisas giram um pouco a volta de bandas como Textures e The Ocean a nivel instrumental e va-la um pouco a recordar por vezes,apenas por vezes classicos como o The Beyond mas já a forcar um pouco.
Mas tirando estas pequenas partes tudo gira em torno do eixo Katatonia/Amorphis como já disse,os temas são bons e com uma carga emocional bem forte,mas não chega nem de longe nem de perto para se considerar algo do outro mundo,alias a banda tem os pes bem acentes no chão.
Muita melancolia nordica,bons refrões mas isto é algo que já facilmente se encontra em muitos outros albuns que por ai andam.
È um album perfeito para quem acha(e não são poucos) que Katatonia perdeu gas ou para queira ouvir uns Amorphis a soarem a Post-Hardcore(talvez a definição mais correcta,logo no primeiro tema "Rails at the River" se encontram esses dois mundos) ou para quem acha que as bandas finlandesas conseguem captar e misturar melodia com raiva de uma maneira bem engraçada.
Não me pareceu nada de mais,nada mesmo e esperava algo bem mais original mas vamos ver no futuro.
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Astarte-Demonized
Foram das primeiras bandas totalmemente femininas a tocarem BM.
Vindas da Grecia terra de bandas miticas como Rotting Christ ou Necromantia provocaram na altura um misto de riso e curiosidade por parte dos ouvintes de musica extrema.
Não querendo ser maxista mas na altura era muito raro existirem bandas de meninas com algo interessante para se dizer,ou melhor para ouvir ainda mais totalmente femeas existiam excepções mas poucas,talvez apenas Mythic e 13 fossem uma excepção atendendo a musica extrema porque frontwomens a frente de outras bandas começava a ser normal e em varios estilos.
Ao contrario do que se passa hoje em dia com em todos os estilos tudo mudou.
Mas vamos ao album.
Primeiro o que se ouvia no inicio foi se perdendo com os tempos e quem conhece a banda sabe perfeitamente disso foram andando de salto em salto a procura de espaço proprio.
Não é facil e ter um bom palminho de cara não chega,pode ajudar mas não chega para o que interessa realmente que é a musica.
Neste novo album talvez o mais agressivo da banda lançado nos ultimos anos viram-se para o Death Metal.
Extremo e melodico por vezes,com boas vocalizações de parte da menina Tristessa,talvez o seu melhor registo,mas sempre com aquele toque caracteristico dela ajudada por alguns nomes sonantes(Atilla a cabeça),as coisas até acabam por funcionar muito bem por vezes como o tema Lycon talvez o mais interessante do album ou o "Heart of Flames" que lembra uns Otep misturados com Arch Enemy.
E estes ultimos são talvez o nome que mais nos apareça a cabeça depois de umas escutas,mas a meu ver este Demonized bate o ultimo trabalho dos suecos e a Angela ainda dá uma ajudinha num tema.
Existem algumas surpresas e acabam por redefinir o seu som quase totalmente e perde quase totalmente aquele sentimento meio bronco que se ouvia nos outros trabalhos anteriores,alguns mesmo maus.
Não é uma banda que siga muito,mas parece-me um bom album ideal para quem gosta de Arch ou Death moderno com um toque meio sueco,quem gosta deste estilo provalvemente vai ter uma surpresa.
Destaque tambem para o incrivel trabalho ritmico a bateria está brutal.
Acima da media e acabou por surpreender pela positiva,talvez tenham finalmente encontrado o seu rumo,porque este é de facto o melhor album e mais interessante até a data atendendo ao que conheço delas ou então foram os novos membros que vieram da uma ajuda
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Ulver-Shadows of the Sun
Os Ulver são talvez uma das mais bizarras bandas surgidas da explosão Black Metal nos anos 90.
Começando por tocar uma mistura de BM com algo mais Folk,foram desenvolvendo a sonoridade (ou então não) até chegarem ao petardo Nattens Madrigal,talvez o ponto mais alto da sua vertente mais "evil".
A partir de aqui foi o diabo.
Quando muitos esperariam algo neste estilo resolvem mudar radicalmente tudo o que fizeram até aqui.
Em vez de uma sonoridade necro envolve-se no meio do mundo eletronico e avantgarde,em vez de melodias viradas para a natureza começam a preferir algo mais urbano e cheio de luzes de neon a acender e apagar mas situadas num espaço meio degradante tal um pouco como fazem mais tarde os Manes.
Mas vamos ao album.
Logo nas primeiras escutas nota-se uma certa influencia Pink Floyd quer a nivel vocal como instrumental,bem não é novidade nenhuma isto,mas aqui parece-me mais vincada que o costume.
Existe uma certa aura cinematografica bem negra no album por vezes parace que estamos a ouvir uma especie de banda sonora de um filme qualquer do David Lynch.
O trabalho estranho que se ouve dos samples é digno de registo,estranho,bizarro e quase desconexo,dá a sensação de ser um puzzle em que o ouvinte tem de encontrar as peças e junta-las para chegar ao fim da viagem.
E por falar em viagens este album tambem funciona um pouco como veiculo de passagem para outros lugares....nada palpaveis.
Alias todo o album vive muito em torno disto com um sabor exotico por vezes e jazzistico....estranho.
Nota-se que existe um certo piscar de olho subtil ao drone na maioria das vezes pouco evidente,mas bem vivo.
Destaque para os vocais do Rygg muito interessantes(mais uma vez),suaves,atmosfericos,tragicos e meio embalantes como se um anjo decadente nos fosse dizendo umas palavras obscuras ao ouvido e nos persegui-se para roubar a alma uma especie de Cash mais fofo.
È um album interessante da banda mas que acaba por se perder um pouco no meio de tantos temas identicos,o que a meu ver acaba por estragar um pouco a aura do disco,se existe-se um pouco mais de variedade certamente soaria melhor.
Não é um mau album,mas acaba por ser um pouco monotono ao fim de umas escutas e sem se ter o espirito certo isto acaba por não ter o efeito desejado.
Urbano,melancolico,cinematografico e um pouco tragico são talvez as melhores palavras para o definir,mas com estes adjectivos já fizeram melhor....o lobo anda a vagear no meio da cidade e parece completamente perdido.....
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Rosetta-Wake/Lift
E agora um dos grandes albuns do ano dentro do AmbientPostHardcore ou lá o que seja isto.
Depois do espectacular "The Galilean Satellites" que gostei bastante(já agora agradecer ao Lux-A que me mandou uns temas desse album aqui há um ano talvez),chega agora o novo "Wake/Lift".
Este album vai ser daqueles que os meninos e meninas vão ficar encantados e sem reação para nada apenas para ficar a olhar para o céu e fumar um cigarro ainda mais se for com um bom por do Sol com paisagem de fundo.
Tocam algo que se poderia chamar post-hardcore mais ou menos como o que bandas como Callisto,Cult of Luna ou os nossos Men Eater fazem embora aqui a sonoridade seja misturada com e alguns elementos Toolianos aqui e ali.
A boa produção ajuda bastante cristalina e ambiental quanto baste para tornar as audições bem agradaveis coisa que ajuda bastante por vezes neste estilo.
Neste album ao contrario do anterior perderam um pouco aquela sonoridade mais aspera mas ganharam ainda mais envolvencia sonora.
Os temas são pequenas viagens muito bem conseguidas,calmas por vezes e a puxar um pouco para bandas com GiAA ou EiTS que vão sendo misturadas com algo pais poderoso e terra-a-terra.
Um misto de imaginação realidade tanto somos atirados para um espaço sideral como logo a seguir puxados para baixo e agarrados ao chão.
E é esta junção de sonoridades que torna o album numa agradavel experiencia sonora a banda vai buscar influencias a varios sitios desde o Ambient passado por algo mais poderoso e acabando no Post Rock acabando por mistura-las e tornar os temas muito bons e cativantes.
Não é nada de novo é certo nem original mas aqui o que é feito é bem feito e dentro deste estilo tem nota quase maxima e para mim são das melhores bandas deste genero que por ai andam actualmente e se já o eram com este album veem cimentar essa posição.
A conferir por fans de Cult of Luna,Isis e das bandas que falei em cima vão adorar a experiencia.
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Xasthur-Defective Epitaph
Com a surpreendente contratação por parte da Hydra Head,editora pertencente aos Isis era natural que uma banda com a qualidade de Xasthur começa-se a esplanar ainda mais a sua sonoridade.
Este novo album é mais um passo em frente.
Primeiro a nivel sonoro muito melhor que o anterior "Subliminal Genocide" que a meu ver perdia um pouco com todo aquele caos e de alguma atrapalhação sonora e foi algo estranho esse lancamento.
Agora recupera-se e desenvolve-se outras materias.
Neste as coisas continuam com a habitual marca Xasthuriana extremamente depressiva e morbida e com uns toques ambientais a puxar para algo que se poderia chamar Drone Black.
E por falar em morbido é talvez a melhor palavra que define todo o conjunto destes 12 temas.
Ritmo lento e funerario em que a envolvencia sonora ganha pontos quando misturada com os teclados utilizados,quase a puxar para o Dark Ambient e a bateria(real) por vezes soa a algo Summoning antigo dando um efeito bem obscuro aos temas o que misturado com os excelentes e hipnoticos riffs de guitarra transforma o album numa peça de tragedia sonora,misantropica e quase suicida.
