Mayhem-Ordo ad Chao


Talvez a banda mais marcante e polemica de sempre dentro do universo musical dos nossos dias.
Renovaram um estilo e ajudaram a transformar toda a visão que se tinha até então da musica extrema e uma das responsaveis pelo que se ouve hoje em dia,goste-se ou não.
Podem ser considerados de falsos, traidores ou o quer que seja mas uma coisa ninguem lhes tira,fazem o que querem não seguem modas e estão-se a marimbar para o que possam dizer deles....talvez como dizia o Alemão:"O que não me mata torna-me mais forte"..e basicamente todo o universo Mayhemiano anda a volta disto.
Lançaram talvez o melhor ou um dos melhores albuns de Black Metal até hoje o DMDS que tal como disse ajudou a mudar e renovar muita coisa,surpreenderam na passagem seguinte com o estranho mais interessante GDoW um album talvez incompreendido por muita gente(mas isso tambem pouco importa agora),e chegam a esta nova fase.
E que dizer disto?
Não esperem um regresso ao tal album,nada disso se pretende aqui,ou melhor talvez até se pretenda se virmos as coisas de outra prespectiva ou seja em vez do som diabolico a coisa agora gira muito mais caotica e estranha e quando escrevo estranha o significado é mesmo literal,desde o som das guitarras absolutamente geniais e assustadoras até a voz do regressado Attila.
È bom isto descrito desta forma?
Depende da maneira como se ouve e entranha o album, se se procura algo diferente do que se vai fazendo por ai sem duvida.Se se pretende algo mais na linha classica então esqueçam,nem o objectivo criado atingue.
Não segue as linhas basicas do fundador da banda,mas tambem já deveriam saber que isso ha muito que morreu e cinza se tornou.
O album é lento talvez o mais lento feito por eles até hoje mas em compensação é o mais interessante,mais criativo e mais demente na minha opinião.
E para isso muito contribui o excelente trabalho vocal feito pelo Csihar,talvez o melhor que já ouvi até hoje dele,exprimentem ouvir isto no meio da esuridão e deixem-se levar.
Os temas são todos excelentes e a capacidade criativa da banda está no auge digam o que disserem,não existe nenhum a destacar todos eles são de outro nivel.....talvez um pouco a frente do que se vai fazendo por ai actualmente a nivel de Black Metal fora dos parametros normais.
Enquanto muitas bandas preferem MATRIXizar o som os Mayhem tambem o fazem mas ao contrario,em vez de raios lazer usam laminas ferrugentas e tortura medieval.
Querem uma ideia para o album mais simples?
Imaginem os Sunn O))) possuidos pelo espirito do Euronymous com o Csihar a frente a tocar o DMDS num manicomio.
Os fans que continuam agarrados ao passado TEMOS PENA a porta de saida é ali.....quanto a mim prefiro continuar instalado no meio do hospicio sonoro que vai saido das colunas....
Ordem.................................................Caos.............................

