Os noruegueses ALTAAR fazem parte de uma curta lista de bandas norueguesas que para mim estão no centro de uma especie de 3 vaga imaginaria no que ao BM diz respeito. Juntamente com Dodsengel, Mare ou o projeto Trinacria (espero ouvir algo novo em breve novamente) e mais uns poucos estão na linha da frente de uma renovação musical que centrando-se no BM desenvolve novas abordagens musicais.
Uns mais a fundo que outros é certo, mas ALTAAR e a julgar pela limitadissima demo Dødsønske, terão uma palavra a dizer nos proximos tempos.
"We are entering Taakeheimen studios in october to record our debut fullength."
Foi a mensagem deixada no facebook á poucos dias e mesmo ainda a procura de editora eu acredito que este trabalho vai surpreender muita gente.. Musicalmente e para quem não conhece a banda faz uma mistura de BM, Ambiente a puxar para o Drone com toques de Post daqueles bem negros usados por bandas como AmenRa. Fica aqui dois temas do Bandcamp
No ano passado a Paradigms Records enviou-me um daqueles mails que anunciam novos albuns e no meio da boa enxurrada que geralmente a editora assume vinha lá uma banda chamada Elitist. Descritos como Venomous doom grind horror os rapazes de Portland foram quase de imediato colocados debaixo de mira. A faixa que ouvi era muito boa e resolvi comprar o ep, mas quando recebi o ep fiquei com uma daquelas sensações que ficam entre o delicioso e o ohhh..muito devido á curtissima duração do registo (pouco mais de 12 minutos) mas onde se sentiu logo ai que esta banda ainda tinha algo para dizer no futuro. Pois bem o futuro é agora e desde que soube que tinham assinado pela Season of Mist, o Fear In A Handful Of Dust, tornou-se num dos albuns que mais aguardava, simplesmente porque aquilo que esperava era algo bruto e excelente. Ok, isto não significa que as coisas sejam ou se tornem realmente como expectamos, mas esta rapaziada não desiludiu e confirma aqui as boas indicações deixadas á um ano atrás. A sonoridade é violenta, mas com um toque de purismo extremo que geralmente não é muito usual encontrar nos dias de hoje, mesmo sendo este estilo ou melhor parte dele objeto de veneração por centenas de bandas. A diferença está é na forma como a banda consegue unir o lado podre do Sludge onde se notam referencias que vão desde EyeHateGod até uns Crowbar até explodirem numa especie de Death-Metal de contornos obscuros que destroiem tudo á volta. A Slowly Fucked And Force Fed é um bom exemplo daquilo que estou a falar imaginem o lado obscuro de uns Winter a pegar pelos colarinhos aqueles riffs lamacentos da movimento NOLA e a levanta-lo no ar com um sorriso totalmente demente nas trombas.. Mas se estas referencias adicionam algo mais, a base sonora continua envolta em nevoas escuras que muito devem a uns Converge (por ex) e aqui talvez não se entenda ainda muito bem aquilo que a banda realmente procura, mas usando esta formula o album torna-se num demoniaco registo carregado de odio e onde se destila veneno de varias formas e maneiras mas sempre com o objectivo mais que cumprido, sejam em faixas de um minutos sejam mas mais longas, estas mais ausentes.. A propria produção dá enfase aos temas criando por vezes a ideia que estamos frente a frente com banda e no seu espaço natural e o feedback das guitarras transmite a ideia que isto captado quase direto numa sala de ensaio. Ora para uma banda que consegue mostrar isto num album imagino o poder que não devem atirar num concerto ao vivo ainda mais com material deste calibre...deve ser uma experiencia bastante perigosa mesmo. Sem duvida um dos grandes albuns que ouvi este ano, não só porque conseguem unir as pontas de dois estilos que gosto bastante (Sludge e DM) mas porque conseguem fazer dessa união uma das mais interessantes jogadas musicais que iremos ouvir nos proximos meses e com resultados para lá de excelentes. A frase The Flames and The Fires Consume Our Soul berrada na Cult Malevolence resume por palavras aquilo que aqui se ouve neste fantastico album.. Arde lentamente e consome como as labaredas do Inferno e deixa um cheiro a enxofre tão nauseabundo que se torna quase perigoso colocar isto a rodar se estivermos fodidos com a vida..ora que mais se pode pedir? Nada, apenas piar fininho e deixa-los passar, mas se tiverem coragem de se colocarem á frente acreditem que vai doer e muito... Essencial. ELITIST - Human, All Too Human by Season of Mist
Now here is a real reason to get excited about the fall. Profound Lore Records have announced that they will be releasing the latest and greatest from cursed USBM enigma LEVIATHAN on November 8th. The album has been titled ‘True Traitor True Whore’ and will be the first release from the reactivated act since 2008′s ‘Massive Conspiracy Against All Life’. Much speculation was spreading throughout the underground as to whether or not we would ever see another LEVIATHAN record since Wrest (Jef Whitehead) had announced the band was finished after ‘Massive Conspiracy’ and then faced a terrible legal situation earlier this year.