A nivel vocal o trabalho feito pelo Malefic continua igual a sim mesmo,um misto de agonia e tristeza sempre envolvente e rasgante o que adicionado a toda esta mistura sonora algo tipo Isis morbido com BM mais necro acaba por envolver os temas num manto bastante negro.
Sim falei em Isis,mas vou explicar para os mais sensiveis,enquanto a banda do Turner consegue criar momentos planantes e belos aqui tambem se ouve isso mas numa prespectiva diferente esses momentos planantes perdem essa beleza mais obvia e ganham um sentido mais negro e funerario.
E a meu ver foi uma banda em que o Malefic foi buscar um pouco de inspiração pelo menos em algumas partes pode parecer estranho mas encontro aqui alguns pontos em comum tal como Bergraven ou aquelas cenas antigas como Elend ou Raison d´etre e Summoning.
Não chega mesmo assim ao poder do meu album perferido deles o "Telepathic with the Decesead",mas acredito que com o tempo poderá lá chegar e mesmo passa-lo porque estou mesmo a gostar destas primeiras audições.
È estranho por vezes,mas de uma banda como esta não se pode esperar cenas normais e acredito que se irá acabar por tornar numa boa companhia nos proximos temas ainda mais com a chegada do Outuno.
A descobrir.....e aqueles ultimos quatro temas do album são no minimo arrepiantes em especial o "Memorial to the Waste" aquele solo no meio é encantador....ou aquela parte ambiental no "Only the Blood that Pours is Yours".....ou todo o tema "Umblessed Be"...
Para descobrir volto a dizer e ouvir na mais obscura solidão fisca e mental,existe aqui uma carga negativa muito forte....
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The Black Dahlia Murder-Nocturnal
Já disse que gosto da banda e são das poucas que realmente acho interessantes dentro desta nova vaga.
Acho que este album se tivesse um feeling mais "sujo" ficaria muito mais engraçado,porque assim acaba por soar a deja vu ao fim de umas escutas é o mal deste estilo por vezes.
Os temas mais uma vez estão porreiros alguns dos melhores que fizeram até agora,o Deathmask Divine e o Warborn são um bom exemplo disso, têm garra e percebe-se bem a intensidade da banda.
Sobre a voz pouco existe a dizer continua igual ao que sempre foi um misto de BM com bandas de Death-Metal sueco em que At The Gates surge como a principal referencia,e a mistura com algo mais grotesco dá outro ar aos temas e não os tornam enfadonhos se apenas se recorre-se aos gritos a la swedish style,não que fosse mau mas para isso já temos a NWOSDM antiga.
Alias por falar nisto TBDM são das poucas bandas que conseguem recriar com algum encanto o passado e mistura-lo com algo mais actual dessa banda mitica do Underground europeu.
O riffs estão porreiros, intensos, rapidos,melodicos e poderosos como convem neste estilo porque as musicas vivem bastante desta junção de factores misto de agressão vs beleza misturado bom bastante tecnica nas unhas.
O trabalho de bateria tambem merece umas palavras acho que ficou mais bem conseguido do que no album anterior um pouco mais versatil e intenso assim as primeiras escutas e acho-o mais pesado que o Miasma.
E por falar nisto parece-me mais bem conseguido que o Miasma e o Unhallowed e se em vez de tudo soar certinho e tivesse um som mais sujo como disse estava aqui um marco musical para a nova geração.
São uma boa banda que lança mais um bom album e repete a formula que os fez ter sucesso.
Talvez este fosse o album com coragem em dar um passo em frente preferiram não o fazer vamos ver o que irá acontecer no meio de tantos clones deste estilo será que ainda vão a tempo de sobreviver?
Capacidade para isso têm mas chegará?....e o hype é curto sempre foi e sempre será.
Destaque tambem para a capa a cargo do Kristian Wahlin ou Necrolord para os amigos linda como sempre.
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Men In Search Of The Perfect Weapon-Nichts Geht Mehr
Men in Search of the Perfect Weapon.
Imaginem desertos gelidos no meio da Alemanha.
Imaginem agora no meio desses desertos enormes pantanos.
Agora olhem para o ceu e vejam nuvens vermelhas como a anunciar o fim do mundo.
Tem isso na mente?
Agora ouçam Men in Search of the Perfect Weapon.
Depois desta descrição marada(mais uma LOL)penso que já dá para se ficar com uma ideia do que esta banda consegue fazer a quando da escuta do album "Nichts Geht Mehr".
Percorrem-se caminhos dentro do Doom/Stoner que vão até ao meio pantanoso Sludge por vezes chegando mesmo a lembrar os nossos Men Eater embora estes alemães sejam bem mais pesadões a meu ver(talvez a fase pos Hellstone se enquadre um pouco nesta sonoridade,não sei...seria porreiro.).
Outro nome que tambem surge a cabeça é Pelican por vezes a nivel instrumental ou mesmo Neurosis pela intensidade com que os temas são tocados.
Este album já não é novo é certo apenas o descobri aqui há umas semanas atras aquando de um retiro espiritual que fiz ,mas vale bem a pena ouvir e descobrir porque a banda é muito boa e a escuta do album torna-se viciante.
Existe lá tudo o que é necessario para que um album deste tipo seja porreiro,tem força,poder e acima de tudo tem alma.
Apocaliptica é certo mas tambem aqui não se precisa de criar coisinhas bonitas sempre.
È de uma brutalidade sonora incrivel e com uma intensidade fora do comum.
Por vezes parece que estamos a ouvir temas de Pelican cantados por um vocalista de Doom daquele arrastado ou mesmo com um vocalista de uma banda de Death como o que acontece no monstroso "Downward Spiral"para logo a seguir entrarmos numa calmaria tipica de uns Sigur Ros ou então entramos um pouco no universo de Kyuss como o que se ouve no "The Last Nail" existe muito para descobrir.
E é neste tipo de ambiencias que muito vive este album consegue cativar quem ouve e acima de tudo deixar o ouvinte num estado meio catatonico para logo a seguir explodir por dentro.
Sem duvida uma das descobertas mais interessantes que ouvi este ano.
Ouçam ou não o problema é vosso,quanto a mim vou continuar a sentir arrepios na espinha ao som destes 7 temas.
E esta bem poderia ser uma banda para o SWR08...pena já terem acabado ao que parece
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Scarve-The Undercurrent
EU ADORO ESTES FRANCESES,antes de mais.
Já sigo a banda há uns anos valentes e numa altura em que toda a gente se preocupa em encontrar bons albuns e boas bandas,acho que os Scarve são um caso a seguir com atenção ou a reedescobrir.
Se os companheiros Gojira têm encantado meio mundo os Scarve tambem o poderão fazer com a mesma categoria,acho.
Mas vamos ao rock.
O album começa logo com dois elementos em destaque no seio da banda o baterista Dirk e o vocalista Pierrick(voz gutural) que parecem dizer "olá, nós voltamos mais poderosos e escuros que nunca".
E de facto voltaram mesmo,muitos poderão dizer que soam a isto ou aquilo,mas do soar com classe ao copiar vai uma enorme distancia a meu ver.
E se existe coisa que salta a vista é a banda ter conseguido captar um som proprio ao longo dos anos e isso ninguem pode negar.
Acho que este album é talvez o ponto maximo deles até agora,é certo que quem conhece a banda poderá dizer o contrario,mas isto cá para mim é superior ao petardo que foi o Luminiferous ou o Irradiant,pelo menos em termos de peso e versatilidade e se esses albuns já o eram então imaginem o que se ouve neste.
O material é muito bom vão buscar boas influências e dão-lhe o tratamento Scarve habitual e transforma-no um album poderoso e principalmente cativante.
A mistura de som extremo com melodia é uma das caracteristicas fulcrais da banda,mas em vez de soarem como copias de uma banda sueca qualquer,superam tudo isso e acabam por funcionar bem melhor que muitas delas.
Já aqui falei do Dirk (baterista) que faz um trabalho absolutamente incrivel,na minha opinião este rapaz é talvez um dos melhores bateristas que por ai andam e talvez por isso o seu nome seja muita vez associado a outras bandas.
E por falar em bandas neste novo album existe uma certa aura Phazm outra banda ligada a Scarve atraves da voz do Pierrick.
Por vezes os grunhos deste homem soam assustadores como o que se ouve no tema A Few Scraps Of Memories,capaz de envergonhar sei lá um David Vincent.
Mas destacar apenas isto num album tão completo quanto este não chega e aqui fala-se de excelentes musicos que funcionam como um todo ou melhor se completam uns aos outros.
Afinal ainda existe vida no meio deste estilo,anda é lá por baixo e é preciso desenterra-lá e atira-la bem alto....acredito que os Scarve precisam bem que o seu nome seja ainda mais falado não para o mal mas pelas excelentes musicas que criam...sempre.
Mais uma vez surpreendem pela positiva para ouvir bem alto,tal como os albuns anteriores.
http://rapidshare.com/files/20454509/Scarve_-_The_Undercurrent__2007_.rar
Mnemic-Passenger
Sobre este album de Mnemic devo dizer que o esperava com uma certa curiosidade.