Abigor-Fractal Possession


Sem duvida foram uma das bandas que mais me marcaram e fizeram ouvir Black Metal aqui há uns anos valentes,quando os discos deste estilo tinham aquela aura malefica e "verdadeira", odeio esta palavra,mas é real.
Albuns como o Verwüstung-Invoke the Dark Age o Channeling the Quintessence of Satan ou o fantastico Nachthymnen(From the Twilight Kingdom) continuam a ter aquele efeito meio perverso e nocturno que tanto gosto.
Iam alternando com coisas menos interessantes mas o PK quando inspirado conseguia fazer BM na Austria melhor que muitas bandas no Norte da Europa.
E uma dessas coisas desinspiradas foi o Satanized em que acabaram por dar um valente tiro na cabeça,tanto na cabeça delas como na minha,ainda hoje estou para entender o que raio se passou,mas isso são contas de outro rosario....um canto de cisne triste muito triste mesmo.
Mas e existe sempre um mas nestas coisas e como uma Fenix renascida voltaram no ano passado.
As noticias e samples que se iam apanhando iam-me deixando numa especie de mistura contente,mas ao mesmo tempo receosa.
Agora que já ouvi o album uma serie de vezes alias a noite passada foi quase feita na companhia destes fractais,já se pode escrever alguma coisa.
Primeiro o rumo do Satanized é seguido,mas calma desta vez as coisas são bem feitas em vez de temas completamente parvos e sem logica nenhuma aqui as coisas funcionam pensadas e com mais alma se é que eles ainda a têm.
Uma das principais coisas que vêm a mente são bandas como DHG ou Thorns tanto a nivel sonoro como vocal.
Alias se DHG em vez do Supervillain atirassem isto tambem não era mal,em alguns momentos chega a ser superior a banda do Khvost,quer se queira ou não.
Mas uma coisa realmente fantastica é a voz que se ouve aqui a cargo do AR,muito bom trabalho claramente influenciado pelo Aldhran e pelo Prime Evil,mas com um toque proprio.
Temas como 3D Blasphemy ou Lair of Infinite Deparation quase que valem a compra do album então este ultimo aquele riff inicial até arrepia,uma mistura de Abigor antigo com coisas mais modernas.
O som das guitarras é meio orgasmico e bem BM dos 90´ ajudado por um soberbo trabalho de bateria,tudo isto misturado no meio de samples e de uma voz maravilhosamente brutal e insana.
È a meu ver um excelente regresso da banda e um album a ter muito em conta daqui pra frente e que vem confirmar o legado inciado por bandas como DHG,Thons e Mysticum afinal foi muito mais marcante do que se pensava aqui há uns anos atras...o pessoal não queria era admitir.
Mistura absurda de BM antigo com uma sonoridade mais sci-fi,com uma produção bem nitida e poderosa com um som verstatil e cosmico.

Gorefest-Rise to Ruin


Uma das bandas mais emblematicas da musica extrema europeia e tambem das mais antigas e mais interessantes para ouvir dentro do Death-Metal.
Lancaram alguns dos melhores albuns do genero para mim o poderoso Mindloss ou os viciantes False e Erase fazem parte da minha top list de albuns extremos e temas como o "Confessions of A Serial Killer","Putrid Stench of Human Remains","Reality - When You Die" ou o "The Glorious Dead" continuam temas actuais.
Foram tambem uma das primeiras a alterar o seu som quase radicalmente e incorporando uma serie de elementos mais setentistas.
Muitos não gostaram outros adoram eu faço parte dos do meio,conseguiram criar e fazer bons temas e bons albuns mas intercalados por vezes com outros menos conseguidos,embora nunca estivesse em causa a qualidade da banda ou dos musicos.
Talvez devido a esses momentos menos conseguidos a banda tenha acabado e tenha estado enterrada durantes uns anos valentes,mas ressurgindo aqui há uns dois anos com o album "La Muerte".
Esse regresso embora saudado por muitos não soou assim tão porreiro aos meus ouvidos,não sei bem porquê.
A coisa mudou este ano com o novo e poderoso album que considero uma excelente surpresa.
Ao longo dos 9 temas que dão vida a este album ouve-se aqui muita coisa interessante e porreira,que decerto vai apelar muito,mas mesmo muito aos fans mais antigos da banda ou a quem gosta dos primeiros albuns.
Os temas são poderosos e muito bem feitos a maneira gorestiana com as principais marcas da banda a virem ao de cima.
A voz do senhor De Koeijer continua impecavel ao fim destes anos o que demonstra bem o porquê do homem ser considerado por alguns um dos melhores vocalistas de sempre,muito poucos consiguem ser tão guturais e perceptiveis como ele dentro do genero.
A banda a nivel instrumental mostra estar no ponto e o excelente trabalho do Ed Warby na bateria é de deixar o queixo chão e a dupla de guitarristas (Boudewijn e o Frank) tem momentos que chega a arrepiar.
È bem verdade que perderam um pouco aquele clima mais roqueiro que os caracterizava nos ultimos tempos,mas ganharam muito mais genica sonora e chegam a soar brutais como nunca soaram o tema titulo é bem a prova disso,misturando a intensidade sonora de um False com algo mais Soul Survivor,conseguido criar um efeito sonoro bem interessante e intenso.
O mesmo se aplica aos temas "The War On Stupidity" e "Revolt" ou então no enorme monstro que se chama "Babylon's Whores",talvez o tema mais longo feito por eles até hoje e que consegue recriar a carreira deles e ainda meter lá no meio coisas novas.
Destaco estes mas na minha opinião todos eles são acima da media.
Mas no geral um album muito interessante como há muito já não faziam os holandeses soam a 90´s é certo,mas who cares? sempre foi ai que tiveram os melhores trabalhos...e este é como o algodão não engana.

