Blut aus Nord-What Once Was... Liber II

Enquanto se aguarda o final da trilogia 777 , Blut aus Nord mantêm o outro lado (mais profundo diga-se) entretido com a segunda metade da What Once Was...Liber.
Aqui tudo gira em torno de ambientes ligeiramente diferentes daqueles que a banda atualmente cria, remetendo e encarcerando todo o suposto hype para uma estranha cela fria onde corre agua suja nas paredes e o cheiro é bem mais nauseabundo do que o conceito mais respirável das Epitomes da trilogia..
Para aqueles que como eu veneram o material e o conceito extremo explorado em albuns como o MoRT ou Odinist (não menciono o TWWTG porque esse está ainda á parte mesmo nos dias de hoje), têm aqui mais uma bizarra peça para acrescentar a esse puzzle.
São duas faixas que prefazem uma meia hora de dilaceração mental onde o industrialismo maquinal se assume como a força motriz de algo assustador (lá está o contra-balanço com o outro material) fazendo lembrar (e isto para mim é bizarro) algum material dos miticos The Angelic Process, embora  o What Once Was... seja autentica penumbra e escuridão ou o Alfa e o Omega de uma sonoridade que embora com semelhanças representa dois lados tão proximos quanto opostos ou o principio e o fim de algo que aparentemente não encontra paralelo em quase nada nos dias de hoje.
As dissonancias, a hipnose, o transe e aquele zumbido caracteristico de ambas as bandas está presente mas se por um lado a voz da Monica Dragynfly era a luz podemos dizer que aqui o Vindsval é a sombra.
Sinceramente acho que este ep tem mais semelhanças mesmo assim com o material mais recente do que a primeira metade, não deixando no entanto de se complementar ambas o que me parece ser um dos objetivos.
È material demente, fantasmagórico, frio e ferrugento como só BaN sabe (ou soube) criar não esperem muito mais, mas se gostam da banda ou procuram complexidade para vos deixar mal dispostos metam isto a tocar sem parar e talvez acabem completamente vazios e desprovidos de pinga de sangue...e dentro de um buraco negro!




1 comentário:

Anónimo disse...

BaN é realmente uma banda fantástica, e está numa fase criativa maravilhosa. Falando da trilogia, você gostou do The Desanctification? Não vi post algum desse album, é somente curiosidade assim como a respeito do ep Drought, daquela banda igualmente linda, como BaN?
No mais é só. Excelente blog, excelente Ep. Aguardemos Cosmosophy.