For those unaware, Whitehead was arrested back in January and accused of sexual assault and battery against his then girlfriend. According to a report from the Chicago Sun-Times, Whitehead allegedly strangled the woman and sexually assaulted her with tattoo tools. Since then, questions regarding the woman’s credibility have been raised leading many to believe that Whitehead is innocent.
Whitehead’s friend and often collaborator BLAKE JUDD (NACHTMYSTIUM, TWILIGHT) was quoted in an interview with No Clean Singing as saying, “[It is] total bullshit. He didn’t do that. I saw a fight between him and that woman in my house before. It was the last confrontation they had. Drunk fucking retarded boyfriend-girlfriend fight. It was the last time they saw each other before that allegedly happened. I saw that woman beat her own head against the wall so that she would look beat up when the police showed up. He didn’t do anything to that woman. Jef Whitehead is a fucking maniac, but he is not a rapist. He is not a criminal. And the fact that the woman pressing the charges has ten different cases on file of dropping rape charges against boyfriends is going to get him scott free if he has the right lawyer. He is my brother. I have known him for eight years and he did not do that. I know that for a fact.”
From a personal perspective, I have also met Wrest on multiple occasions and I do not believe he did the things that he has been accused of. I also believe that he is one of the most important artists in the American black metal underground and I am highly anticipating ‘True Traitor True Whore’. The record was recorded with iconic Chicago metal leader Sanford Parker and we will most definitely keep you updated on everything that is announced regarding LEVIATHAN.
Bio from the band: Black Metal for post-apocalyptic desolation. Reject the promise of progress and the encompassing void that constitutes fulfillment. Solace in desecration.
I first heard about FALSE while sitting around a coffee house in Madison, WI with Bryan and Andy from Thou. They had just played Minneapolis the night prior, where FALSE closer the show, and everyone in Thou was entirely and completely blown away by how intense and relentless FALSE were live. Just going off their description & the obvious impact left upon them, I knew I had to hear FALSE immediately. A couple months later I get an email from Bryan informing me that my long-time friend Adam Tucker was in the midst of mixing & mastering the FALSE recording for release. Tucker only puts a million % into everything he's a part of, so naturally I was thrilled. I'm sitting here now and listening to his mastered tracks as I write this, and I cannot wait to unleash this record upon the world with the band and Howling Mine records. FALSE bring us the best of what abrasive and relentless black metal can be. The two songs that make this 12" are fast paced, but with a purpose, and heavy on scathing (yet decipherable) vocals. Bryan and Andy kept telling me FALSE were the most relentless black metal band they'd ever seen. When you hear this record you'll know what they mean.
KRALLICE have just released a three-song Orphan covers EP (entitled "Orphan Of Sickness") for download. This is KRALLICE's tribute to Orphan bassist Brendan Majewski who tragically passed away earlier this year, this past Jan. Go HERE to download the EP for free. It absolutely crushes.