Overmars-Affliction, Endocrine... Vertigo"


Acho que ainda não existe nenhum topico dedicado a esta banda e como nos ultimos tempos desterrei o album "Affliction, Endocrine... Vertigo" de 2005,aqui vai um topico sobre a banda.
Já contam com uns anitos em cima mas a meu ver pouco conhecidos ou pouco mencionados dentro do genero onde se inserem,o que a meu ver é um bocado injusto e porque são uma banda porreira e com uma margem de crescimento e progressão enorme...e talvez se preparem para rebentar na Candelight.
O album deve estar para sair em breve e ao que parece vai apenas conter um tema de 40 minutos....pode parecer estranho mas a mim deixa-me meio expectante ainda mais pelo que conheço da banda e do que acho que devem e podem fazer.
Mas vamos a musica e a este album é certo que já tem dois anos mas continua actual ainda por mais com a crescente vaga do genero que por ai anda já para não falar da muita quantidade de adeptos ou supostos adeptos deste tipo de som.
Conseguem recriar muito bem aqueles ambientes pos-doom de uns Morgion a nivel de sonoridade meio acustista e com vozes guturais com a furia sonora das bandas de hardcore apocaliptico como Neurosis tudo envolto numa aura planante bem a maneira de Isis ou Cult of Luna.
São talvez as bandas que mais vem a memoria quando se ouve o album,não digo isto a insinuar copia barata,apenas falo e escrevo estes nomes para situar um pouco que está a ler.
Conseguem fazer musica inspirada nestes nomes e ainda adicionar um toque muito proprio e pessoal,como vozes femininas ou riffs de guitarra estranhos e umas pitadas de industrial,mas com uma criatividade imensa.
A musica vive bastante do efeito calma/raiva tanto somos atirados para o meio de algo triste e depressivo como logo a seguir somos atirados para dentro de um ciclone sonoro criando um ambiente sensorial brilhante.
Existem temas como "This is Rape", "A Spermwhales Quest" o enorme "En Memoire Des Faibles Qui Ont Survecu A Darwin" ou o fantastico "From Love To Exhausting-The Story of This Intangible Thing Between Us" absolutamente incriveis.
São um pouco diferentes dos compatriotas Year Of No Light(que já falei aqui tambem),embora musicalmente tenham as mesmas influencias,Overmars tem uma aura bem mais solitaria e misantropica e a meu ver um pouco mais interessante.
Bem espero que ao menos tenha conseguido fazer com que alguem se dê ao trabalho de os ouvir e descobrir,porque vai valer bem a pena,acho..nem que seja devido as bandas que falei e que tantos seguidores comecam a ter....mas esqueçam isso e deixem-se levar pelo som destes franceses....
E já agora e mais uma vez o novo album vai sair em breve....

