Cobalt-Gin


Antes de mais se o Eater of Birds foi um album que vos surpreendeu preparem-se porque o que vão ouvir neste trabalho provavelmente vai deixar-vos de rastos.
Inspirado pela literatura de Ernest Hemingway e Hunter S. Thompson a banda segue mais uma vez um rumo extremo e bastante vanguardista onde se misturam varios componentes musicais na procura de uma sonoridade unica.
E unica é mesmo a palavra certa para descrever esta banda e este album.
Longe vão os tempos da violencia impura do War Metal,embora aqui ainda existam alguns restos desses tempos,mas estão cada vez mais diluidos no meio desta formula extrema.
È a mesma coisa que darem a escolher a um mercenario uma arma toda ferrugenta ou uma arma toda futurista e letal.
Não é preciso ser muito inteligente para descobrir qual delas terá melhores resultados.
Pois bem é mais ou menos o que se passa neste album onde o ambiente extremo é refinado e com tecnologia da mais recente e que depois de usada tem um efeito arrasador.
Nota-se principalmente que a banda resolveu seguir de uma forma mais esmagadora aqueles riffs que se ouviam na "Witherer" do album anterior, onde se degolava o trabalho de Tool.
Aqui surgem de uma forma ainda mais intensa e mais agreste que nunca dando um toque brilhante a todo este extremismo.
O tema titulo que abre o album provavelmente não mostra ainda muito bem o que está para vir mas as coisas como que explodem á nossa frente quando depois da rajada inicial do "Gin".
Entra em cena uma espantosa faixa que se chama "Dry Body" e ai caros amigos preparem-se porque a partir daqui é sempre a subir.
Neste tema surge uma novidade, um estranho som tribal que surge como que a assombrar o tema conferindo-lhe um ambiente quase ritualista e marcial,que definiria como musica extrema em slow motion é sem duvida uma das faixas mais poderosas do album.
Depois do brutal Arsonry surge um pequeno trecho ou intro bastante interessante onde a guitarra do Phil McSorley consegue criar um ambiente bem envolvente para o que segue e que trás de volta os temos brutais do Eater of Birds, neste tema chamado "Stomach"(que fez parte do ep anterior) é uma clara reviravolta depois do que se ouviu até aqui e a banda entra numa espiral de violencia demente onde as guitarras e a bateria entram quase em guerra.
Na faixa seguinte "A Clean Well Lighted Place" para além do inicio estranho surge mais uma vez a voz da senhora Jarboe que num registo spoken word abafado surge como um instrumento musical no meio do enorme instrumental que é a faixa,destaque para a maneira como a guitarra soa ao longo da musica,deliciosamente estranha.
Depois disto nova violação á boa maneira antiga no "Pregnant Insect" onde as novidades são mais ou menos atiradas para o lado e a faixa surge num registo quase a lembrar uns Slayer no inicio enquanto na parte final a Jarboe entra de novo em cena com uns cantigos que trazem a memoria algumas cenas já feitas pelos portugueses The Firstborn criando mais um grande momento no album.
Segue-se o durissimo "Two Thumbed Fist" que surge novamente num ambiente onde o extremismo se funde com o tribalismo e ainda é salpicado com um certo cheiro a Crust que esgana tudo á volta.
Depois da tempestade surge a bonança já diz o ditado e nada melhor para definir a parte final do album onde depois de uma pequena intro surge um intenso tema que fecha o album entitulado "A Starved Horror" que encerra e de que maneira este album,mais uma vez o nome Tool vem ao de cima com uns riffs estranhamente familiares mas que são encaixados de uma forma perfeita no tema crindo um dos melhores momentos do trabalho.
Existe ainda uma faixa escondida que não é mais do que uns cantigos de escravos americanos a trabalharem provavelmente num caminho de ferro...referencias.
Em resumo e de uma maneira simples é um album muitissimo bem conseguido de uma banda que cada vez se destaca mais naquilo que cria e que para já entra para a lista dos melhores albuns deste ano.
http://www.mediafire.com/?ftkmlzzmdly Part I
http://www.mediafire.com/?zmikmykqydk Part II

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