The Sarcophagus-Towards the Eternal Chaos


A Turquia não será propriamente o país mais indicado para uma banda de BM, mas como o estilo se espalhou como uma pandemia pelo mundo inteiro vão surgindo diversas bandas ao longo dos anos que mesmo com a suposta interioridade religiosa a ir contra aquilo que pregam conseguem duas coisas.
Primeiro criar autenticas descargas de musica extrema e segundo associar ao seu estilo outros factores mais ligados com a sua tradição cultural.
Não vou aqui nomear nomes porque acho que nem é preciso, mas serve isto apenas para apresentar estes The Sarcophagus (não confundir com os americanos pré Judas Iscariot) que mesmo não trazendo nada de novo ao estilo conseguem aqui uma brutalissima descarga de misantropa.
Musicalmente situam-se entre uns Impaled Nazarene misturados com a maldade de Ondskapt onde tudo é subjugado e violado com a perversidade de Shining.
Talvez esta frase chegue para definir aquilo que se ouve neste "Towards the Eternal Chaos", mas para além disto convem referir que a banda consegue a espaços recriar autenticos devaneios extremos do melhor e mais interessante que por ai vai aparecendo.
Melodicos, mas sem perder o sentido belico das musicas, envolventes e perfeitos para a voz do polemico vocalista convidado.
Sendo este um tal de N. Olsson, a personagem aqui acaba por dar seguimento ao bastante interessante trabalho dos restantes musicos conseguindo criar um trabalho pleno de alma no meio deste destilar de hinos negros.
E neste aspecto existem aqui temas muitissimo bons como a "Misanthropic", a assassina "The Legend Sleeps Behind The Mountains" que bem poderia ser uma especie de Immortal anno 2ooo, se eles desenvolvessem, a Shining copycat "The Sarcophagus" ou a excelente "Nothingness, Emptiness, Chaos" com um raio de um riff de entrada que dá vontade de partir coisas.
Aliás bons riffs é mesmo coisa que aqui não falta, mostrando que a dupla Nahemoth e Thyrouth sabe bem aquilo que pretende.
Mesmo sendo á velocidade da luz....de uma vela acessa, existe até coragem de introduzir momentos acusticos ao jeito de Dissection, para nos libertar um pouco a garganta da falta de ar ou em momentos mais cavalgantes e "sinfonicoepicoambientais" como o que acontece na fantastica "Anatolian Dragons".
Ou seja este album tem tudo o que se procura num trabalho de BM extremo, consegue mesmo ter o carisma para desafiar alguns nomes que por ai se têm andado a arrastar nos ultimos tempos.
Sufocante por vezes devido ao registo vocal e extremo a nivel instrumental este album acaba por ser uma das mais interessantes descobertas que encontrei nas ultimas semanas e sem duvida uma banda a ter em atenção nos proximos tempos com ou sem o Olsson na voz.
Já agora uma palavra para a capa...muito boa, mostrando o que é este album na realidade.
Um manifesto de maldade misantropa, extrema e caotica.
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