Bergraven-Dodsvisioner


O olho clinico do senhor Turner mais uma vez a dar cartas.
E desta vez em vez de algo estranho na linha da Hydra o homem começa a apostar mais em cenas mais viradas para o Black Metal.
Talvez para preparar o pessoal para o que ele poderá fazer no novo trabalho de Twilight,visto ser o vocalista da banda actualmente.
Mas vamos falar dos suecos....Bergraven que é isso que importa agora.
Banda ja com alguns anos dentro da "cena" e que infelizmente desconhecia,se o o album anterior deles for tão bom quanto este não sei onde andava com a cabeça,para não os conhecer.
Este album é lindo uma mistura perfeita de Black-Metal e Doom mais moderno misturado com uns ambientes meio pos-rock e por vezes a soar a algo retirado de um filme do Lynch.
Imaginem uns Shining misturados com Forgotten Tomb a soarem a Katatonia dos tempos de "Dance of..." ou até mesmo Fleurety sobretudo naqueles momentos mais etereos ou até a bandas com Ved Buens Ende e já dá para ficarem com uma ideia do que se ouve aqui.
Por vezes parece que estamos a ouvir algo criado pelo Carl Michael mas logo a seguir mudamos para algo mais Isis "inspired" com um sabor a Black-Metal,estranho isto não é?....mas real e fascinante.
A voz é triste e meio sofrida,não pela maneira de soar mas pelo que consegue transmitir,dando um toque especial ao album.
Os temas são negros longos e com um travo a Doom por vezes mais tradicional misturado com Black-Metal lento e depressivo por vezes até completamente hipnotico como o que se ouve nos temas "Doende" ou "Den Svarta Angstens Essens" soando muito bem,pelo menos aos meus ouvidos.
Mas destacar apenas dois temas dos oito é injusto(aquele "Ondskall"é lindooo),visto o album ser muito bom e com uma aura perfeita para umas noites bem passadas,seja a solo ou acompanhado...sempre se pode dar uso as laminas...e se procurarem realmente musica depressiva é isto e ponto final.
Para mim é uma enorme surpresa vinda do norte da Europa e uma banda a descobrir por todos vós....acredito que não se irão arrepender,e dentro do genero é uma das coisas mais fantasticas que ouvi este ano...e a meu ver irá ser um album que fará parte da lista dos melhores deste ano...
Absorvente.

DeathSpell Omega - F.A.S. - Ite, Maledicti, In Ignem Aeternum


Torna-se cada vez mais dificil falar desta enigmatica banda.
Se existe actualmente uma banda de musica extrema que realmente o seja quer musicalmente que espiritualmente DsO é o expoente maximo dessa vertente.
A carreira deles tem sido ao longo dos anos cuidadosamente regida com sons e palavras escritas irreligiosamente em sangue negro..diga-se o que se dizer ou escreva-se o que se escrever.
Se as coisas têm funcionado sempre numa espiral em crescendo este novo F.A.S. não foge a regra.
Poderá muito bem desagradar aos fans do SMRC ou aos do Infernal e matar de coração que gostou do Kenose(sim é bem possivel),mas na realidade(se é que se pode falar em realidade dentro do universo DsO) o que temos aqui é um marco mais um marco na carreira dos misteriosos franceses+finlandes.
O album vive muito á semelhança do Kenose dos ambientes criados e da envolvencia avant-guard que cada vez mais está cravada na pele da banda,mas em vez de as coisas funcionarem de uma forma limpida(salvo seja) existe muita ferrugem e sujidade nos temas o que misturado com as partes mais tecnicas e calmas cria o estado perfeito para se entrar dentro do universo F.A.S..
Ambiente perfeito e absolutamente bizarro como o que se ouve no tema "Bread of Bitterness",aquele solo nada comum seguido pela devastação caracteristica da banda é incrivelmente genial.
E por falar em solos(no "Repellent.."dá a sensação que em vez de cordas são laminas) uma das caracteristicas mais belas e intrigantes da banda ao longo da carreira neste album nota-se que se influenciaram um pouco em bandas como os já aqui falados Blut Aus Nord,mas não só algumas bandas da decada passada que tocavam um som digamos mais a frente tambem me parece que foram alvo de umas escutas bem grandes antes de feitos os temas.
A voz do Aspa continua excelente o senhor finlandes chega a deixar uma certa aura de transe no ar e um cheiro intenso a enxofre.
No geral gostei imenso do album pelo menos nestas primeiras escutas nos ultimos dias adorei o "Caos" sonoro os temas são incriveis e nota-se o cuidado em certas partes em misturar esse Caos com uma Ordem e depois desordenar tudo de novo,por vezes dando a ideia que algo vai renascer dali mas em vez de renascer apenas é asfixiado de novo e um exemplo perfeito disso é o absolutamente irreal e perverso "A Chore for the Lost".
Lembra-me vagamente Antaeus em certas partes,talvez se deva um pouco a produção abafada e poderosa,não sei,mas é apesar deste promenor um album marcadamente DsO,atendendo ao que tem vindo a criar na fase pos SMRC.
Para terminar apenas mais isto:
Mais um album de BM negro e intenso para juntar ao Blood Libels e ao Ordo ad Chao.
Será isto o fechar de uma trilogia imaginaria?
Pode não ser mas se actualmente existir uma banda sonora no Inferno Ele decerto fará ecoar estes albuns pelo meio das chamas eternas.
A ouvir...mas sempre com receio das consequencias.