Ex-Gravehammer. 3 tracks of filthy, uncompromising Death Metal from Gothenburg/Sweden, delivered with relentless rawness and precision. Artwork by D.Desecrator. Limited to 200 copies, professionally dubbed Tapes and professionally printed covers. ENSNARED - Adorations (the dance of madness) by anastasis666
Sonne Adam-Armed with Hammers (7´) È uma das 200 copias brancas da coisa, edição mais que esgotada desta banda israelita que se tornou por estes lados uma das preferidas da nova geração de DM mais primitivo. Custou mas valeu bem os 35 euros que dei por ela.
Os norte-americanos Faces Of Bayon são mais uma prova que o movimento Doom atual, ou melhor, as novas bandas que vão nascendo por ai assim meio do nada continuam com uma desenvoltura que se vai encarregando de manter o estilo numa patamar bastante alto, mesmo sabendo-se que aquilo que se cria dentro deste caldeirão musical não obedece a muitas estruturas atípicas e acabando por soar quase igual. No caso de Faces Of Bayon e naquilo que mostram neste seu primeiro album tambem não vão encontrar aqui muitas novidades ou criatividade que eleve o Doom ao passo seguinte, antes pelo contrario, a diferença está sim na forma como conseguem estruturar um conjunto de temas aparentemente e á primeira vista seguindo a linhagem de bandas como Weedeater ou dos mais recentes Serpent Venom. Ora se formos pelo lado mais basico e superficial talvez encontraremos uns toques causticos e fumarentos desse tipo, mas não se ficam por ai, adicionam um sabor mais setentista á coisa trazendo á memoria o lado mais arrastado de Black Sabbath e misturando-o com aquilo que bandas como os Zoroaster já fizeram num passado não muito distante. Riffs memoraveis (a excelente Where The Golden Road Ends é um bom exemplo disso), o delicioso Hammond meio desfocado lá pelo meio tudo se move em passos lentos invocando um lirismo quase profano onde o oculto tambem deixa a sua marca. A propria produção é (ou dá a entender ser) analogica, traduzindo a musicalidade aqui presente num pedaço de sujidade e impureza que consegue dar um toque bastante interessante ao album. Um exelente album de Doom Metal daquele que simplesmente obedece á riqueza instrumental e aos momentos quase ritualistas que proporciona, e numa altura em que as bandas que começaram a dar o corpo ao manifesto á uns anos atrás se andam a entreter em tentar recriar o estilo ou simplesmente tornarem-se ora mais psicadelicas ora mais brutais, sabe que nem gingas um album com estas caracteristicas. Tentando a imperfeição quase arriscaria a dizer que estes rapazes criaram um album perfeito para qualquer fan de Doom e das suas mais variadas ramificações.. Recomendo!!
The One Amongst the Weed Fields is out 9/28 as a download via Candlelight. The band will have a limited number of download cards for purchase during their upcoming tour with Nachtmystium, Zoroaster, and Dark Castle. The collection includes signature takes on the Mamas & the Papas’ “California Dreamin’,” Pink Floyd’s “Fearless,” the Doors’ “Five To One,” and “Golden” by ’90s L.A. alt-rock band Failure.
Arkansas’ backwoods doomsayers RWAKE awaken from their slumber and unleash their long-awaited new album Rest. Their first new material in over 4 years, Rest is less a set of songs than a perpetually evolving, deeply emotional set of missives heralding the end of times. Rest is nothing short of epic, and not only one of 2011’s finest albums but one of the finest progressive/doom/sludge metal records ever.
Excelente noticia (saida hoje) de uma das minhas bandas preferidas de Sludge dos ultimos anos. Para recordar do classico Voices of Omens deixo aqui a Leviticus..e resta agora esperar até Setembro.