Afinal não passou disso mesmo,nem mesmo a entrada do novo vocalista Guillaume(ex Scarve) consegue safar a coisa na minha opinião.
Alias acho que o rapaz francês com um passado bem interessante têm uma prestação muito fraca mesmo e com muito pouco interesse acho que não se precisa de mais um Anders Friden misturado com um vocalista de uma qualquer banda de rock moderno,ouçam o tema "meaningless" e o "in control" é uma salganhada que se torna quase insuportavel de ouvir.
Afinal o homem não trouxe nada de novo ao som da banda,para minha pena.
A nivel instrumental pouco a apontar nota-se o som polido e poderoso deste tipo de lancamentos,parece que todos querem ser os novos SYL,mas falta a classe e a destreza nas unhas para lá chegar.
E ouvir algumas linhas de guitarra practicamente copiadas de Meshuggah e Korn como o que se ouve por exemplo no tema "psykorgasm" ou no "stuck here" tambem não é nada agradavel,nada mesmo.
Mas nem tudo é fraco ou sem interesse o trabalho do Brylle na bateria é bem dinamico e intenso,talvez o melhor que por aqui se ouve.
Enfim um album que nada acrescenta,de uma banda que prometeu muito com os primeiros em especial com o AIS,mas afinal.....vai perdendo gas.
Mainly Neurotic Energy Modifying Instant Creation...pois talvez seja.
Isto deve vender bem nos EUA acredito é todo pensado para lá...por mim vai para o "caixote do lixo" muito fraco.
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Helheim-The Journeys And The Experiences Of Death
Sempre gostei imenso desta banda.
Este novo album mais uma vez surpreende pela qualidade,é uma bela viagem pelas paisagens nordicas que esta banda nos transmite ao ouvir o album e um pouco transcendental em certos aspectos.
Existem temas verdadeiramente arrepiantes como o epico Helheim5 logo seguido de Oaken Dragons,que é simplesmente magnifico,ou o Thirteen to the perished+Threll and the master que leva mesmo para tempos idos .
De salientar tambem a participação do Big Boss vocalista de Root que transmite um poder fantastico a musica,qual guerreiro viking(quem conhece Root sabe bem do que o homem é capaz).
Não encontro palavras para descrever este album,talvez espectacular seja o que me vem mais a cabeça mais um album que deve ser ouvido por todos aqueles que gostam de extreme metal com uns toques epicos e majestosos,quem não conheçe talvez se surpreenda e encontre aqui um album para as tradicionais listas dos melhores no final do ano.
Escuta obrigatoria para todos os que gostam de musica nordica ou seguem a sua ideologia.
Um dos melhores albuns do ano passado para mim.
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Machine Head - The Blackening
Bem já ouvi uma serie de vezes aqui fica mais uma opinião.
A primeira coisa que me vêm a mente é "afinal os gajos ainda sabem fazer bons albuns..este genero de som bem poderia ter sido o St Anger"
Isto parece a segunda parte "Burn my Eyes" existem aqui temas que podiam perfeitamente lá estar,que certamente não soariam deslocados.
Não sou muito adepto da fase pós BME,alguns albuns conseguem ser mesmo irritantes e entendiantes.
Na altura que saiu(BME) foi um dos albuns que mais me surpreendeu ainda por mais numa altura em que muita gente apregoava a sete ventos que o Metal estava morto,pelo menos aquele mais mainstream.
O BME foi um murro na cara de muita gente e a meu ver um dos grandes responsaveis pelo resurgimento de muita banda mais pesadona.
Agora vamos a este então, que me começou a suscitar bastante curiosidade depois dos comentarios que aqui fui lendo.
Em primeiro lugar o Rob deve ter andando viciado em albuns como o Master of Puppets outra vez,porque parece-me ser a principal influencia sonora que aqui se ouve.
Segundo a parte melodica que não parece soar forçada nem metida a pressão para agradar aos putos novos,acrescenta e dá uma vitalidade as musicas talvez nunca conseguida por eles até agora.
Terceiro o album é longo mas não é muito monotono como poderia parecer a partida ainda mais se formos a ver as ultimas coisas criadas por eles.
Excelentes solos tanto da parte do Rob como do Phil,que acredito ao vivo irão criar bons momentos se a coisa funcionar.
Tentem imaginar isto cantado pelo Hetfield(por exemplo o Wolves), a coisa secalhar funcionava,soa moderno e poderoso como eles tanto queriam fazer no SA.
No geral é um album engraçado superior aos ultimos lançamentos mas muito atras do nivel do BME ainda,isto a nivel de criatividade e de intensidade.
PS-se calhar a cover na Kerrang veio em boa hora
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Cobalt -Eater of Birds
Aqui há uns anos ouvir BM vindo de fora do Norte da Europa era quase uma heresia e de facto era muito pouco fora do comum as bandas fora desses recantos conseguirem criar musica malevola com tanta envolvencia como a vinda dai.
Hoje passa-se o oposto mudou muita coisa e a grande maioria das bandas interessantes do genero encontram-se noutros recantos geograficos.
E depois de dizer isto vou passar a explicar aqui há uns anos ouvir falar em BM vindo dos EUA era motivo de gozo e chacota por vezes,mas isso mudou e muito.
Nomes como Twilight,Nachtmystium,Krieg,Judas Iscariot,Xasthur,Leviathan entre outras vieram amordaçar muitos desses puristas do estilo e em alguns casos pontuais essas mesmas bandas conseguem atinguir uma forma que se calhar nenhuma banda "...from the north" conseguiu.
A acrescentar a esse pequeno leque de petardos sonoros ha que juntar mais uma perola que nos ultimos tempos me tem andado a atormentar.
Falo dos Cobalt banda que tem as suas raizes no BM mais puro mas que consegue absorver algumas coisas vindas fora do estilo bem interessantes um pouco como vão fazendo os fantasticos Nachtmystium.
Este album de nome "Eater of the Birds" pode muito bem a vir a surpreender muita boa gente "evil" e porquê perguntam vocês.
Bem primeiro porque são uma boa banda(basico) e depois porque conseguem misturar bombardeamentos tipo Blasphemy com cenas que poderiam muito bem ser feitas por uns Neurosis e com uns toques meio Black/Thrash aqui e ali acabando por criar um autentico ritual sonoro.
Por vezes lembra-me um pouco DsO talvez pelo certo misticismo que conseguem imprimir aos quadros sonoros que se ouvem por aqui.
Temas como "Blood Eagle Sacrifice" soa-me perfeitos com uma boa vibração e um ritmo excelente....pure evil e vão sendo misturados por outros mais lentos mas com a mesma emoção negra.
Conjunto de sensações estranhas é o que se apanha tanto podemos ter vontade de espancar alguem como logo a seguir entrar num estado depressivo e meio misantropico com desejos de auto destruição.
Um tema que define bem isso é o "Witherer" em toda esta maliciosidade sonora de repente é apanhanda por algo meio "old Neurosis inspired" acabando por dar origem a um dos temas mais intensos do album.
Destaque tambem para a participação da senhora Jarboe nos temas "Invincible Sun"e "Androids, Automatons, and Nihilists" o que para alem de ser surpreendente acaba por dar uma aura ainda mais magica e tocante aos temas.
Pouco mais a dizer a não ser que entra directamente para o meu top5 deste ano.....um album surpreendente.
Original,criativo,muito bem feito e melhor muito trabalhado e porque não soberbo.
Mais uma para ouvir e dizer....FODA-SE.
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Limbonic Art-Legacy of Evil
Uma das melhores e mais carismaticas bandas de BM,pelo menos para mim está de volta.
Depois de varios projectos como Dimension F3H da parte do Morpheus e das participações sempre bem conseguidas do Deamon em Zyklon e em SiriuS ao fim destes anos de silencio meio sepulcral a dupla torna a pegar nos instrumentos e oferecer mais uma obra de musica transcendental e cosmica sempre com a aura malefica a sobrevoar os ceus limbonicos.
O album começa com o violento "A cosmic Funeral of Memories" que nos traz a memoria o passado brilhante dos noruegueses e mostra que a banda não perdeu as suas qualidades.
O esplendor cosmico da banda continua vivo o que lhes confere a tal aura magica que se sente ao ouvir os albuns desta poderosa banda,poucas bandas deste genero conseguem captar com tanta emoção todo este emaranhado de sensações.
Momentos quase Doomicos como o que se ouve no tema "Grace by Torments"chegam a arrepiar.
Mas para alem disto a violencia cosmica é sempre uma constante riffs sonicos e hipnoticos acompanhados por um excelente trabalho vocal a cargo do Deamon chega a ser impressionante ou não fosse ele um dos melhores vocalistas de BM que já ouvi até hoje.
Ouvir o homem/demonio a dar essencia a temas como "Infernal Phantom Kingdom","Legacy of Evil" ou o "Lycanthropic Tales" provocam sensações estranhas na minha cabeça.
A mistura de extremo com a sonoridade classica é algo que sempre foi muito bem trabalhado pela banda e este album acaba por reacender de novo a chama.