Orthodox-Gran Poder


Espanha terra de touros ventos e maus casamentos e alguma má musica,bem pelo menos em alguns casos.
Depois da enorme surpresa do ano passado que foi o album de MOHO,aqui fica mais uma que vale a pena descobrir.
Chamam-se Orthodox e vêm de Sevilha mas em vez de tocarem algo solarengo e quente preferem gelar as paredes da sala.
Drone é talvez o estilo que melhor os define pelo menos pela envolvencia sonora e sorumbatica que criam,mas não só misturam outras influencias um pouco mais a parte do estilo.
Temas longissimos, lentos e arrastados e pesadões são o prato que é oferecido por vezes um pouco na linha de Teeth of the Lion Rule Divine ou do tribalismo de uns Neurosis misturado com o experimetalismo de uns Boris ou o som mais Electric Wizard ou dos velhos mestres do genero.
Ao longo dos 4 temas que constituem este album já do ano passado consegue-se criar uma autentica viagem sonora pelos meandros da escuridão tipicamente Doom quer seja sacada do Drone mais extremo quer seja de algo mais tradicional.
A forma como o vocalista canta ainda consegue e acrescentar mais vida ou neste caso morte aos temas tornando-os autenticos epicos oceanicos e negros como uma noite de Inverno em que nem o luar consegue entrar.
Achei por bem colocar isto visto ser uma banda que ultimamente tenho a andar a ouvir bastante e que desconhecia.
Tortuoso,negro com algo de fantasmagorico no som mas que consegue captar e encantar quem os ouve.....pelo menos falando no meu caso.
Espero que os vossos dias de Sol se tornem mais estranhos como se á vossa volta de repente se vissem envolvidos num ecilpse solar.....durante a noite é um autentico sonho/pesadelo ouvir isto ainda mais se for misturado com Khlyst ou algo similar.
De volta para o buraco....já volto
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Monarch-Die Tonight


É fodido realmente é fodido ouvir bandas assim.....montanhas de distorção quase insuportavel,vozes saidas dos confins de um buraco negro sons hipnoticos,auras negras a volta....
Insanidade mental poderão dizer alguns é estranho poderão dizer outros é monotono e cansativo ainda mais alguns....mas como dizem os tais "outros":"who cares".
Actualmente é o estilo que mais me dá gozo ouvir talvez devido ao meu cada vez mais doentio estado mental e psicologico.
Mas seja de lamechices que não vos dizem respeito vamos ao que interessa.
Os franceses Monarch dão que pensar.....e um trabalho agoniante ouvir.
Primeiro a sonoridade é tipicamente Drone e inspirada pelos mestres Sunn O)))(bem mestres pelo menos para alguns não é?),e alguns colossos similares como Khanate ou Switchblade.
Mas fora disso e a juntar ao Doom Extremo que se ouve aparece uma voz feminina muito interessante e perfeitamente capaz e integrada na sonoridade lembra um pouco as niponicas Gallhammer ou a dados momentos Bloody Panda.
Mas fora estas comparações para situar geograficamente as coisas estes Monarch conseguem ser um pouco mais interessantes e va-la bem mais funerarios e necro.
A dadas alturas vem aquele fascinio pela Morte e dou comigo a imaginar uma especie de Funeral sonoro com uns monges de uma seita estranha qualquer a percorrem um enorme labirinto com brisas frias e folhas secas a cairem ao de leve.
Um exemplo perfeito para esse cenario é o tema "Winter Bride" quase 20 minutos de tristeza sonora,mas no sentido literal não aqueles pseudo sons para meninas tirarem fotos para os blogues pateticos de tristeza fingida.
Para alem deste tema existe outro que segue o mesmo rumo por isso não me vou repetir novamente.
A voz como já disse encaixa muito bem nos temas soa eterea,negra e extremamente profunda....aqui não existe espaço para vozes angelicais e e gritinhos sexuais(se bem que esta ultima parte até me soa bem),aqui a voz e os lamentos acabam por formar um enorme manto de negritude por cima de nós.
Pode parecer exagerado tudo o que disse mas ouçam isto varias horas seguidas em ambiente fechado e depois tentem apalpar os vossos sentidos ou tentem ver uns episodios da Little Britain ou sair com a namorada depois.....verão que nem isso mete piada....tal não é o efeito em que se fica...
Assustador e irreal o que para mim é perfeito.
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Marduk-Rom 5:12