Capa do proximo album de Glorior Belli. O album terá como titulo "The Great Southern Darkness", está previsto para Setembro atraves da Metal Blade. The Great Southern Darkness Track Listing: 1. Dark Gnosis 2. Secret Ride To Rebellion 3. They Call Me Black Devil 4. Negative Incarnate 5. Bring Down The Cosmic Scheme 6. The Great Southern Darkness 7. The Foolhardy Venturer 8. Per Nox Regna 9. The Science Of Shifting 10. Chaos Manifested 11. Horns In My Pathway Teaser em baixo:
Dephosphorus são um autentico cocktail molotov daqueles usados nas manifestações gregas. Sonoridade verdadeiramente caotica e violenta onde o trio de musicos vindo de Atenas passa em revista e explora as mais variadas formas de espancamento sonoro, criando um gigantesco petardo de proporções epicas destruindo tudo á volta. E ao falar em destruição é mesmo aquilo que se sente ao ouvir estas sete faixas que compoem o seu primeiro trabalho de nome "Axiom". Nem chega a meia hora, mas acreditem que é tempo mais que suficiente para a banda mostrar que este Astrogrind (como definem aquilo que fazem), não está aqui para ser levando ou tratado de uma forma leviana. Com as bases digamos vincadas nuns Converge, The Secret ou Alpinist a banda redefine as coisas e trás até si por vezes algumas das normas delineadas por bandas como Anaal Nathrakh que a nivel de violencia acabam por ser uma influencia notoria, embora sem o toque mais BM que os ingleses exploram, aqui como disse os gregos esticam mais a corda para uma especie de Hate-Core verdadeiramente filhadaputa e insano. Faixas como a Continuum ou a Collimator (que abrem o album) têm o condão de deitar abaixo o mais fiel seguidor destas sonoridades, enquanto outras como a On the Verge of an Occurence nos levam a crer que estamos num meio de um moshpit cercados por gajos com cara de poucos amigos.. Uma formula que bem vistas as coisas poderá não ser muito original (isto no lado instrumental), mas a maneira como nos espetam este autentico Knife Missile no meio das trombas faz esquecer tudo o resto. Como escrevi na primeira frase um cocktail que tem como ingredientes o mais violento Hard-Core atual, a nitroglicerina saida do Crust, os pregos do Grind...tudo incendiado por um rastilho de Extreme Metal que depois de ser atirado soa assim ao cair no chão:
After devoting late Winter season to writing and recording, ambient black metal cabal Wolves In The Throne Room are in the final stages of completing their fourth full-length opus of epic, earthen Black Metal ceremony. For over six months the Weaver brothers, Aaron and Nathan, have been immersed in the painstaking writing and recording process of their newest album, and this week the process is nearly complete, at press time the album in its final mixing stages. The clan have confirmed the title of this forthcoming astral black metal document as “Celestial Lineage”. Stated WITTR drummer Aaron Weaver of the writing process for “Celestial Lineage”: “An ornate constellation of imagery is what that guides the songwriting process. Cedar temples crowned with burnished bronze domes glimpsed in a remote valley. Wild Midsummer bonfires and feasting on roasted flesh. All of the sounds serve to evoke the images that exist in our minds eye. With this record we’re going to explore an entirely new palette of sound. We want the instruments to sound like the liturgical music of a cedar cult". The transmutation reaches a new level with the completion of the album. In contrast to the bleakly hypnotic architecture of “Black Cascade”, the lifespan of “Celestial Lineage” breathes more expansive and visionary life into the duo’s work. The WITTR trademark long-form approach to arrangement remains intact, but there is a stronger thread of Popul Vuh-inspired underworld synthscapes and star-lit pulse woven with the intertwining guitar figures. Celestial Lineage will end a trilogy of releases which began with “Two Hunters” (2007), and is segued by “Black Cascade” (2009), and like both previous albums, will be released via Southern Lord Recordings, with a street date of September 13th, 2011 now confirmed. Three songs on the album feature Jessika Kenney’s liturgical choir and solo voice, as heard on “Two Hunters” as well as 2009′s “Malevolent Grain” EP, the album also including orations from Aaron Turner (Isis). Besides closing out a trilogy within WITTR’s own annals, “Celestial Lineage” also marks the final release to ever be recorded in engineering wizard Randall Dunn’s infamous Aleph Studio, the birthplace of a plethora of groundbreaking releases from Earth, Sunn O))), Boris, Cave Singers, Bjork/Omar Souleyman and countless more over the past decade, as well as where the immense tones and energy on WITTR’s lauded “Two Hunters” and “Black Cascade” albums were captured. In support of the album, Wolves In The Throne Room will commence worldwide touring this September, kicking off in the Americas, and eventually engulfing many other regions of the planet through 2012. Stay tuned for final album details.