Bastante superior ao ultimo album que a meu ver foi pouco desenvolvido e feito muito em cima do joelho.
Neste a arquitectura sonora foi algo bem mais trabalhado e desenvolvido o que acaba por o tornar uma obra de arte muito interessante de ouvir e descobrir e comparavel ao classicos criados pela dupla no passado.
Mas chega de letras ouçam-no que merece uma escuta atenta da vossa parte nem que seja por mera curiosidade já que esta sempre foi uma das bandas mais geniais saidas até hoje da gelida Noruega.
As "Seven Doors of Death" estão de novo abertas apenas falta o regresso do Imperador porque o reino parece de novo conquistado.
Para finalizar em poucas palavras bem-vindos a "Twilight Zoneeeeee....."
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Vreid-I Krig
Erguidos das cinzas de Windir esta banda consegue criar musica viciante,já o anterior album "Pitch Black Brigade" tinha rodado bastante por aqui.
Este ano chega mais um conjunto de canções bem ao estilo destes noruegueses que conseguem recriar e misturar uma atitude necro com algo mais acessivel e com algum groove.
Khold talvez o nome que mais se associa mas com algumas passagens mais calmas e meio planantes levam-nos para outros caminhos quase a roçar o folk nordico e a adição de instrumentos como violinos ou piano consegue dar uma certa beleza ao album que por vezes chega a ter um sabor meio celtico como o que se ouve no tema "I Krig".
Esta mistura algo quente com o frio das guitarras e da voz coberto com algum groove consegue chamar a atenção ao longo destes nove temas.
Riffs muito rotativos e hipnoticos,simples é certo mas eficazes o suficiente para bater o pezinho no chão e porque não cantarolar algo em nordico ou acompanhar alguns coros que por aqui se vão ouvindo.
Black/Thrash metal bem acessivel a qualquer um mesmo que não se goste deste genero penso que tal como acontece com os agora parados Khold consegue agradar a gregos e troianos,embora estes Vreid adicionem tal como referi algo mais soft e groovy mas mesmo assim a sonoridade norueguesa da voz consegue abafar um pouco as coisas e obter um interessante mistura de varios estilos embora sem nunca abandonarem o seu poleiro BM embora se tivessem um pouco mais de agressividade não perderiam nada na minha opinião é que neste album soam muito fofos por vezes até demasiado.
Para terminar acho que é um album porreiro para se ouvir em certas alturas em que nem se sabe o que ouvir dentro destes estilos porque aqui faz-se um apanhado de varias coisas,não é nada do outro mundo é verdade nem os vai tornar nuns Dimmu Borgir mas sempre são um pouco mais interessantes e é um album porreiro para ouvir no carro ao longo de uma viagem.
Temas a destacar:"I Krig","Dei Daude Steig Av Grav","Under Isen" e o estranho "Millom Hav Og" Fjell.
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Angelcorpse - Of Lucifer And Lightning
Pois é eles voltaram
Uma das minhas bandas preferidas de Death Metal estão de volta com um petardo brutal.
E que há a dizer?
Primeiro estão um pouco mais lentos se é que isto se pode considerar lento.
E a influencia de Morbid Angel é mais uma vez obvia tanto a nivel da bateria como nos solos e é bom isto?ou é mais uma copia manhosa?
Bem manhoso não é de certeza e copia não direi talvez uma influencia como em tantas bandas hoje em dia,mas feita com um toque especial a la Angelcorpse.
Mas o que salta a vista mais uma vez é o poder vocal do Pete,talvez um dos melhores vocalistas de DM de sempre na minha opinião,a voz do homem cospe raiva e odio em todas as palavras de uma maneira sobrenatural e é preceptivel coisa que poucos conseguem fazer dentro do estilo e isso para mim é magico.
Não é nenhum The Inexorable ou Exterminate é certo mas para regresso depois de "quase uma decada" a coisa funciona em pleno e poderosa.
O album em vez da rapidez brutal investe mais na obscuridade sonora dos temas um pouco na linha de uns Immolation antigos.
Para mim está encontrado o melhor album de Death Metal até agora este ano e feito da maneira como eu gosto dentro deste estilo de musica,poderoso,obscuro e anti cristão e versatil faz mexer o corpo mas mantem a mente ocupada... terrorismo sonoro no seu melhor.
Destaco "Saints of Blasphemy" ou não fossem eles uns mestres nessa arte de blasfemar contra a religião cristã,"Thrall" e a poderosa "Shining One (Rex Luciferi)".
Fantastico regresso para ouvir bem alto.
Year Of No Light-Nord
Para ajudar ainda mais quem se começou a interessar por este estilo de musica agora e depois do grande concerto dado pelos suecos Cult of Luna por cá,fica aqui mais um nome que acho interessante dar a conhecer e ouvir,já os conheço há uns tempos e o album é já do ano passado,mas vale a pena a divulgação.
São franceses e são na minha opinião uma das bandas mais interessantes surgidas tanto daquele pais como deste tipo de musica a nivel geral.
Seguem os rumos renovados de uns Isis,Cult of Luna,ou da fase inicial de Minsk(e não não vou falar dos californianos por isso é musica a parte,embora sem eles nada disto era possivel) instrumentalmente vivendo muito na base de riffs pesados e ambientais que quase nos elevam,existem aqui solos magnificos e para comprovar o que digo basta colocar a rodar o tema Traversée e vejam se não tenho razão,ali é como um apanhado do que melhor foi feito até hoje dentro do estilo.
Mas as coisas não se ficam por aqui para alem de serem soberbos a nivel instrumental como já escrevi,não se limitam a copiar o som das bandas citadas,mas adicionam uma aura propria e de certa maneira encantadora e digo isto porquê?
Simples estes 10 temas funcionam como algo por vezes superior ao que já foi criado por bandas como CoL ou mesmo Isis na minha opinião.
O ambiente claustrofobico que por vezes se sente no ar é libertado logo a seguir por momentos ambientais e meio cosmicos que fazem arrepiar como os que se sentem no tema "Les mains de l'empereur" uma bela viagem ao longo de 10 poderosos minutos.
As primeiras escutas pode soar como uma copia das bandas citadas em cima,mas ouçam-no um par de vezes e descubram todos os seus segredos que vai valer a pena,acreditem....depois deixem-se encantar pelas palavras em frances que ecoam das colunas e pelo ambiente criado.
Soberbo e espectacular e cria expectativas sobre o futuro.
Promotores era giro isto cá.
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Trelldom - Til Minne
Trellfuckingdom.
Banda norueguesa com um enorme culto dentro do Underground europeu,trata-se de um projecto pessoal do Gaahl vocalista de Gorgoroth,para quem não sabe.
Depois de uma enorme pausa que foi o pos "Til et annet..." o senhor está de volta.
Ou melhor de volta aos albuns porque a sonoridade é mais um regresso ao passado que outra coisa falando quer de ambientes ou em comparação com o que se vai fazendo hoje em dia dentro do BM.
O grande destaque vai sem duvida para o Gaahl,uma das personagens mais polemicas e fascinantes dentro do Underground nos ultimos anos,que aqui ass(ass)ina um excelente trabalho.
A voz rasgada do homem ou besta aqui soa perfeita,um pouco como no AMSG de Gorgoroth.
Se o Atilla faz o que faz o Gaahl tambem consegue o mesmo efeito mas em vez do som irreal e fantasmagorico ele sonsegue criar um efeito mais morbido e frio.
Melodias necro e com um certo sabor epico e gelido ajuda a criar um excelente efeito sonoro,fazendo baixar a temperatura a nossa volta.
DarkThrone é um nome que talvez venha mais a memoria para quem ouve as primeiras vezes mas não só,se ouvirem o album com atenção verão que muitas mais coisas sem escondem por detras da muralha sonora de Trelldom.
Desde influencias meio "arabes" como o que se ouve no tema "From This Past" até pequenos e subtis apontamentos que lembram os velhinhos Storm ou no folkiano "Eg Reiste i Minnet" nas partes mais rapidas a sonoridade de um DMDS ou de um Dark Waters Stir como o "Steg"...10 minutos de viagem alucinante pelo meio de fiordes e florestas nordicas, que juntamente com o "Bortkomne Svar" me enchem as medidas.
Para concluir é um excelente regresso de uma banda especial,para pessoas especiais e um dos grandes nomes da cena BM nordica de sempre na minha opinião.
Afinal a chama ainda continua a arder por aqueles lados....por vezes com cada vez mais intensidade.
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Wyrd-Kammen
Depois do muito interessante novo album de Forgotten Tomb lançado aqui há uns meses chega agora mais um interessantissimo de Black/Doom embora bem mais poderoso e a puxar mais para o Death,daquele arrastado e triste...
Hum,não,não, esquecam MyDyingBride não é bem nesse estilo é algo mais,como dizer um pouco roqueiro por vezes(Katatonia way) e acustico.
A banda finlandesa consegue recriar umas belas paisagens semi-acusticas que dão uma tonalidade meio pagã a sonoridade que ora misturada ora intercalada nos temas consegue obter um belo efeito.
