Teitanblood - Death


Falar em musica extrema nesta epoca é muitissimo diferente do termo que se usava no passado, embora se viva novamente a uma repescagem de muitos dos "valores" que ajudaram a cimentar os pilares deste estilo musical, nos dias de hoje já não conta simplesmente a brutalidade grátis ou o choque inocente...é preciso muito mais que isso.
Os espanhois Teitanblood são um dos casos mais marcantes desse mesmo universo, com uma carreira diga-se totalmente focada para o Underground souberam tirar partido de todas as pontas soltas em que estavam inicialmente desalinhados e tem conseguido dar os nós certos á corda que lhe enrola o pescoço.
De registos extremos e carregados de bestialidade inicial conseguem a partir do Seven Chalices transformar quase todo um movimento que sejamos sinceros não tinha muito para onde seguir a não ser em os transformar em mais uma copia bizarra de Blasphemy/Archgoat....os eps seguintes são apenas o inicio da estranha celebração que atinge o nirvana mortuário no novo "Death".
A propaganda fala sobre o equívoco de death metal ser música, pois bem desconfiadamente Teitanblood não só se viram contra as normas como as regem novamente originando um album que certamente ao longo dos proximos tempos não encontrará paralelo dentro da musica mais insana que iremos ouvir ao longo deste ano, embora Dead Congregation tambem tenham algo a dizer em breve, mas isso são outras contas..
Voltando ao "Death" uma das coisas que mais se destaca é a produção do album (perfeita para este tipo de som) e mesmo tendo a banda por não optar em demasia por aqueles interludios/samplers que dão o toque funebre tão caracteristico poucos se ouvem mas saliento mesmo assim a curta mas demoniaca "Unearthed Veins" ou a religiosa "Silence of the Great Martyrs", porque de resto se procuram definição para aquilo que é Death-Metal carregado de malicia basicamente, basta carregarem em play numa faixa chamada "Burning in Damnation Fire" faixa essa que ate tem como convidado o Chris de Autopsy para sentirem um pouco das labaredas do Inferno a queimarem-vos o corpo e a alma...
Impressionante é tambem o trabalho do J na bateria, sinceramente acho que não ouvi nos ultimos anos algo tão intenso e diversificado como aquilo que esta criatura aqui faz, existem aqui momentos que são tão extremos que dão a ideia de serem impossivel serem tocadas por um humano, escutem por ex os primeiros 6 minutos da majestosa "Silence..." ou a selvagem "Sleeping Throats of the Antichrist" e tirem as vossas conclusões...
E a Morte?
Bem a morte não é mais que acido sulfúrico saido de uma sepultura onde estão apenas dois cadavares: o Onward to Golgotha de Incantation e o Fourth Reich de Kthrss...o mal é que isto coloca-nos lá dentro não num eterno descanso mas num sufocamento abismal lento....e cada vez mais proximo do Inferno...
"If anyone is holy, let him join; if anyone is not, let him repent. As it was in the beginning is now, and ever shall be, world without end."


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