Falar de BM português nos dias de hoje é falar de Corpus Christii, uma das bandas mais antigas e consistentes do pseudo movimento nacional. Louvados por uns e massacrados por outros, os passos dados nos ultimos 10 anos pelo lider NH mesmo apesar dos constantes problemas transformados em polemicas idiotas, as usuais mudanças de line-up ou a atitude totalmente FOAD que o lider sempre puxou para si, transformaram o nome Corpus Christii num misto de excelencia vs decadência. O passo apos o excelente Rising poderia trazer uma banda de volta ao passado mais violento já que as indicações (soltas) que se iam apanhando falavam de uma sonoridade mais forte que puxava as redias para o Black/Death de contornos mais abstractos e dementes. Mas se notarmos bem, o material que a banda criou até hoje esses dois factores sempre estiveram quase sempre lado a lado de uma forma ou de outra. O novo Luciferian Frequencies é de facto um album diferente e na minha opinião com uma sonoridade mais atual embora continue com o toque (não direi unico) de Corpus Christii que os demarca um pouco daquilo que se vai ouvindo por ai.. Primeiras notas que se apanham logo nas primeiras escutas é a sonoridade mais lenta que a banda mostra, tentando entrar numa onda mais vanguardista vinda do lado ortodoxo do estilo, tendo direito até a algumas ligeiras dissonâncias que lembram algum material mais hipnotico gerando por alguns nomes tão em voga atualmente, a ultima faixa (e uma das minhas preferidas) "In The Rivers Of Red" é um exemplo disso mesmo. Esta toada mais lenta poderá gerar alguma estranheza aos seguidores mais antigos ainda mais quando nalguns momentos se denota uma aproximação (ou melhor inspiração) Doom á sonoridade mais caustica da banda. Este é outro aspeto bem interessante deste album, denota-se que existe trabalho e dedicação na forma como se criam os pequenos puzzles que vão dar origem aos temas. De outra maneira seria quase impossivel sermos chicoteados em musicas como a "The Owl Ressurrection" ou "Crystal Glaze Foundation", temas que conseguem misturar uma dinamica que percorre algumas sonoridades quase opostas (Black/Death/Doom) e transformando-as em autenticos hinos com o toque de Corpus Christii. Mas se a nivel de som já deu para notar que o album segue um rumo mais variado, os vocais tambem não se ficam atrás, e os passos dados nos ultimos albuns aqui atingem uma especie de plenitude vocal que vagueia entre o usual sofredor e odioso com um rumo por vezes mais epico. Não que agora se ouça algo na linha de um Alan Nemtheanga ou algo do tipo (nada disso), mas nestes temas a voz funciona como mais um instrumento, deixando de fora o normal|banal declame demoniaco (mais raivoso) para entrar de uma forma mais natural ao longo das inumeras correntes sonoras exploradas neste album. È certo que todos estes factores juntos tambem invocam um sentido mais pessoal a este Luciferian Frequencies, não sendo na minha opinião um daqueles albuns para se ouvir distraido ou apenas para bater o pé, aqui procura-se um pouco uma união (salvo seja) entre o ouvinte e a sonoridade, só desta forma se conseguirá entrar no espirito.. Se por um lado o aspecto satanico é mais que evidente (e uma das trade-marks), o notório desafio que a banda explora tambem o é. Sendo que a união entre estes dois aspetos e da forma como aqui estão expostos não geram uma empatia muito facil ás primeiras escutas e não tornam o album de digestão facil..a coisa vai entrando lentamente e consumindo aos poucos. Confesso que não gostei do que ouvi nas primeiras escutas, achei o album demasiado seco e algo salgado, só mas mais tarde é que notei que era aqui que estava realmente a beleza da coisa. È um daqueles albuns que provoca estranheza e algum desprezo aos primeiros toques, mas quando nos envolve é como uma serpente que sufoca toda a luz á nossa volta. Deixem-se consumir..