È certo que apesar de lançado no Verão o que se escuta aqui têm mais a ver com dias outonais e chuvosos do que algo mais quente e solarengo...aqui o sol é completamente ofuscado no meio dos instrumentos e voz do Narqath,criando uma aura bem triste e solitaria.
Penoso e melancolico são as melhores palavras que podem definir os 8 temas originais mais a versão,mas sobre essa já lá vamos.
Os temas pouco passam os 7 minutos,o que depois do que disse até pode soar estranho,porque geralmente as bandas deste genero adoram criar epicos longos,embora muitas vezes com muito pouco lá dentro ou então arrastando-se sem direção nenhuma.
Talvez por vezes o nome que mais venha a cabeça seja Katatonia principalmente pelo som da guitarra,mas não só ,consegue misturar essa influencia sonora mais obvia com muito mais coisas tiradas de dentro do universo do Black ou do Death-Metal mais sorumbatico.
Destaco os temas "These Empty Rooms" que confirma a minha frase anterior,o primeiro tema "The Hounds of The Falls" o fantastico "Kammen" que dá nome ao album o enorme epico "Rajalla" para mim talvez o melhor tema,neste os 7 minutos são multiplicados por quase 2.5 e uma versão do tema "I Break" bem mais negra que o original...sim desses mesmo no final.
Ideal para fans de Death/Doom,fans de bandas como Katatonia,Swallow the Sun,Vintersorg etc ou então para quem gosta de sonoridades mais Pagãs e atmosfericas vindas do norte da Europa misturadas com musica extrema,embora não no sentido parodia Finntroll,para estes todos ou então para apenas quem quer descobrir um excelente album com um sentido bem cinzento.
Muito interessante e porreiro mistura muita coisa mas o resultado final é acima da média.
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Slavia-Strength And Vision
Logo na abertura promete.
Depois da pequena intro de Dvorak regressa-se aos tempos da II Grande Guerra tanto a nivel sonoro com ambiental uma especie de Black militarista misturado com algo mais melodico (aqueles riffs no meio são fantasticos)mas com a sensação de se ser bombardeado por uma legiões de Panzers alemães.
È assim que funciona o primeiro tema do album "Strength and Vision" de nome "Pissdrained Castles... " para parar no final numa marcha triunfal um pouco como fazem bandas como os Loits.
A partir daqui tudo soa necro e possesso ajudado com alguns samples que encaixam bem nas musicas como é o caso do que se ouve no tema "Divided by Three" em que a Marcha Funebre dá uns contornos bem estranhos no tema,algo que misturado com a aura criada pelo senhor Vikotnik de Dodheimsgard acaba por dar um ar sufocante ao tema tal como acontece no "The Abess Desecrator" em que tambem diz umas palavras fofas.
E por falar no mister DHG existem outros nomes sonantes por aqui de bandas como Taake e Glorior Belli embora apenas em Live porque todo o album musicalmente saiu da mente do ex:Disiplin.
A sonoridade completamente blasfema que se ouve por aqui deve muito a albuns brilhantes como o Monumental Possession embora não atinga a perfeição do mesmo ou a algo mais Disiplin ferrugento e outras bandas que não me apetec nomear agora senão ainda me chamam nazi.
São adicionados pequenos samples que no entanto ajudam a dar vida ao album.
Temas como "Divided by.." que falei em cima o "The Abess.." ou o petardo meio Diabolicum "Not Even Human..." são talvez os mais interessantes mas no geral acaba por ser um album interessante tal como esperava.
Andei vidrado nos primeiros contactos oferecidos aqui há uns meses no Myspace e o resultado final é bem positivo ou neste caso negativo.
Em vez de uma bombinha de carnaval aqui é mais uma bomba atomica que é lancada não tão potente como a lançada em Hiroshima mas com um efeito sonoro bem devastante e com um rasto de Zyklon-B no ar...não a banda mas o gas mesmo.
Para ouvir sem preconceitos.....existe muita paz e amor por ai nesta altura as vezes até aborrece....
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PW:metal-forever
SUNN O)))- ORACLE
Hoje em dia musica extrema já não é apenas uma tempestade ciclonica de blasts e riffs tocados a velocidade da luz.
Extremo pode ser o contrario e para isso basta ouvir Sunn O))).
È certo que é uma banda de reações amor/odio,mas é inegavel a meu ver o forte impacto que conseguiram criar em inumeras bandas hoje em dia,dos mais variados estilos dentro do Metal mais obscuro.
Não se trata apenas de som arrastado e demente existe muita criatividade lá no meio e quem fala de Sunn O))),pode falar de Boris, dos defuntos Khanate,ou de coisas mais modernas como Cortisol,etc.
Para quem gosta de experiencias sonoras profundas ou de puxar o lado mais negro existente dentro de nós este tipo de som ajuda bastante,por vezes até mais que alguns generos mais ligados a isso como o BM.
Talvez por isso algumas bandas de BM se tenham virado um pouco para esta sonoridade como os casos de Blut Aus Nord,Xasthur ou Mayhem no ultimo album,só para citar alguns exemplos mais conhecidos.
Mas vamos então ao novo album que é isso que interessa(depois de umas horas na companhia dele já dá para dizer algumas palavras).
Depois da fantastica colaboração com Boris que deu origem a um dos mais profundos albuns que ouvi até hoje,a dupla mais lenta do universo está de volta.
Em três temas o universo SUNNico está de volta aos tempos dos Whites e deixa de lado as curtas experiencias usadas no album Negro.
O que para mim é excelente visto não gostar ou melhor não apreciar por ai alem esse album.
Album esse que os obrigou a mostrar e a tirar a cabeça para fora do buraco demasiado,logo eles que devem ou deveriam permanecer bem enterrados nas profundezas.
E por falar nisto o que se ouve aqui é mais ou menos isto,imaginem que se encontram perdidos numa caverna escura e labirintica e são perseguidos por seres imaginarios e por mais que corram não conseguem encontrar a saida e a cada passo que dão a vossa sanidade vai-se perdendo aos poucos até que o medo se apodere de vos...tudo isto ao som de algo lento e ritualistica,de certa maneira, como se precisassem do vosso corpo/alma para fazer algo ou de se conectarem com voces...
A escuta do album funcionou em mim desta forma uma especie de medo sonoro e rastejante bem a maneira destes senhores.
Pode parecer estranho mas as vezes sons extremos não são apenas batidas na carne,tambem podem ser ondas negras que nos envolvem os sentidos e provocam sensações estranhas.
Ainda não ouvi a noite mas espero fazer essa experiencia em breve....decerto vou curtir a experiencia....
E quem quiser entrar é só caminhar pelo meio dessas folhas secas e deixar-se cair para dentro da gruta...a queda será longa e a caminhada ainda maior....e não existe saida....a não ser que alguem vos encontre..
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Obituary - Xecutioner's Return
Uma das bandas de Death-Metal que mais me marcaram na decada passada está volta aos grandes albuns ou pelo menos assim se espera.
Formados e criados na Florida,viveiro de inumeras bandas que fizeram a crescer e estabelecer um genero musical marcadamente violento e pesado tanto musicalmente como liricamente.
Albuns como o "Slowly we Rot" ou "Cause of Death" hoje em dia vistos como classicos do genero continuam actuais e a ter efeitos perversos em quem os coloca a rodar.
Muito se deve a isto a qualidade dos musicos envolvidos ao longo destes anos quem não se recorda dos solos do James Murphy vs Trevor no Cause ou da primeira vez que se ouvem os berros completamente insanos do John Tardy no SwR,ou das excelentes prestações do Donald na bateria?
Marcaram uma Era na musica extrema e puxaram muita boa gente para dentro do estilo(eu incluido).
Depois desta fase bem mais obscura e Frostiana as coisas mudaram um pouco com a chegada do The End Complete.
Album por muita gente visto como talvez o mais conseguido deles,(no meu caso discordo um pouco mas são opiniões)que os vem estabelecer como um dos pilares mais solidos do Death-Metal feito na Florida e a nivel mundial.
Neste album é quase impossivel ouvirmos sem nos mexermos nem que se seja apenas o pé.
A dose de groove adicionada ao peso da banda resulta bem,mas deixa um pouco de parte aqueles ambientes dos dois albuns anteriores e aquele combate lento de peso vs solos massacardo pela voz do Tardy é interessante e ok original.
A partir daqui as coisas já não funcionaram tão bem quer a nivel de albuns(muito politicos) quer musicalmente falando até a voz do John mudou e passou a ser perceptivel coisa que até aqui era quase impossivel de ouvir.
Muitos fans da banda torceram o nariz ao novo rumo que estavam a ter e acabaram por desligar um pouco da banda coisa que levou a que dessem terminada a carreira por uns anos embora alguns dos membros continuassem ligados a outros projectos uns mais pesados que outros.
Em 2005 regressam com um novo album depois de um hiato de alguns anos pode-se dizer que foram umas passadas meio a medo mas que bem vistas as coisas agora parecem ter sido as mais correctas.
E assim chegamos a 07 e supostamente levamos com um regresso aos primordios da banda até o nome do album invoca isso mas será mesmo?
