ThanatoSchizo-Zoom Code


Sinceramente nunca entendi o porquê de TSO não terem mais visibiliadade tanto lá fora como cá dentro,já que são uma banda com uma carreira com um som sempre actual e atento ao que se vai fazendo dentro do Metal de contornos mais progressivos e envolventes,alias basta ver e ouvir os anteriores albuns para sentir isso.
E este mais uma vez não foge a regra.
4 anos depois do Turbulence estão de volta com o album mais acessivel até hoje e melhor trabalhado na minha opinião.
Ao longo destes 11 temas a banda vai deambulando por dominios que mexem com varios estilos de musica e conseguem juntar as peças do puzzle e formar um quadro que depois de bem observado retrata uma imagem que tanto tem de sensivel como insensivel e maquinal.
Para isso muito contrubui a participação do Zweis,musico de renome que já passou por bandas como Fleurety e DHG que dá ajuda a um tema do album e certamente acabou por influenciar um pouco o trabalho de samples existente ao longo do album e o exemplo disso é o tema "Shift" que abre caminho para um dos melhores temas do album "Last of the Few" que mistura todo esse exprimentalismo com a sonoridade de TSO criando um autentico tornado sonoro.
È a partir daqui que o album atingue a sua plenitude até final e consegue mostrar aquele toque tipico de TSO,e que os retrata como uma das mais interessantes bandas nacionais da actualidade.
Se no inicio do album se mostram acessiveis e sorridentes aqui escondem-se um pouco e torna-se mais brutais e assustadores.
Este contrate acaba por se tornar interessante já que o toque de chamada inicial não corresponde ao toque final o que acaba por tornar o album digno de ser ouvido para quem gosta destes promenores.
Instrumentalmente é muito bom e até a jam jazzistica final não soa deslocada deste universo.
Destaque para o trabalho vocal principalmente o da Patricia que embora não seja algo do outro mundo consegue ter bons momentos e dar a envolvencia necessaria aos temas um pouco como faz a Cristina em Lacuna Coil alias acho que se assemelham bastante as duas em certos momentos enquanto outros aqueles mais calmos me lembrem em pouco uma Maria Brink embora bem melhor diga-se.
E este jogo entre a voz dela e a do Eduardo que tanto viaja pelos guturais de Opeth e outros mais metalicos consegue soar mesmo cool e acho que se encaixam muito bem os dois.
Existem aqui temas que certamente irão rodar bastante por ai como o "L" talvez o mais acessivel musicalmente no qual aquela passagem meio arabe no meio dá ao tema um ar mistico e muito porreiro.
Outro é o filha da puta do tema "Herefather Path",coisa mais estranha e viciante no qual os vocais do Eduardo/Patricia+TSO+Acordeão actuam quase como uma droga sonora,orgasmica e completamente envolvente.
E depois de ouvido só demonstra que a nossa musica tradicional(a verdadeira)tambem tem tanto ou mais interesse que aquela que os nordicos nos mandam cá para baixo,basta ter cabeça para a explorar.
E para finalizar que isto que já vai longo, é um excelente album, talvez não tanto exprimentalista como julgava ser, depois de acompanhar a sua criação a distancia,mas um album com cabeça, tronco e membros e com bastantes ideias.
Soa actual e acessivel mas com um toque que os mantem na linha certa e que mistura o belo e o monstro existente dentro do universo TSO.
Excelente trabalho e já agora para quê tanta banda de Death Progressivo (ou lá o que queiram chamar) que nos atiram para cima se temos estes cá e muito melhores que muitas delas,basta ouvir.
http://www.myspace.com/thanatoschizo

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