Já aqui falei deles á uns tempos, mas agora depois de ter recebido o ep e de ter ouvido a coisa com qualidade, o que tenho a dizer acerca de Trillion Red é que são realmente uma banda brutal!! Formados apenas por dois musicos neste caso o vocalista, baixista e guitarrista Patrick Brown e o velhote Max Woodside que se encarrega da bateria e são estas duas almas que editam aquele que é para já um dos meus eps preferidos deste ano. Musicalmente a banda californiana cria algo mesmo refrescante que consegue explanar uma interessante osmose musical entre o ouvinte e a musica saida das colunas da aparelhagem deixando uma empatia sonora que é no minimo viciante. Influencias existem algumas que tanto vão de Virus como a VBE ou até mesmo uns Ephel Duath á espaços, mas onde a banda realmente marca pontos é no formato mais gloomy and dark que consegue adicionar aos temas sejam eles numa prespectiva mais Post sejam em autenticas descargas de extreme-avantgard que remetem para os ambientes explorados pelas bandas mais sem medo vindas do BM da decada de 90 como os VBE ou Fleurety.. A falta de limpidez sonora no ep ainda torna mais vibrante a escuta destes 4 temas e aquele som digamos mais primitivo da bateria encaixa como uma luva nos ambientes explorados. Escutar isto é como se tivessemos o privilégio de presenciar o nascimento de algo que talvez daqui a uns tempos se torne numa especie de next-big thing de toda a musica atual se é que já não é agora mesmo enquanto escrevo estas linhas ou pelo menos são talvez um dos tesouros mais bem guardados. São soam como um banal grupo Indie nem são uma banda carregada de extremismos, mas conseguem ligar estes dois universos, dar-lhe uma forma bizarra, soar original e criar impacto em quem ouve e como sabem nos dias de hoje no meio de tanta coisa, não é facil atingir-se isto. Não sei se vão encontrar por ai o ep, a não ser que comprem diretamente á banda..acreditem que vale bem a pena. http://k002.kiwi6.com/hotlink/0qk515r0o6 http://k002.kiwi6.com/hotlink/3g7nsb3kt0 http://www.trillionred.com/
A dilacerante abordagem ao DM criada pelos Portal, Teitanblood e Mitochondrion nos ultimos anos será muito provavelmente o caminho a seguir pela nova geração de bandas do estilo, e nem se precisará muito para chegar a essa conclusão. A forma como conseguiram revitalizar um estilo que parecia estar estagnado deixou muita boa gente de cabeça perdida, mas claro com isto começaram tambem a surgir bandas que tentam aproximar-se um pouco dos ambientes dementes criados por esses nomes, embora na realidade muitos poucos consigam realmente aproximarem-se a eles.. Os germanicos OWL são mais um desses casos, embora sem conseguirem atingir na plenitude o patamar sonoro que se pretende dentro desta abstracta sonoridade, o seu primeiro registo deixa boa prespectivas para o futuro. O som é uma especie de avant-garde DM onde se centram alguns ambientes explorados por bandas como Portal com um toque mais minimalista que busca um pouco o lado mais old-school lembrando um pouco e falando de coisas mais atuais uns Nader Sadek, não deixando no entanto de fora o aspeto mais cenico da coisa (ambiente) que até acaba por ter alguns momentos bastante interessantes na minha opinião, embora contudo algumas passagens deixem um pouco a deixar lá pelo meio. OWL são uma one-band criada pelo Christian Kolf que se encarrega aqui de toda a parafernália sonora, dos instrumentos á voz e como escrevi o homem tem ideias e o conceito está lá e por vezes ouvem-se musicas realmente muito boas, o mal é que no meio de tanta exploração acaba-se por afogar no meio do seu proprio vanguardismo. Em determinadas alturas a banda quase lembra uns Gorguts dos tempos do Obscura, mas acaba por ser perder na simplicidade ritmica que puxa até si denotando ainda alguma falta de experiencia para entrar de cabeça levantada no meio daquele oceano musical. Se seguem o atual movimento DM mais horroroso e desafinante os OWL são uma boa proposta, mas se querem ou pretendem entrar em estranhos universos daqueles criados por algumas que falei no texto isto fica um pouco atrás, embora como disse tambem talvez as coisas mudem nos proximos albuns é que ideias existem..basta agora desenvolve-las um pouco mais.
