Ramp-Visions


Vou comecar pelo velho discurso do:"E se..."
E se os Ramp tivessem tido sorte?
E se os Ramp tivessem tido uma boa editora que apostasse neles?
E se os Ramp tivessem enverdado por apostar mais a serio naquilo que fazem lá fora?
E se os Ramp fossem suecos...ou americanos...ou franceses?...já não digo ingleses porque esses ainda são piores que eu na questão da mania.
Pois bem são algumas perguntas que nunca saberemos a bem dar a resposta certa,mas reflecte bem a mentalidade nacional quando se fala em algumas bandas.
Os Ramp foram uma das primeiras bandas de musica extrema portuguesa que ouvi e gostei a serio a par de já agora Sacred Sin e mais outros nomes que entretanto se perderam,isto no principio da decada de noventa...o bicho estava em fase embrionaria ainda para se transformar no monstro que é nos dias de hoje.
Mas vou deixar estas cenas nostalgicas de fora e falar de Ramp.
Depois do algo monotono Nude e do sem jeito ep Planeth Earth a banda surge em 09 de cara lavada,com algumas novidades no seu som caracteristico.
Desta vez a banda não se limitou á sonoridade musculada do Thrash procurou inovar um pouco e entrar por caminhos bem mais industriais.
Não altera em muito o som da banda como poderá parecer as primeiras escutas,mas acho que esta "novidade" os tornou numa banda mais ciente daquilo que quer mas talvez os torne incompreendidos pelos fans mais antigos.
A voz do Rui Duarte continua muito boa e vem provar mais uma vez que ele continua muito á frente do restante marasmo metalico nacional no que diz respeito a este campeonato com ou sem puristas o trono é dele.
Já agora uma coisa que achei engraçada neste album foi o homem por vezes dar uma de Devin Townsend quando usa um registo mais acelarado.
Desta vez não temos a balada melosa da praxe o que é pena na minha opinião,já que isso é algo que eles sempre fizeram e bem,desta vez temos um par de temas mais calminhos como o caso do "Tragic Blows" ou da "Dusk",mas para compesar isso temos aqui excelentes faixas como a "Blind Enchantment"(excelente refrão) que abre o album e que irá ter o mesmo impacto de um "Hallelujah" a meu ver.
Acredito que este seja o album mais ambicioso que fizeram até agora, mesmo não sendo algo radicalmente diferente do passado mostra uma banda atenta ao que se vai fazendo nos dias de hoje o que pode finalmente abrir certas portas mais ferrugentas.
Este album tem muito para agradar tanto a novos como a velhos fans de Metal e até mesmo aqueles riffs a soar a coreindustrial (ups lol) da "Visions","Mud" ou da "The Cold"(SYL? lembra sim) são abafados pela maquina metalica da margem sul quando entra em alta rotação.
O que me parece faltar aqui e apesar de ter o cunho do Bergstrand é uma produção com mais intensidade e poder pelo menos para as guitarras porque ás vezes (não sempre) apenas arranham um bocadinho e um exemplo disso é a "Myth" que acaba por perder um bocado da força muito a custa disso.
Mas no geral é um bom album que mostra uma banda viva e com capacidade de fazer algo diferente sem com isso se mover muito no seu habitat...se não conhecem tentem descobrir que vale a pena ainda mais se gostarem de algumas bandas de Thrash moderno ao jeito de Soilwork,Mnemic,Strapping Young Lad,Fear Factory,Sepultura,Static-X etc.
http://www.myspace.com/rampmetal

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