Dopethrone-III

O Dark Foil é e continua a ser um dos albuns que mais tem destaque quando as coisas não correm muito bem, digamos que tem um efeito entre a terapia e a desgraça total por estes lados...
E chegados á parte III da carreira dos canadianos Dopethrone, a vida continua a ser tudo menos prados verdejantes e passarinhos a voar.
Quem os conhece já sabe bem ao que vem e a tematica explorada continua totalmente embrulhada nos aspetos menos bons (ou não) da nossa vida, onde as drogas, o oculto e as experiencias pessoais degradantes se asssumem como o ponto de união entre a sonoridade arrastada, lamacenta mas bem extrema, originando algo semelhante a uma estranha trip de efeitos alucinantes.
Os riffs e a voz do Vincent Houde (ex-Vatican), continuam a ser o pulsar da banda, prestando um autentico tributo a bandas como EHG ou Electric Wizard (duas influencias mais que obvias acrescente-se), mas se homem é mais que competente naquilo que aqui mostra o resto do trio tem novamente atitude mais que suficiente para tornar este III num dos albuns essenciais dentro do espectro Sludge-Doom deste ano.
Carismatico, potente, viciante são sinonimos mais que obrigatorios para se descrever estas cinco monstruosas faixas e este album vale pelo seu todo ao contrario do anterior onde se destacavam ligeiramente algumas faixas de outras, aqui o poder do riff eleva-se e agarra-nos pelos colarinhos e faz-nos quase entrar num estado de transe...e quando se ouve aquele "In a world of blackness, there are no days, no nights, no seasons, only endless existence..." da intro do album, pronto já se sabe que algo de muito estranho ai vêm.
Essencial.

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