Confesso que sou um seguidor do Brooklyn Vegan e por lá de quando em vez surgem boas propostas.. Uma das coisas que mais gostei mostradas lá foram os Ancient VVisdom (sim com dois "V´s").
Ancient VVisdom contains ex-members of Iron Age and Integrity, and it's hard not to hear some of that lineage, but Ancient VVisdom string together apocalyptic and gothic folk passages with some clean vocals; think of Integrity's moments of acoustic darkness instead of the hardcharging hardcore assault.
O album está previsto para breve e terá o titulo de A Godlike Inferno e podem ouvir aqui o primeiro avanço: Ancient VVisdom - "Alter Reality" E o primeiro video:
Influencias de TON, Scott Kelly, David Galas, True Widow e um toque meio occult rock lá pelo meio..mais que suficiente para vos chamar á atenção.
Quando em 2006 saiu o primeiro album de Wolves In The Throne Room poucos imaginariam que se estava perante um dos albuns mais inovadores e essenciais para mais uma vaga de BM que mesmo tendo como base sonora os gelidos ambientes nordicos teve coragem de afrontar o universo mais elitista e por vezes algo catatonico que sempre viu o USBM com muitos maus olhos. A mensagem era por vezes o oposto da destruição original e muitas dessas bandas em vez de optarem por simplesmente criarem polemica com as suas atitudes, muitas vezes fechavam-se em pequenos casulos que acabaram por se transformar em borboletas...assassinas. Wolves, Panopticon, Skagos, Echtra, Alda, Barghest ou Fauna são alguns desses nomes que levados ou inspirados por algo que quase se aproxima por vezes da ideologia Hippie transformaram á sua maneira a forma como se via até então o BM..ou então não. Se formos a ver bem as coisas, o lado mais Folk e Mitologico de algumas bandas da 2 geração tambem quase que aplicavam os mesmos valores expostos pelo Cascadian Black Metal..mas isso é assunto que tanto poderá agradar a uns como levar logo o selo de Hipsters de outros. Uma das mais recentes bandas que acho realmente fantasticas dentro deste estilo são os Ash Borer, banda saida do estado de Olympia e que segue os mandamentos (?) do CBM de uma forma realmente bastante interessante. Tudo o que deu enfase ao estilo está presente, a transcendente melodia ambiental funde-se com o lado mais violento criando uma especie de viagem como só algumas bandas deste genero sabem criar, temas enormes onde são explorados os mais variados dinamismos sonoros que tanto podem nascer num Post como acabar a desaguar no mais potente BM sem com isto nos sintamos deslocados daquilo que estamos a ouvir e principalmente a sentir. Um bom exemplo do que falo são os quase 20 minutos da My Curse Was Raised in the Darkness Against a Doomsday Silence, que é só na minha opinião uma especie de De Mysteriis Dom Sathanas do movimento "Cascadiano" e uma das musicas mais absorventes e fascinantes que ouvi até hoje. Este album para além desta magica faixa contem apenas mais outras duas mas com qualidade mais que suficiente para ombrearem hoje em dia lado a lado com os os reis do estilo (WITTR), alias direi até mais, se alguns se sentiram algo desconfortaveis com o rumo atual da banda do pequeno Nathan, estes Ash Borer tem tudo mas tudo mesmo para se tornarem numa das vossas bandas preferidas atualmente dentro do movimento Extremo norte-americano. A formula contem as equações certas, não existem erros, nem deslocamentos sonoros é pesado quando tem de ser, calmo quando as coisas parecem que nos vão cair em cima e estranhamente relaxante, á sua maneira e quem ouve este tipo de sonoridades entenderá melhor que ninguem o significado desta palavra. Curiosamente e a espaços fico com a ideia que Ash Borer soariam exactamente a algo proximo a uma banda como THOU se de repente começassem a tocar algo mais recalcado do Black Metal desta nova geração. Recomendado e obrigatorio, na minha opinião um dos grandes albuns do ano.