Bem as caracteristicas da banda estão todas lá,temas curtos, solos rasgantes e um bom trabalho vocal até os nomes das musicas invocam um pouco esse passado.
Mas a meu ver o album aproxima-se mais do que fizeram na altura do "The End Complete"/"World Demise" se bem que por vezes parece que tanto nos querem puxar para essa fase como para a anterior e a dadas alturas parece que as misturam se ouvirmos o album varias vezes do principio ao fim.
Embora se note que este album seja um pouco mais rapido existem coisas meio estranhas aquela melodia no "Second Change" soa estranha e dá ar de cover se compararmos como o melhor tema do album "Contrast the Dead" este sim um regresso ao tempos dos Xecutioner ou o "In Your Head" aquele começo é arrepiante.
Depois existem um ou dois temas que apenas parece que estão ali para encher,mas nada de grave.
Mas no geral acaba por ter nota acima da media tambem e é o minimo que se pode pedir a uma banda com a historia destes senhores,mas é superior ao Frozen a meu ver e de que maneira.
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W.A.K.O.-Deconstructive Essence
Bem já tenho o raio do album ha uns tempos mas ainda não tinha falado dele aqui,criei um topico pré album,mas parece que foi deleted.
Aqui fica então uma opinião sobre a sonoridade destes ribatejanos.
Primeiro e antes de mais são uma das melhores bandas ao vivo que por ai andam nos dias de hoje dentro da nossa "cena".
Surgem meio assim do nada,mas são bem interessantes musicalmente mas antes de comecarem a pensar que são mais uma banda na linha sueca podem tirar os cavalinho da chuva,aqui ouve-se Metal poderoso muitas vezes puxado a ferros da linha hardcoriana é certo,mas a sonoridade é bem mais Death-Metal daquela moderna dura como o aço e pesada como um lutador de Sumo.
São constituidos por musicos muito competentes que sabem o que querem e melhor fazem-no muito bem.
Ao longo da escuta do album nota-se as ideias fervilhantes da banda seja a nivel instrumental seja a nivel vocal.
Alias o vocalista tem um desempenho brutal consegue fazer uma mistura de vocalizações Death alternadas com outras bem mais calmas dando um toque especial aos temas o que junto com o tal poder sonoro que falei consegue manter o ouvinte sempre a mexer alguma coisa no corpo.
Tanto furor com bandas como JFAC e similares quando por cá existem bandas que conseguem criar musica tão boa ou melhor que eles e acredito que se este album for bem trabalhado lá fora podemos ter aqui um caso serio de expansão nacional,isto atentendo ao que vai fazendo furor lá por fora nos dias de hoje.
Soa moderno,poderoso melodico e brutal que é o que o pessoal hoje em dia procura ouvir tanto cá como lá fora.
O album em si tanto vive de momentos insanos como nos tema "Paradox Essense..." e "Spectrum of Void" dois dos temas mais intensos do album como de outros mais melodicos como o fantastico "Nihilst War God" ou a semi-balada "My Misery" em que a mistura brutal/melodia resulta bem catita e dá gosto cantar e ouvir....e depois existem momentos interessantes como o tema "Abyss" só aquele incio merece destaque e é talvez o meu tema perferido mistura bem competente de Death Polaco com algo meio ModernCore.
Mas no geral é um album bem interessante de uma banda que poderá ter algo a dizer ainda durante uns tempos.
Novos Ramp?
Quem sabe.....espero que sim mas que a sorte destes seja um pouco mais feliz......não se matem desenvolvam-se.
Até lá umas escutas a este album não farão mal a ninguem....antes pelo contrario.
Forgotten Woods - Race of Cain
Conjunto de musicas bastante interessantes vindas desta banda norueguesa já com alguns anos e com um certo culto dentro do Underground.
Talvez a palavra Underground seja mesmo muito bem aplicada para definir o que se ouve ao longo destes nove temas.
O sentimento necro e crú que sai das colunas e bem cativante,se esperam algo bonitinho e sinfonico esqueçam não existe por cá.
Alias de bonito o album não tem nada antes pelo contrario aqui é se envolvido por uma aura misantropica e solitaria,não é um album para ouvir com a namorada ou com pessoal amigo.
Os riffs são muito bons bem a maneira da escola norueguesa da decada passada,melodicos e rasgantes por vezes um pouco inspirados pelos Bathory,pelo menos em algumas partes enquanto noutras o projecto deles Joyless vem a cabeça embora não tão "Pop".
O som é meio "demo-inspired" o que dá um sabor interessante ao album parece gravado numa garagem qualquer,mas em vez de soar mal acaba por enfeitar o album ainda mais.
Quem conhece a banda entenderá isto ou então terá um ataque.
Depressivo,melancolico e misantropico como sempre fizeram......no novo album a lancar em no proximo ano o gajo de Alcest participa.....se misturamos estas duas bandas algo soa estranho....mas as vezes os opostos atraem-se..vamos esperar até lá.....ouçam o tema "Third Eye (New Creature)" o "Intolerance Is The New Law" varias vezes ao dia....irão ver que ficam melhor ou então não....
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Deadbird-The Head And The Heart
Mais uma banda para ajudar a festa.
Americanos e algo pantanosos uma mistura de Minsk antigo com algo mais Rwake(alias a banda tem ligações a eles) mas com uma aura algo ferrugenta de Southern Rock.
Poderoso,mas com certas partes mais ambientais e acusticas que acabam por embelezar um pouco a sonoridade deles.
Os temas vivem bastante dos riffs de guitarra melodicos mas tocados com sentimento um pouco como fazem bandas como os Mastodon ou Baroness embora no caso dos Deadbird as coisas sejam bem mais pesadas e agoniantes o que acaba por tornar a escuta do album bem mais interessante do que o que estas bandas andam a fazer actualmente.
A mistura de calma com agressividade da banda torna-se perfeita a dados momentos embora não seja original é certo mas a meu ver esta banda consegue recriar bons momentos sonoros pelo menos para que gosta deste tipo de som ou se revê um pouco nas bandas que citei em cima.
O album é de 2005 mas mesmo assim acaba por soar actual visto ser um estilo que hoje é bastante ouvido ou supostamente é muito ouvido.
E depois existem temas que dão um prazer brutal ouvir como o "Eclipse of the Rye" tomara algumas bandas fazerem pequenas perolas destas.
A descobrir por fans de Kylesa,Rwake,Minsk etc....acho que vai valer a pena.
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Down-III Over the Under
Depois do furacão as mortes.....a libertação....será?
Acredito que isto seja um manifesto sobre tudo o que tem andado a volta da vida da banda e em especial do Anselmo isto tudo mais uma vez misturado com o efeito das ervas.
Sobre esta superbanda de contornos sulistas pouco existe a dizer continua a seguir o rumo do II,por vezes com uma sonoridade quase a roçar Alice in Chains (The Path?) ou mesmo Soundgarden,"Never Try"parece retirada dos melhores momentos da banda do Cornell,alias por falar nisso sempre achei que o Anselmo tinha algumas semelhanças com o gajo pelo menos quando canta algo mais calmo.
Esperava um album cheio de raiva para afastar alguns demonios que por ali parecem andar mas na realidade tudo soa um pouco desolador e dorido.
Bem é certo que é uma das caracteristicas do Sludge mas falta o tal poder e substancia a nivel instrumetal para dar o efeito desejado porque a voz consegue ser cativa o suficiente para dar um toque especial ao album,talvez este seja um dos melhores trabalhos em que o Phil meteu as goelas.
O homem pode ter todos os defeitos mas que tem uma voz muito boa isso é inegavel quer seja aqui ou nas bandas onde esteve.
As guitarras são demasiado chorosas e parecem uma mistura de Grunge com Stoner por vezes soa estranho mas é verdade e a bateria do Bower falta-lhe um pouco aquele poder que costuma imprimir quando toca ou melhor nalguns momentos ainda consegue atinguir esse ponto mas na maioria das vezes fica-se pelas intenções e depois o tal Corrosion of Conformity tambem não ajuda por ai alem como já disse parecem meio á deriva talvez ainda efeitos do Katrina,não sei.
Não,não é outro NOLA segue o rumo do II,talvez até mais meloso mas ainda assim com aquele efeito meio psicadelico caracteristico da banda o que já não é mau ao menos isso não se perdeu.
Gosto dos temas "Nothing in Return" que tem um efeito fumarento bem interessante e uma letra gira,o "On March the Saints","3 Suns and 1 Star" o tal "Never Try" e o sentido "Beneath the Tides"que abrem algumas portas novas como ja tinha dito ou o "In Thrall of the it all" e e depois a brincadeira que é o "Pillamyd" soa desnecessaria e algo confusa entre outros temas que apenas enchem,enchem mas não rebentam.
No geral o album não é mau mas nota-se muita confusão e muitos passos dados com algum receio e medo,esperava algo mais aspero e furioso coberto de lama e raiva...afinal é algo contido e talvez um pouco intimista e pessoal.