Excelente e só vem confirmar a minha teoria o Mortuus veio injectar sangue novo na banda e sangue bem negro.
Já no anterior Plague Angel se notava isso neste a aura ainda é mais desenvolvida e chega a superar o album anterior varias vezes,acredito que com o tempo este Rom 1:12 venha a ser ainda mais rodado que o anterior album deles.
È uma banda com uma longa historia e em grande parte um nome responsavel por muita gente hoje em dia ouvir BM pelo menos daquela fase mid 90´s (eu incluido) e por falar em historia o Göthberg ajuda num tema deste album.
Vocalistas foram sempre um constante meio entra e sai dentro da banda,mas a meu ver talvez tenham encontrado o homem certo agora.
Ok o Legion marcou uma Era e talvez a face mais "colorida" da banda,mas a meu ver já nada acrescentava a banda e a sua saida foi a melhor coisa que lhes aconteceu nos ultimos anos e ainda bem que aconteceu,ainda por mais pela excelente voz que foram arranjar.
Neste caso as mudanças pós Legion não se ficam apenas pela voz tudo foi transformado e para melhor na minha opinião.
Deixaram-se de rapidez e brutalidade tonta e muitas vezes sem nexo e comecaram a usar a cabeça.
Parece que isto foi algo que os Marduk finalmente entenderam,talvez como o que se passou com os Immortal aqui há uns anos atras.
Isto de uma banda com uma longa historia e com tanta influencia para muitos pode trazer problemas,mas para quê estagnar se se pode mudar para melhor e sobretudo reformular um pouco um som?
Há que abrir novos braços e encontrar caminhos para o mar.
Um desses caminhos ouve-se por exemplo nos tema "1651" no "Imago Mortis" ou no "Accuser/Opposer".
O primeiro soa apocaliptico e misantropico e no segundo quem ouvir este tema isolado e sem saber a banda,nunca apontaria Marduk,talvez uns Watain ou DsO não sei,digo isto atendendo ao que têm vindo a fazer estes ultimos ultimamente,mas nunca Marduk e o mesmo se aplica ao terceiro tema mencionado,que aborda mais uma vez a religião ou irreligião começada no Plague Angel e aqui mais uma vez focada.
Mas os temas supersonicos tambem por cá andam não comecem a ter ideias estranhas e um exemplo perfeito disso são as fantasticas e brutais "Through The Belly Of Damnation" e "Limbs Of Worship",aqui ouve-se todo o esplendor do trabalho vocal do vocalista,nunca o Legion atingiu este ponto na minha opinião,por muito bom que seja.
Depois deste ultimo tema uma participação surpresa o Senhor Primordial,coisa que nunca pensei ser possivel num album de Marduk se a tematica religiosa é bem patente na musica("Accuser/Opposer") o toque que o Nemtheanga dá ao tema é no minimo...BRILHANTE.
Depois deste tema liturgico a ideia que fica é que somos brutalmente espancados pelo tema seguinte "Vanity Of Vanities",carregado de um odio descomunal que escorre pelas colunas abaixo,mas que nos toca cá dentro.
E realmente é tudo isto o album transmite negritude,odio e sobretudo misantropia.
Muitos poderão não gostar desta nova fase da banda mas quanto a mim e é o que me interessa estou a adorar.
Um violento murro na cara de Cristo e na Humanidade como há muito não faziam os suecos...