For the Diabolical Ages dos chilenos Hades Archer é talvez um dos melhores albuns de old Black|Thrash que ouvi nos ultimos tempos e tal como o titulo da coisa indica, isto não é mais que um petardo de violencia bestial que exuma de uma forma demoniaca os cadaveres de velhos monstros como Sarcofago ou Bathory não deixando de fora claro o lado mais demente de alguns nomes mais atuais como Ravencult, Aura Noir, Black Witchery ou até mesmo Weapon. São doze espantosas faixas de verdadeiro Metal negro debitado sem dó nem piedade ao longo de quase uma hora de veneração satanica como só estes nomes sul-americanos tão bem continuam a saber criar nos dias de hoje. Com uma agressividade gelida saida das guitarra, que tanto consegue ser cativante nas partes mais melodicas (a Into The Black Mass é disso um bom exemplo), como nas descargas mais, digamos fodidas, a banda consegue desenvolver uma sonoridade que cria um impacto imediato para quem gosta deste tipo de violencia musical. Destaque tambem para o altamente surreal registo vocal do Nabucodonosor III que impressiona mesmo ao longo do album, chego mesmo a pensar que a criatura só pode estar possuida por um qualquer espirito maligno..só para terem uma ideia escutem com atenção a La Gran Vagina de Hadit e depois digam-me alguma coisa se aquilo que o homem vocifera tem alguma coisa de..humano. Potente sem duvida, e a julgar por mais estes Hades Archer se juntarmos coisas como Magnanimus, Unaussprechlichen Kulten, Animus Mortis e claro os grandes Wrathprayer provavelmente a cena chilena merece realmente uma atenção mais cuidada. Pouco mais a acrescentar a Hades Archer a não ser ouçam esta porra, foda-se!!! Black-Thrash verdadeiramente filhadaputa!
O primeiro trabalho de Awake In Sleep banda vinda da cidade de Nantes (França), tem tido algum destaque por estes lados. Não que isto seja uma obra genial de post-rock, post-metal, post-whatever, post-post, porque não é de todo, mas se a banda conseguir limar aquelas arestas que ainda estão mais soltas da sua sonoridade, provavelmente A.I.S. se tornem num projeto ainda mais cativante. Já o são na minha opinião, embora claro se notem ainda demasiadas aproximações a ISIS ou Cult Of Luna, aproximações essas que talvez levem muitos a encontrar paralelos musicais de uma facilidade evidente. Mas nem só destas duas bases se move o quinteto francês, o quadro sonoro usa algumas pinceladas bem suaves vindas de uns God Is An Astronaut que adoçam o som ao longo dos temas, pena é que o lado mais abrasivo ainda denote algumas falhas. Se no proximo registo conseguirem ligar estes dois vectores, então sim a banda atinge aquilo que se propõe. Existem ideias interessantes, a banda é bastante capaz e este ep bem podia editado por uns Isis nos dias de hoje, isto se não tivessem finalizado as suas actividades é claro. Gostei bastante, e se gostam deste tipo de som ou procuram algo ainda em estado embrionário dentro do Post-qualquer coisa, mas pronto a explodir num futuro proximo os Awake In Sleep merecem de facto que se perca algum tempo a descobri-los e a tirar algum prazer disso. http://awake-in-sleep.bandcamp.com/album/awake-in-sleep
O ep é gratis podem saca-lo atraves dos varios sites da banda (Facebook,Bandcamp ou Myp)