Vamos ver o que fará no futuro até lá fica a duvida...mas uma coisa é certa há que afastar certos demonios...ou então tirar partido deles na sua totalidade.
http://www.rapidsafe.net/rc-MjZzkzYxcTM/Down_-_III_-_Over_the_Under__2007_-by-Warlock81.rar
PW:bunalti.com
Manatees-We Are Going To Track Down And Kill Vintage Claytahh, The Beard Burning Bastard
Por vezes ainda somos surpreendidos por certas bandas que não sendo novas conseguem recriar e inovar dentro de um estilo.
O legado deixado por bandas como Neurosis e Earth continua bem vindo e a influenciar muitos jovens musicos e muita banda por esse mundo fora.
Por vezes as coisas não correm da melhor forma,mas em certos casos o resultado final é muito interessante.
È o caso desta banda inglesa que dá pelo nome de Manatees que percorre um enorme caminho ao longo deste "We Are Going To Track Down And Kill Vintage Claytahh, The Beard Burning Bastard ",provocador e acima de tudo e mais importante cativante.
Imaginem uma mistura de Sunn O))) com Neurosis e Khanate para ficarem já com uma ideia daquilo que se ouve aqui.
Aqui apela-se sobretudo aos sentidos e a envolvencia que a musica é capaz de reproduzir em quem a ouve.
Quem conhece Neurosis e sente na alma o que a musica deles faz é capaz de ter uma "trombose mental" depois de ouvir algo desta banda.
Aqui não se copia naquela é se inspirado e consegue-se recriar algo meio Neurotranscendental como fazem os mestres californianos.
O som é arrastado e poderoso como o que se ouve em classicos como o Through Silver in Blood principalmente,mas como já disse esta banda ainda adiciona algo mais amargo inspirado em algumas bandas de Drone algo que ainda consegue fazer com que a sonoridade da banda seja ainda mais ambiental e negra talvez um pouco como fazeram os Switchblade no ultimo album.
É na minha opinião um album super interessante para quem gosta de musica que mexa com a mente ou então musicalmente falando para fans de bandas que enviem uma especie de chuva acida para cima de voces ou trabalhem a vossa alma.
È verdade que é quase impossivel chegarem ao patamar deles (Neurosis) mas pelo que ouvi de Manatees são talvez uma das bandas que inspirada por eles consegue dar um tratamento bem interessante ao NeuroDoom.
A ouvir e a descobrir talvez fiquem sob um efeito de uma substancia aluciogenica qualquer mas em vez de a tomarem ela circula no ar ai mesmo na vossa sala ou no quarto.....BRILHANTE.
http://rapidshare.com/files/45263550/We_Are_Going...by_Wiseman.rar
Zoroaster-Dog Magic
Já aqui tinha falado desta banda mas agora chega o album,na altura eram apenas os temas do myspace que me chamaram a atenção agora chegou este monumental petardo de nome "Dog Magic".
Era um album que aguardava com IMENSA curiosidade e não desiludiu nada mesmo,e depois de ouvir é talvez um dos melhores albuns de Doom/Sludge que ouvi este ano senão mesmo o melhor.
Bastante intenso e pesadão bem a maneira de bandas como EyeHateGod,Sleep,Grief,Neurosis(pela intensidade e criatividade) ou em certos momentos lembrando Black Sabbath ou até mesmo Celtic Frost.. que acabam por ser boas influencias e bem assimiladas pela banda porque conseguem acrescentar um toque especial aos temas,soa um pouco retro é certo mas eu gosto e dá um prazer enorme colocar isto a tocar os temas acabam por ser tornar completamente viciantes como por exemplo o "Tualatin" que acho incrivel e com um refrão que deve meter medo ao vivo,alias todo o tema é assustador.
O som chega por vezes a ter uma certa aura alucinogenica("Dog Magic" e "Brazen Bull" são apenas mais uns exemplos) e com uma carga mistica bem forte o que os torna autenticas viagens sonoras dentro um universo estranho qualquer conseguem criar autenticas passagens sonoras meio cosmicas muito mas mesmo muito interessantes instrumentalmente falando.
Outro tema que acho absurdamente perfeito é o Terminal Charged em que a sonoridade da banda se funde com uma voz vinda de outro genero mais obscuro e que se funde com uns teclados no meio do Doom/Sludge da banda acabando por soar no minimo brilhante.
Depois disto tudo acho que o album é soberbo e na minha opinião vem dar algo novo a musica dentro destes generos e acrescentar algo bastante interessante ou até mesmo original a dados momentos.
O tema que abre o album "The Book" actua como se fossemos apanhados no meio de uma cerimonia ritualista qualquer com momentos on/off em que a lentidão extrema do Drone se funde com outros mais tradicionais mas perseguidos por uma voz(muito boa mesmo em todo o album) que comanda todo o ritual.
Quanto a vos não sei mas acho que este album irá fazer parte da minha lista dos melhores albuns que tive oportunidade de escutar este ano e posso estar enganado mas esta bomba irá surpreender muita boa gente até mesmo aqueles que não curtem muito este tipo de musica,mas criar um conjunto de temas tão bons como estes hoje em dia já começa a ser dificil de encontrar isto falando de novas bandas.
Isto é lindo meninas e meninos....perfeito e completamente viciante e mais surpreendeu-me....muito mesmo.
http://lix.in/828358
Baroness-Red Album
E pronto um dos albuns que mais ansiava já por ai anda.
E que dizer dele?
Bem,o que já escrevi no topico na pagina anterior continua a aplicar-se nesta nova fase Relapse.
E por falar falar nisto o que acontece aqui é como no futebol foi feita uma alteração de equipa saiu um ponta de lança e entra outro...bem talvez não tão matador como os outros mas é um medio bem ofensivo que cruza e marca bem e acerdito que poderá desempenhar o tal papel de matador com eficacia.
Pode ser que vire e traga bons resultados para a equipa da Relapse....pelo menos acho que eles assim o esperam.
Mas vamos as caracteristicas tecnicas do "jogador".
A sonoridade actual deles parece mais musculada e com mais tecnica,mas como um sabor a Holanda anos 70´s....muito tecnisista e maliciosa....calma mas pronta a explodir.
Alias por falar em Holanda acho que as tais "substancias legais" tambem por aqui andam por vezes acabam por dar um efeito dopante a coisa e muito Mastodontico,mas enquanto não forem feitos os controlos anti vamos deixar ir a bola correr...mas dá a ideia que a Baronesa quer andar em cima de um Mastodonte...para fazer o que não sei....mas zoofilia é algo estranho e não vamos entrar por ai Smile
Nota-se que o psicadelismo sonoro de muita banda antiga é uma influencia bastante obvia,bem como algum stoner rock ou até mesmo algumas passagens mais ambientais de cenas como Explosions in the sky ou bandas similares.
O resultado até soa porreiro e bem conseguido,são excelentes musicos já o tinha notado nos anteriores Eps,é pena é colarem-se demasiado a banda do Troy por vezes...acho que uns pequenos apontamentos mais subtis chegavam bem,mas pronto já está.
È um album que irá trazer alguns orgasmos auditivos a quem adora Mastodon ou a bandas de rock psicadelico um pouco mais asperas.
Existem bons momentos como o tema Rays on Pinion,Wanderlust,Aleph o O´Appalachia ou o Grad,temas esses que parece misturam e remisturam todas essas influencias que falei em cima.
O resultado final acaba por ser positivo se esquecer-mos algum deja vu do jogador que saiu ao intervalo.....pode ser que estes Baroness marquem uns golos a Cruyff....porque parecem ter bons pés para tal...ou neste caso boas mãos....e acima de tudo acho que a Relapse conseguiu contratar um bom jogador depois da saida dos outros para a Champions League.
Sayyadina-Mourning the Unknown
Grindcore não é propriamente um estilo que me consiga cativar por ai alem,Napalm Death,Brutal Truth e os fofos Nasum e Skitsystem talvez sejam as poucas excepções ou algo então na linha de Mistress..de resto pouco mais assim de repente.
Mas fiquei um pouco surpreendido com estes Sayyadina.
São suecos terra de algumas boas bandas e fazem uma mistura de Grind/Death/Hardcore por vezes quase a roçar o BM mais aspero extremamente brutal e rapido a maneira de uns Nasum alias o Mieszko deve sentir-se "orgulhoso" porque talvez esteja aqui uma banda com a garra suficiente para continuar o seu legado na fase pos tsunami(frase estupida mas enfim).
Os temas raramente passam os 2 minutos coisa habitual no genero mas sempre poderosos o suficiente para libertar algum stress que esteja no cardaço.
O som é digno de uma tempestade ao estilo da Dean com ventos ciclonicos a sairem violentamente das colunas e a deixarem um rasto de destruição a volta mas é bem haviano o que se sente depois da escuta....sensação de alivio.
Com tanta banda a fazer furor muitas vezes ajudada por alguns media acho que quem não se segue por esses jogos tem aqui uma boa forma de diversão sonora,pelo menos aqueles que gostam deste estilo de musica.
Eu gostei imenso do album e foi uma aura de ar fresco que me veio tirar um pouco certas ondas negativas que me andam a rodeiar.
Type O Negative-Dead Again
I can't believe I died last night...
Mais uma ideia sobre o album que não dei garnde atenção aqui ha uns meses e para ser sincero não gostei nas primeiras escutas(muito por culpa de umas certas bandas Smile ).
