Agrimonia-Host of the Winged


Ora aqui está mais um bom album para este ano, daqueles carregados de texturas deliciosas.
Vindos de Gotemburgo, Agrimonia são uma jovem banda sueca que me surpreendeu bastante desde que comecei a ouvir este "Host of the Winged ".
Olhando assim meio de lado de para a capa, certamente concordarão que talvez se estivesse perante em mais um daqueles clones escandinavos onde a palavra depressão ou aquelas modernices atuais fossem a palavra chave.
Pois é, mas estão redondamente enganados, mesmo muito enganados...
Aquilo que a banda liderada pela vocalista Christina aqui mostra tem como base o lado sueco, isso quando ouvirem vai ser evidente, mas o que acaba por merecer realmente destaque é a "nova" formula aqui desenvolvida.
Ao falar do lado sueco, aquilo que quero dizer é que a banda faz um rebuscado da sonoridade melodica iniciado por In Flames no The Jester Race, até aqui tudo bem e se virmos bem as coisas poderemos perguntar, "ok,mas quantas bandas não o fazem?".
Têm realmente razão, mas se eu vos disser que Agrimonia mistura esse lado abrasivo com texturas saidas da atual vaga de Post-Sludge..
Dito isto talvez fiquem um pouco mais baralhados e nem compreendam muito bem que tipo de som faz esta banda.
Já aqui falei varias vezes de Ketea e Herem, se conhecem imaginem o The Jester Race a ser tocado por eles, ou seja dois dos mundos mais explorados atualmente (em termos musicais) são aqui revistos de uma forma bastante interessante e acima de tudo mutissimo honesta.
Para a além disso notam-se por vezes ligeiras incursões pelo Sludge, que criam autenticas quebras ao longo dos temas que até metem impressão, no bom sentido como é obvio.
Um dos aspetos que mais gosto neste trabalho é a forma como os solos ganham vida ao longo dos temas sejam eles no lado mais melodico ou não, o som ganha uma envolvencia magica e relaxante.
Exemplos audiveis tem por exemplo a "Cyst", "A Disappering Act" (esta aqui com um riff quase BM) ou a autentica excelência musical que dá pelo nome de "The Burial Tree", que é para mim a musica do album e uma das melhores canções que ouvi nos ultimos meses, são 12 minutos de autentico devaneio musical completamente transcendente.
Este é o segundo album da banda (desconheço o primeiro confesso), mas se esta malta consegue sair do submundo e mostrar um diamante (bastante limado, diga-se) com esta forma, bem, então acredito que temos aqui uma banda seria, muitissimo seria e a ter bastante em conta nos proximos tempos dentro deste estilo.
È que numa altura em que parece que tudo já foi feito nestes dominios, surgem como que uma borboleta esvoaçante a provocar caos...
Um album que logicamente acaba por ter um lugar de destaque na minha playlist nos ultimos dias, dada a qualidade que aqui se ouve.
Recomendado!
http://www.mediafire.com/?a292odfapcq7s0x
Deixo aqui o unico video que encontrei do album, "A Disappearing Act", talvez a musica mais obscura do trabalho que não o retrata na plenitude mas já dá para se ter uma ideia..

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora bem, eu talvez não defineria isto como sludge.. mas mais como crust ou neo-crust.. esqueceste-te de referir que contém elementos de Martyrdod (uma das melhores bandas de crust fodidissimo de sempre.. checka só o álbum In Extremis... até te benzes!!). Obrigado.

Ass: Corvo

::ZyK:: disse...

Cool.
Vou checkar!