DeathSpell Omega - F.A.S. - Ite, Maledicti, In Ignem Aeternum
Torna-se cada vez mais dificil falar desta enigmatica banda.
Se existe actualmente uma banda de musica extrema que realmente o seja quer musicalmente que espiritualmente DsO é o expoente maximo dessa vertente.
A carreira deles tem sido ao longo dos anos cuidadosamente regida com sons e palavras escritas irreligiosamente em sangue negro..diga-se o que se dizer ou escreva-se o que se escrever.
Se as coisas têm funcionado sempre numa espiral em crescendo este novo F.A.S. não foge a regra.
Poderá muito bem desagradar aos fans do SMRC ou aos do Infernal e matar de coração que gostou do Kenose(sim é bem possivel),mas na realidade(se é que se pode falar em realidade dentro do universo DsO) o que temos aqui é um marco mais um marco na carreira dos misteriosos franceses+finlandes.
O album vive muito á semelhança do Kenose dos ambientes criados e da envolvencia avant-guard que cada vez mais está cravada na pele da banda,mas em vez de as coisas funcionarem de uma forma limpida(salvo seja) existe muita ferrugem e sujidade nos temas o que misturado com as partes mais tecnicas e calmas cria o estado perfeito para se entrar dentro do universo F.A.S..
Ambiente perfeito e absolutamente bizarro como o que se ouve no tema "Bread of Bitterness",aquele solo nada comum seguido pela devastação caracteristica da banda é incrivelmente genial.
E por falar em solos(no "Repellent.."dá a sensação que em vez de cordas são laminas) uma das caracteristicas mais belas e intrigantes da banda ao longo da carreira neste album nota-se que se influenciaram um pouco em bandas como os já aqui falados Blut Aus Nord,mas não só algumas bandas da decada passada que tocavam um som digamos mais a frente tambem me parece que foram alvo de umas escutas bem grandes antes de feitos os temas.
A voz do Aspa continua excelente o senhor finlandes chega a deixar uma certa aura de transe no ar e um cheiro intenso a enxofre.
No geral gostei imenso do album pelo menos nestas primeiras escutas nos ultimos dias adorei o "Caos" sonoro os temas são incriveis e nota-se o cuidado em certas partes em misturar esse Caos com uma Ordem e depois desordenar tudo de novo,por vezes dando a ideia que algo vai renascer dali mas em vez de renascer apenas é asfixiado de novo e um exemplo perfeito disso é o absolutamente irreal e perverso "A Chore for the Lost".
Lembra-me vagamente Antaeus em certas partes,talvez se deva um pouco a produção abafada e poderosa,não sei,mas é apesar deste promenor um album marcadamente DsO,atendendo ao que tem vindo a criar na fase pos SMRC.
Para terminar apenas mais isto:
Mais um album de BM negro e intenso para juntar ao Blood Libels e ao Ordo ad Chao.
Será isto o fechar de uma trilogia imaginaria?
Pode não ser mas se actualmente existir uma banda sonora no Inferno Ele decerto fará ecoar estes albuns pelo meio das chamas eternas.
A ouvir...mas sempre com receio das consequencias.
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