Primeiro é o album mais carnivoro da banda até agora e mais NYGOTHCORE como gosto de chamar a banda por vezes.
Soa raivoso e meio fuck off como ha muito não faziam ou talvez nunca tenham feito até hoje.
A voz do Pete apesar de ser unica e inconfundivel por vezes toca um pouco num vocalista que influenciou bastante.
Falo do Caputo dos Life of Agony,atenção que apenas se ouve em alguns temas,a este a influencia do Pete marcou-o,mas aqui o gigante de TON tambem parece ter andado a ouvir coisas como River Runs Red e assimilou um pouco a sua propria influencia é estranho isto,mas parece-me com logica,e misturado com as vozes do Josh ou do Kenny a musica ganha dimensão e forma.
Fora isto o album para alem de ser hardnfast como se sexo a moda antiga se trata-se consegue fazer um apanhado daquilo que fizeram ao longo dos tempos até hoje e ao mesmo tempo adicionarem coisas novas.
Em vez daquele velho cliché "sou um infeliz,oh ela não me ama,vou morrer",aqui respira-se mais uma atitude "fuck off...não queres tou-me a foder para ti e para as tuas teorias".
Tudo isto misturado com a ironia bem negra e caracteristica da banda.
Existem temas que são autenticos regressos ao passado como o September Sun ou o These Three Things(aquele solo no meio inspirado em Tool é brutal) autenticos hinos de TON que conseguem misturar beleza e assombro,ao ouvir isto percebe-se o porquê de eles serem umas das bandas mais "amadas" dentro do genero.
Mas no geral é um bom album deles talvez mais interessante que os ultimos na minha opinião....e como eu adoro ouvir o "The Bensonhoist Lesbian Choir" e mais uma vez acontece.
E de certo vai fazer companhia a muita alma goth neste Verão,principalmente as meninas,mas atenção em vez de fazer O amor por vezes aqui a banda procura mais a palavra "violação",não esperem carinho aqui as coisas são mais hardnfast como já disse Laughing .
È uma besta vestida com pele de cordeiro.....mas atenção por vezes bem carnivora....
Muito porreiro e com grandes momentos.
Nile - Ithyphallic
Quem não conhecer a historia e a discografia da banda,tem aqui um bom album de Death-Metal para ouvir agora os outros....
Bem é inegavel que Nile são actualmente uma das bandas mais carismaticas e inovadoras do estilo,porque ajudaram a revitalizar um pouco o som para as "massas",se bem que muitas dessas influencias meio arabes que conseguem captar já outras bandas o tinham feito,talvez não no sentido brutal caracteristico dos americanos mas pronto,a ideia já andava por ai.
Agora sobre o Ithyphallic pouco há a dizer continuam na mesma senda do "...wicked",tocado no extremo,brutal e pesadão.
Mas apesar de achar o album interessante falta ali alguma coisa,demasiados temas tocados a velocidade da luz,poucas ideias e muitos temas para encher.
O album pisca um pouco o olho ao passado é certo,mas soa tudo muito dejá vu,só espero é que não estagnem tambem é complicado renovar e depois reenovar novamente um estilo.
Algo que penso que funcionaria bem seriam uns samples adicionados as musicas,como já fizeram no passado,é que o album soa demasiado crú e directo e muito naquela.
Acho que neste album se repetem um bocado,os temas dão a ideia ser muito semelhantes entre si e muito Death.
Falta aquela coisa tipo pequeno filme sonoro que nos conseguia transportar para o Egipto antigo e enrolar no meio de linho dos pés a cabeça....apenas o "The infinty of Stone" soa a pouco.
E isso raramente acontece tirando umas parte ou outra para logo a seguir sermos novamente bombardeados por uma enxurrada de blast e riffs.
Gosto bastante do "Eat of the Dead" que confirma a ideia que tinha dele quando ouvi o sample,foge a regra dos temas até aqui,tem um riff de guitarra bem arrastdo e hipnotico fascinante do inicio ao fim e depois quando a voz do Karl entra ai sim somos atirados para dentro de uma camara funebre qualquer de uma piramide.
Pena os restantes temas não tenham a mesma qualidade deste.
Sobre os outros a rapidez do "Language..." tambem está porreira e tambem sobressai um pouco em comparação com os restantes.
Para o final e como se previa o habitual epico "Even the Gods..." não acrescenta nada ao que já fizeram e já fizeram muito melhor que isto,mas ouve muito bem.
E de uma coisa tenho quase ou mesmo a certeza,os Nile decidamente não são uma banda para se ficarem por temas de 3/4 minutos é que as coisas resultam muito melhor quando criam temas longos epicos e brutais,talvez por isso goste mais do "Eat" e do "Even" e os outros temas me passem um pouco ao lado,apesar do tema inicial prometer bastante,depois...é tipo mumificação retira,retira até o corpo fica seco..
Fica uma ideia para um album futuro,que tal 4/5 temas de 10 minutos?
Acho que se tal acontece-se poderia ser criada uma obra-prima do genero.
Até lá ouve-se um pouco naquela...e para mim ficou um pouco aquem das expectivas que tinha deste album,mas como já disse para quem quiser ouvir bom DM hoje e diferente do habitual,é um album interessante para comecar.
Eu vou continuar agarrado ao poder do "In Their Darkened Shrines" e para levar com areia nos olhos o "Annihilation of the Wicked".
Neurosis-Given To The Rising
Com tanta banda hoje em dia influenciada ou supostamente influenciada pelos Californianos Neurosis é facil ver o impacto que tiveram ao longo da sua carreira em quem os ouviu ou levou a criar uma simples banda.
A palavra criatividade e inovação sempre esteve presente tanto á vista como mais camuflada no meio do universo musical Neurotico para isso basta abrir bem a mente para absorver a totalidade dos ambientes criados pela banda.
Desde já digo que não é facil ouvir a banda,o som não é de facil digestão é doloroso,triste, é como sermos arrastados por um turbilhão de emoções depressivas,uma especie de psicose caotica que nos faz andar a volta e por vezes sentir mal e levar ao isolamento.
Na sonoridade da banda não existe espaço para melodias faceis ou momentos deja dú.
E talvez por isso esta seja considerada por mim uma das melhores bandas que já ouvi até hoje e sobretudo porque se identifica comigo na minha maneira de ser e estar e têm actuado ao longo da minha vida desde que os conheci como uma especie de complemento sonoro aos meus dias.
Por isso cada lançamento com a marca Neurosis é recebida deste lado de uma forma ansiosa e nervosa, e este tipo de sensações apenas algumas bandas o conseguem na minha mente.
E mais uma vez se passou isto com o novo "Given to the rising" um album que a meu ver apanha a banda na sua forma maxima.
Ao longo dos 10 temas encontra-se uma especie de apanhado de todos os seus albuns e quando falo em apanhado não me quero referir a peças soltas dos albuns,mas naquilo que de melhor fizeram até hoje,quem conhecer a banda decerto entenderá as minhas palavras.
A caracteristica sonora mais uma vez é unica tanto aquele toque hipnotico dado pelas batidas Jason Roeder que ajudam a criar ritmos quase ritualistas,como as guitarras do Von Till e do Kelly que actuam como uma especie de nuvem sonora por cima de nós,tudo isto ajudado pelos ambientes criados pelo Landis que criam uma especie buraco negro que parece sugar-nos.
Este album anda muito a volta disto tudo e muito mais.
A voz tanto do Kelly como do Von Till por momentos chega a arrepiar como acontece no final do "Fear and Sickness" ou no assustador "To the Wind" em que as paisagens iniciais e são literalmente degoladas pela voz do Von Till no final do tema criando uma especie murro no estomago.
O album vive como já disse na diversidade de estados de espirito ao longo da escuta e um exemplo perfeito disso é este tema tal como o "Distill-(Watching The Swarm)".
Existem temas mais acessiveis como o "Water is not enough" ou "Hidden Voices"(um refrão que encanta de tão viciante que é),mas esta acessibilidade não significa facil escuta já que os temas são bem negros e de certa maneira hipnoticos.
E por falar em hipnose o incio do "At the end of a road" chega a lembrar Sunn O))),mas logo somos logo puxados para o universo Neurosis,arrastados pela voz do Scott Kelly de uma maneira quase dolorosa,este é para mim um dos pontos altos(mas na realidade são todos) do album e aqui assiste-se a uma especie de retorno aos Tempos da Graça.
Mas não me vou alongar mais que isto já vai num longo devaneio,apenas vos digo ouçam se não conhecem ou tentem descobrir uma das bandas mais Geniais que surgiu nos nossos dias.
E se os Tool ao longo da sua carreira trouxeram uma lufada de ar freso ao rock os Neurosis fizeram o mesmo ao Metal e seus derivados e não se esquecam todo o que ouvem hoje em dia ou em grande parte muita coisa se deve a estes senhores vindos da quente California.
Para mim está encontrado o album do ano e ainda vamos só em Março,mas esta genialidade e criatividade está ao alcance de muitos poucos musicos.
Obrigado Neurosis pelos momentos que ajudaram a moldar a minha alma e continuam a faze-lo.
Dá gosto ouvir albuns assim....
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