Culted – Oblique To All Paths



Segundo álbum para os canadianos Culted e mais uma caminhada pelas trevas do Blackened Sludge daquele carregado de podridão, lentidão e negritude.
Isto á partida seria um bom sinal de referencia porque estas palavras quando bem usadas quase que bastam para transformar álbuns simples em autenticas obras megalíticas que arrasam tudo á sua volta, mas infelizmente não é isso que aqui se passa com a banda canadiana, já que o álbum se acaba por afundar nele próprio, temas longos onde pouco existe de cativante ou de interessante chegando por vezes a tornar a escuta algo penosa e aborrecida.
A banda podia ao invés de dar uma ideia de estar a fazer um ensaio numa caverna podia optar por entrar e controlar algo importantíssimo nesta sonoridade que é aquela hipnose que o som agoniante pode gerar, é verdade que a espaços isso ainda acontece aqui e ali mas acaba por ser muito pouco e também não entendi o porquê do projecto ir dando ideias que ouve Leviathan quando depois não consegue sair do espiral onde se metem, isto focando mais naqueles ambientes onde a maquinaria se assume como motor ou nas próprias vocalizações.
Falei em cima na duração do álbum e realmente este é outro ponto onde a banda falha tremendamente mesmo com a desculpa do ambiente, em vez de um álbum seria muito mais interessante na minha opinião escolher o material menos mau deste “Oblique To All Paths” e usa-lo antes num ep, pelo menos a coisa não soaria tão pouco inspirada como acontece ao longo destes 7 temas, salvando-se apenas do marasmo a “Intoxicant Immuration” ou a “Transmittal”.
Resumindo um álbum que nem aquece nem arrefece para não dizer que é uma tremenda desilusão ainda mais se comparado directamente com outras coisa que surgem por ai no mesmo campeonato.

Impure Wilhelmina - Black Honey




A Suiça não é propriamente conhecida por ter um movimento de vanguarda dentro da musica extrema nos últimos anos, é verdade que Celtic Frost é algo consensual e isto quase por si só chega para que o pequeno cofre da economia mundial tenha também direito a uma referencia dentro deste universo.
Dito isto é curioso verificarmos que actualmente parece que algo está a mudar para os lados dos Alpes e nomes como Rorcal, Vuyvr, Knut, 69 Chambers, Bolzer, Darkspace, Zatokrev  e estes Impure Wilhelmina transformaram cada um á sua maneira aquilo que geralmente se podia esperar de um pais sem as tais grandes referencias.
Mas vamos dar destaque a Impure Wilhelmina que é disso que se trata aqui, são uma banda tipicamente Underground já com uma longa carreira atrás de si e mais um daqueles casos onde nunca se entendeu muito bem o porquê de numa terem realmente explodido.
Mas a meu ver parece que este ano têm tudo a seu favor, desde a sonoridade que exploram até a qualidade bem acima da média que nos mostram neste “Black Honey”, um álbum com todos os condimentos certos e que explora uma curiosa diversidade musical que acreditem é impossível nos deixar indiferentes.
Poderão dizer alguns que o álbum tem um travo ou melhor quase arrisca em demasia em alguns territórios não tão bem aceites por muitos de nós, não vou mencionar o estilo, prefiro apenas dizer que aqui se encontram paralelos sonoros que nos remetem para Tiamat, Katatonia, Sentenced e de certa forma até uns Beastmilk, referencias essas não tão obvias e fáceis de encontrar á primeira mas que são de facto um dos pilares que a banda suiça aqui tão bem explora, isto tudo absorvido como é obvio pelo actual Post-Metal de tendência mais planante onde a banda mantem os pés ainda bem presos.
O álbum vive bastante do lado introspectivo que os temas nos oferecem gerando no seu todo uma amalgama emocional que ao fim ao cabo é uma das bases primordiais deste estilo musical onde se procura não a violência pura e dura mas algo mais palpável terrestre e virado para aquilo que vivemos no dia-a-dia nos nossos constantes altos e baixos.
Apenas um senão, o álbum ao fim de uns tempos perde um pouco aquele fulgor inicial e fica-se com a ideia que existem aqui um tema ou outro a mais pelo meio, sensação essa que mesmo estranha desaparece sempre que chegamos á fantástica ultima faixa a espantosa e meio A Storm Of Light, “God Rules His Empire” que é na minha opinião uma das melhores musicas escritas pela banda de Genebra.
Para terminar, explorem a banda se não conhecem que valerá bem a pena e certamente encontrarão aqui uma óptima companhia para estes tempos chuvosos..

Sun Worship - Elder Giants

Sun Worship continuam a mostrar o porquê de serem uma das bandas mais promissoras do atual Underground europeu e este novo album explica bem o porquê.
Intenso!!

Heresiarch - Wælwulf



Swampgoat - The Omega Syndicate


Pantanos e sujidade....